sábado, 24 de agosto de 2019

Queimadas na Amazônia


O presidente da França, que vem liderando duras críticas contra o governo brasileiro, afirmou que uma das suas prioridades na cúpula do G7, que está sendo realizada na França, será a mobilização de “todas as potências, em parceria com os países da Amazônia”, para combater o desmatamento e investir no reflorestamento.
O presidente francês afirmou que “A Amazônia é nosso bem comum. Estamos todos envolvidos, e a França está provavelmente mais do que outros que estarão nessa mesa (do G7), porque nós somos amazonenses. A Guiana Francesa está na Amazônia”.
Diante do climão que se formou por conta das notícias sobre as queimadas na Amazônia, foi inserida discussão sobre o tema na pauta do G7, cúpula das sete grandes economias mundiais, que se realiza na França, mesmo sem a presença de representantes dos países onde se situa a Amazônia, como interessados em realmente as questões que a envolve.
O presidente francês disse que “Vamos lançar uma mobilização de todas as potências que estão aqui, em parceria com os países da Amazônia, para investir na luta contra os incêndios que estão em curso e ajudar o Brasil e todos os outros países que são atingidos. Depois, investir no reflorestamento e permitir aos povos autóctones, às ONGs, aos habitantes desenvolverem atividades preservando a floresta, que nós precisamos”.
Segundo o presidente francês, a Amazônia “é um tesouro de biodiversidade e um tesouro para o nosso clima, graças ao oxigênio que ela emite e ao carbono que ela captura”.
De acordo com estudos científicos, a manutenção do regime de chuvas e a biodiversidade, a floresta amazônica não pode ser considerada o pulmão do mundo, porque ela consome a maior parte do oxigênio que produz, levando-se em conta que o oxigênio da atmosfera é produzido principalmente pela flora marítima.
Os mesmos estudos revelam que as florestas também retêm dióxido de carbono, o principal gás de efeito estufa, que se acumula por ocasião das queimadas, por meio da liberação de CO2, que cuida de acelerar o desequilíbrio do clima, por meio por bilhões de toneladas de gás, que reflete na elevação da temperatura média do planeta, fora o impacto causado na qualidade do ar das cidades.
A questão referente à “emergência climática” foi inserida na reunião do G7, na parte que se refere ao “combate às desigualdades”, que é um dos três temas principais da cúpula, além de segurança e economia, mesmo assim, há claro ferimento à independência dos países amazônicos, diante da ausência deles na reunião.
Enquanto isso, o presidente brasileiro diz que os incêndios florestais, na região amazônica, podem ser usados para prejudicar o setor do agronegócio do Brasil, mas ele assegurou que “o governo trabalha para mitigar o problema e pediu que as pessoas ajudem a denunciar práticas criminosas na área.”.
O presidente brasileiro afirmou que "Alguns países aproveitam o momento para potencializar as críticas contra o Brasil para prejudicar o agronegócio, nossa economia, recolocar o Brasil numa posição subalterna".
O presidente criticou manifestações estrangeiras sobre o assunto, alegando que "Um país agora (sem dizer o nome) falou da 'nossa Amazônia', teve a desfaçatez de falar 'a nossa Amazônia', está interessado em um dia ter um espaço aqui na nossa Amazônia para ele".
O mandatário tupiniquim disse que "Lamento que o presidente Macron busque instrumentalizar uma questão interna do Brasil e de outros países amazônicos para ganhos políticos pessoais. O tom sensacionalista com que se refere à Amazônia (apelando até p/ fotos falsas) não contribui em nada para a solução do problema. O Governo brasileiro segue aberto ao diálogo, com base em dados objetivos e no respeito mútuo. A sugestão do presidente francês, de que assuntos amazônicos sejam discutidos no G7 sem a participação dos países da região, evoca mentalidade colonialista descabida no século XXI.".
O presidente brasileiro admitiu que tem havido incêndios criminosos e que, segundo ele, isso pode significar tentativa de afetar a soberania brasileira sobre a Amazônia, tendo comparado os incêndios no Brasil a outros que acontecem anualmente em regiões como a Califórnia, nos Estados Unidos.
