Conforme
notícia publicada pela revista ISTOÉ, “Mais da metade da população desaprova
o desempenho pessoal do presidente Jair Bolsonaro.”.
A
aludida notícia tem por base pesquisa realizada pelo CNT/MD, que mostra que o
índice de desaprovação do presidente aumentou significativamente, chegando a
53,7%, contra 28,2% de fevereiro.
No
início do ano, 57,5% dos pesquisados aprovavam o desempenho do presidente, mas
esse índice caiu agora para 41%.
Não
quiseram ou não souberam responder 5,3% dos entrevistados.
Com
relação ao governo do capitão reformada do Exército, também aumentou a
reprovação em 20 pontos percentuais.
A
avaliação negativa do governo passou de 19%, em fevereiro, para 39,5%, em
agosto.
A
avaliação positiva diminuiu, passando de 38,9%. em fevereiro, para 29,4%,
agora.
A
avaliação regular do governo é de 29,1% e 2% não souberam responder.
A
pesquisa contabilizou 2.002 entrevistados, entre os dias 22 e 25 de agosto, em
137 municípios de 25 Unidades da Federação.
De
antemão, é preciso se contestar, para fins do chamamento da justiça e da
verdade, que a pesquisa simplesmente não representa o que a notícia afirma no
primeiro parágrafo, no sentido de que “Mais da metade da população desaprova
o desempenho pessoal do presidente Jair Bolsonaro.”.
Basta
a intuição com base na ínfima quantidade das pessoas entrevistadas, de tão somente
e de forma bastante desprezível, pouco mais de 2.000 eleitores, quando a
população brasileira ascende de mais de 205 milhões pessoas, entre as quais aproximadamente
mais de 150 milhões, que são eleitores, com capacidade para opinar sobre o
desempenho do presidente do país.
Chega-se
à conclusão de que se trata de notícia com viés sensacionalista, por ela não
ter condições de corresponder à realidade dos fatos, quanto os irresponsáveis
pela divulgação da pesquisa deveriam ter a dignidade de informar precisamente que
“mais da metade das pessoas pesquisadas”, no total de 2.002, disse que não aprova
o desempenho do mandatário do Brasil, o que é bastante diferente da manchete da
mídia.
Por
sua vez, a pouca representatividade da pesquisa é denunciada pela diminuta
quantidade de municípios onde a pesquisa foi realizada, em apenas 137,
representando pouco mais de 2% dos 5.754 municípios brasileiros, com o
gravíssimo enviesamento de que não se informa quais foram eles e muito menos as
regiões, se todas ou algumas, sem mencioná-las, entre outras informações
importantes para a devida avaliação sobre a autenticidade da pesquisa, para a
finalidade que se pretende, que pode ser até para servir à vaidade da oposição
ao governo, em termos eleitorais.
Ou
seja, a pesquisa pode ser usada até mesmo para fins políticos, porque, no
Brasil, o que não faltam são aproveitadores e o resultado de pesquisa não
poderia ser melhor para se mostrar o quanto o presidente está fragilizado, à
luz dos elementos nela contidos, que pode representar fielmente à realidade,
diante de muitas trapalhadas dadas pelo presidente tupiniquim, desde que assumiu
o governo.
É
importante que as pesquisas possam refletir determinada situação, exatamente
para, conforme o caso, se fazer avaliação sobre o objeto da consulta à
população, mas a sua base precisa ser consistente, em relação à sua finalidade,
de modo que seus elementos não sofram qualquer forma de questionamento, como neste
caso, em que o responsável pelo trabalho realizado não teve o menor despudor em
afirmar que “Mais da metade da população desaprova o desempenho pessoal do
presidente Jair Bolsonaro.”, quando isso não é verdade.
É
evidente que, com base em apenas 2.002 pessoas, entre a população de mais de 200
milhões de pessoas, jamais seria possível tamanha e categórica afirmação como
essa de que “Mais da metade da população desaprova o desempenho pessoal do
presidente Jair Bolsonaro.”, sem que seus irresponsáveis não sofram qualquer
forma de admoestação, pelo menos para se dizer a eles que há nisso erro crasso
e grave, haja vista que envolve a figura do presidente da República.
Não
se quer, com isso, em absoluto, contestar o resultado sobre a notória impopularidade
do mandatário brasileiro, porque o seu desgaste é incontestável por tudo e por
todas as declarações desastradas que ele não se envergonha de pronunciá-las,
mesmo sabendo que isso somente contribui para desmoralizá-lo perante à opinião
pública, quando seria mais razoável que ele ficasse no seu quadradinho somente
trabalhando e nada mais, sem necessidade de participar de polêmicas.
Certamente
que, nos países sérios, civilizados e evoluídos, em termos de respeito à
verdade e à informação com credibilidade, as avaliações acerca do resultado das
pesquisas sobre a opinião pública corresponda exatamente à realidade dos
acontecimentos, para que ele produza e reflita fielmente os objetivos colimados.
Esperam-se
que os órgãos de pesquisas contribuam positivamente para subsidiar a opinião
pública com informações precisas, tendo por base elementos confiáveis, o mais
abrangente possível, sem necessidade do emprego de artifícios que, ao contrário,
podem concorrer para questionamentos sobre os objetivos pretendidos, fato que
não condiz com o salutar princípio da transparência.
Brasil: apenas o ame!
Brasília, em 27 de agosto de 2019
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