O
presidente da França, que vem liderando duras críticas contra o governo brasileiro,
afirmou que uma das suas prioridades na cúpula do G7, que está sendo realizada
na França, será a mobilização de “todas as potências, em parceria com os
países da Amazônia”, para combater o desmatamento e investir no
reflorestamento.
O
presidente francês afirmou que “A Amazônia é nosso bem comum. Estamos todos
envolvidos, e a França está provavelmente mais do que outros que estarão nessa
mesa (do G7), porque nós somos amazonenses. A Guiana Francesa está na
Amazônia”.
Diante do climão que se
formou por conta das notícias sobre as queimadas na Amazônia, foi inserida discussão
sobre o tema na pauta do G7, cúpula das sete grandes economias mundiais, que se
realiza na França, mesmo sem a presença de representantes dos países onde se
situa a Amazônia, como interessados em realmente as questões que a envolve.
O
presidente francês disse que “Vamos lançar uma mobilização de todas as
potências que estão aqui, em parceria com os países da Amazônia, para investir
na luta contra os incêndios que estão em curso e ajudar o Brasil e todos os
outros países que são atingidos. Depois, investir no reflorestamento e permitir
aos povos autóctones, às ONGs, aos habitantes desenvolverem atividades
preservando a floresta, que nós precisamos”.
Segundo o presidente
francês, a Amazônia “é um tesouro de biodiversidade e um tesouro para o
nosso clima, graças ao oxigênio que ela emite e ao carbono que ela captura”.
De acordo com estudos científicos, a manutenção do regime de chuvas e a
biodiversidade, a floresta amazônica não pode ser considerada o pulmão do mundo,
porque ela consome a maior parte do oxigênio que produz, levando-se em conta
que o oxigênio da atmosfera é produzido principalmente pela flora marítima.
Os mesmos estudos
revelam que as florestas também retêm dióxido de carbono, o principal gás de
efeito estufa, que se acumula por ocasião das queimadas, por meio da liberação
de CO2, que cuida de acelerar o desequilíbrio do clima, por meio por bilhões de
toneladas de gás, que reflete na elevação da temperatura média do planeta, fora
o impacto causado na qualidade do ar das cidades.
A
questão referente à “emergência climática” foi inserida na reunião do
G7, na parte que se refere ao “combate às desigualdades”, que é um dos
três temas principais da cúpula, além de segurança e economia, mesmo assim, há
claro ferimento à independência dos países amazônicos, diante da ausência deles
na reunião.
Enquanto
isso, o presidente brasileiro diz que os incêndios florestais, na região
amazônica, podem ser usados para prejudicar o setor do agronegócio do Brasil, mas
ele assegurou que “o governo trabalha para mitigar o problema e pediu que as
pessoas ajudem a denunciar práticas criminosas na área.”.
O
presidente brasileiro afirmou que "Alguns países aproveitam o momento
para potencializar as críticas contra o Brasil para prejudicar o
agronegócio, nossa economia, recolocar o Brasil numa posição subalterna".
O
presidente criticou manifestações estrangeiras sobre o assunto, alegando que "Um
país agora (sem dizer o nome) falou da 'nossa Amazônia', teve a
desfaçatez de falar 'a nossa Amazônia', está interessado em um
dia ter um espaço aqui na nossa Amazônia para ele".
O mandatário
tupiniquim disse que "Lamento que o presidente Macron busque
instrumentalizar uma questão interna do Brasil e de outros países amazônicos
para ganhos políticos pessoais. O tom sensacionalista com que se refere à
Amazônia (apelando até p/ fotos falsas) não contribui em nada para a solução do
problema. O Governo brasileiro segue aberto ao diálogo, com base em dados
objetivos e no respeito mútuo. A sugestão do presidente francês, de que
assuntos amazônicos sejam discutidos no G7 sem a participação dos países da
região, evoca mentalidade colonialista descabida no século XXI.".
O
presidente brasileiro admitiu que tem havido incêndios criminosos e que,
segundo ele, isso pode significar tentativa de afetar a soberania brasileira
sobre a Amazônia, tendo comparado os incêndios no Brasil a outros que acontecem
anualmente em regiões como a Califórnia, nos Estados Unidos.