Embora as tensões surgidas com as questões em torno do clima, da biodiversidade e de resto da degradação do meio ambiente sejam o foco de discussão no presente momento, há imperiosa necessidade da resolução dos problemas referentes às relações comerciais, parque estas influenciam diretamente a produtividade, as exportações e o emprego, componentes estes importantes com relação ao desenvolvimento socioeconômicas das nações.
O presidente francês precisa saber que a Amazônia é bem exclusivamente dos brasileiros, na parte que pertence ao território do Brasil, dispensada a cobiça do resto do universo sobre ela, a par de caber aos governantes, de per si, cuidar dos problemas relacionados com os seus territórios, em especial no que diz respeito ao meio ambiente, que realmente é de suma importância para as condições de sobrevivência do ser humano, na Terra.
Não tem nada de querer considerar a Amazônia de bem comum de ninguém, se não do Brasil, no âmbito do seu território, que tem a incumbência de cuidar e preservar as riquezas naturais da região, abundante em biodiversidade, por ser constituído de fantástico conjunto composto por fauna e flora invejavelmente extraordinário e cobiçado por países europeus, em especial.  
Não há a menor dúvida de que os incêndios de grande proporção são feitos sob o viés criminoso, com a finalidade de prejudicar as imagens do governo e do Brasil, possivelmente pelo fato de os autores terem seus interesses contrariados, ou, ainda, não como incêndios criminosos, mas sim tendo o objetivo econômico, para a expansão do agronegócio, quando a devastação é tão somente predatória e danosa ao meio ambiente.
Essa forma de se preocupar com questões alheias aos países do G7 caracteriza estilo prepotente e colonialista, exatamente porque não fica bem qualquer forma de decisão que possa implicar na soberania dos países amazônicos, ficando a ideia bastante negativa de que os países podem se achar no direito de decidir soberanamente sobre as questões de interesse de outras nações, sem que estas tenham se manifestado em consentimento à intervenção absurda e inadmissível na soberania de outros países, algo que extrapola os princípios de independência e autonomia, em cristalina afronta ao Direito Internacional Público.
Uma das formas precisas para calar a boca de quem critica as queimadas na Amazônia seria a divulgação de informações precisas e atualizadas sobre a situação dos estragos causados pelo fogo, mas o próprio governo pós em dúvidas e desacreditou os levantamentos e as pesquisas coletadas pelo INPE, que eram feitos pela NASA, fato que somente contribuiu para demonstrar a ineficácia sobre o controle do governo brasileiro sobre as áreas afetadas, o que evidencia o descaso das autoridades públicas sobre problema crucial, de interesse inclusive internacional.
Diante desses fatos desastrosos, se percebe que havia alguma atividade governamental tão somente de monitoramento sobre as áreas queimadas, sem qualquer política de combate permanente e efetivo, para controle dos incêndios e punição aos criminosos envolvidos, o que demonstra total irresponsabilidade das autoridades públicas incumbidas das políticas contraincêndios.     
É preciso que o governo brasileiro aproveite essa onda de críticas internacionais sobre os incêndios na Amazônia, para promover minucioso levantamento sobre tudo o que realmente está acontecendo de efetivo naquela região, inclusive, se possível, acerca de investigações sobre os culpados pelas queimadas, porque incêndios podem acontecer sozinhos, em escala bem reduzida, mas o grosso mesmo têm origem em ações criminosas, sob motivação para o beneficiamento da situação ou para prejudicar o governo.
Convém que o governo federal tenha o efetivo controle sobre o que está realmente acontecendo na Amazônia brasileira, inclusive quanto à atuação das ONGs, das empresas mineradoras, dos fazendeiros, dos índios etc., de modo que seja possível o monitoramento e a fiscalização sobre essa dramática e lastimável situação, mostrando ao mundo que o Brasil tem condições para pôr freios aos desastres que incidem sobre o meio ambiente da região, mandando claro recado aos governantes estrangeiros que procurem cuidar apenas da recuperação do seu meio ambiente.
Brasil: apenas o ame!
Brasília, em 24 de agosto de 2019

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