Embora
as tensões surgidas com as questões em torno do clima, da biodiversidade e de resto
da degradação do meio ambiente sejam o foco de discussão no presente momento,
há imperiosa necessidade da resolução dos problemas referentes às relações
comerciais, parque estas influenciam diretamente a produtividade, as exportações
e o emprego, componentes estes importantes com relação ao desenvolvimento socioeconômicas
das nações.
O presidente francês
precisa saber que a Amazônia é bem exclusivamente dos brasileiros, na parte que
pertence ao território do Brasil, dispensada a cobiça do resto do universo
sobre ela, a par de caber aos governantes, de per si, cuidar dos
problemas relacionados com os seus territórios, em especial no que diz respeito
ao meio ambiente, que realmente é de suma importância para as condições de
sobrevivência do ser humano, na Terra.
Não
tem nada de querer considerar a Amazônia de bem comum de ninguém, se não do
Brasil, no âmbito do seu território, que tem a incumbência de cuidar e preservar
as riquezas naturais da região, abundante em biodiversidade, por ser
constituído de fantástico conjunto composto por fauna e flora invejavelmente
extraordinário e cobiçado por países europeus, em especial.
Não há a
menor dúvida de que os incêndios de grande proporção são feitos sob o viés
criminoso, com a finalidade de prejudicar as imagens do governo e do Brasil,
possivelmente pelo fato de os autores terem seus interesses contrariados, ou,
ainda, não como incêndios criminosos, mas sim tendo o objetivo econômico, para
a expansão do agronegócio, quando a devastação é tão somente predatória e
danosa ao meio ambiente.
Essa
forma de se preocupar com questões alheias aos países do G7 caracteriza estilo
prepotente e colonialista, exatamente porque não fica bem qualquer forma de
decisão que possa implicar na soberania dos países amazônicos, ficando a ideia
bastante negativa de que os países podem se achar no direito de decidir soberanamente
sobre as questões de interesse de outras nações, sem que estas tenham se
manifestado em consentimento à intervenção absurda e inadmissível na soberania
de outros países, algo que extrapola os princípios de independência e autonomia,
em cristalina afronta ao Direito Internacional Público.
Uma
das formas precisas para calar a boca de quem critica as queimadas na Amazônia
seria a divulgação de informações precisas e atualizadas sobre a situação dos
estragos causados pelo fogo, mas o próprio governo pós em dúvidas e desacreditou
os levantamentos e as pesquisas coletadas pelo INPE, que eram feitos pela NASA,
fato que somente contribuiu para demonstrar a ineficácia sobre o controle do
governo brasileiro sobre as áreas afetadas, o que evidencia o descaso das
autoridades públicas sobre problema crucial, de interesse inclusive internacional.
Diante
desses fatos desastrosos, se percebe que havia alguma atividade governamental tão
somente de monitoramento sobre as áreas queimadas, sem qualquer política de
combate permanente e efetivo, para controle dos incêndios e punição aos
criminosos envolvidos, o que demonstra total irresponsabilidade das autoridades
públicas incumbidas das políticas contraincêndios.
É preciso
que o governo brasileiro aproveite essa onda de críticas internacionais sobre
os incêndios na Amazônia, para promover minucioso levantamento sobre tudo o que
realmente está acontecendo de efetivo naquela região, inclusive, se possível, acerca
de investigações sobre os culpados pelas queimadas, porque incêndios podem
acontecer sozinhos, em escala bem reduzida, mas o grosso mesmo têm origem em
ações criminosas, sob motivação para o beneficiamento da situação ou para prejudicar
o governo.
Convém
que o governo federal tenha o efetivo controle sobre o que está realmente
acontecendo na Amazônia brasileira, inclusive quanto à atuação das ONGs, das empresas
mineradoras, dos fazendeiros, dos índios etc., de modo que seja possível o monitoramento
e a fiscalização sobre essa dramática e lastimável situação, mostrando ao mundo
que o Brasil tem condições para pôr freios aos desastres que incidem sobre o
meio ambiente da região, mandando claro recado aos governantes estrangeiros que
procurem cuidar apenas da recuperação do seu meio ambiente.
Brasil: apenas
o ame!
Brasília,
em 24 de agosto de 2019
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