A propósito, a Federação
das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) suspendeu a divulgação de
manifesto onde faria críticas à crise institucional entre os poderes Executivo
e Judiciário.
A manifestação das
entidades do agronegócio diz que "a Constituição de 1988 definiu o
Estado Democrático de Direito no âmbito do qual escolhemos viver e construir o
Brasil com que sonhamos", citando mais de três décadas de liberdade e
pluralismo, com alternância de poder em eleições legítimas e frequentes.
De acordo com a mensagem
manifesto em apreço, as amplas cadeias produtivas e setores econômicos precisam
ter o apoio da estabilidade, da segurança jurídica e da harmonia para poderem
trabalhar com a presença da liberdade para empreender, gerar e compartilhar
riquezas, de modo a possibilitar a contratação e a comercialização, tanto no
Brasil como no exterior que são fatores essenciais ao fomento do desenvolvimento
socioeconômico do pais.
As lideranças do
agronegócio afirmaram que "é o estado democrático de direito que
assegura a liberdade empreendedora essencial numa economia capitalista".
A mensagem do
agronegócio faz importante alerta, no sentido de que, em se tratando de uma das
maiores economias do mundo, como país que realmente tem influência em termos econômicos,
diante do oferecimento de múltiplas negócios sob quaisquer aspectos do mercado econômico-financeiro,
"o Brasil não pode se apresentar à comunidade das nações como uma
sociedade permanentemente tensionada em crises intermináveis ou em risco de
retrocessos e rupturas institucionais".
As entidades do agronegócio
alegam ainda que "o Brasil é muito maior e melhor do que a imagem que
temos projetado ao mundo e que isso está custando caro e levará tempo para
reverter.”.
A aludida mensagem tem
o peso, em forma de assinaturas, da ponderação da Associação Brasileira do
Agronegócio (Abag), Associação Brasileira dos Produtores de Óleo de Palma
(Abrapalma), Associação Brasileira dos Industriais de Óleos Vegetais (Abiove),
Associação Brasileira das Indústrias de Tecnologia em Nutrição Vegetal
(Abisolo), CropLife Brasil, Indústria Brasileira de Árvores (Ibá) e o Sindicato
Nacional da Indústria de Produtos para a Defesa Vegetal (Sindiveg).
À toda evidência, a mencionada
mensagem constitui referencial de extrema importância para as autoridades dirigentes
do país, em especial para os integrantes dos poderes da República, que constituem
a classe dominante na administração pública do Brasil, que precisa ser alertada,
com muito vigor, para as gravíssimas consequências das permanentes e
insistentes ações tresloucadas e insensatas, consistentes nas irresponsáveis e
criminosas agressões verbais mantidas sem as menores necessidade e plausibilidade,.
Na verdade, não existe absolutamente
nada que possa servir de respaldo político-administrativo para gigantesca irracionalidade,
que apenas conspira em evidente detrimento dos interesses maiores do Brasil e
do seu povo, porque este sempre termina assumindo, de forma injusta, o nefasto resultado
das tragédias protagonizadas por homens públicos despreparados, insensatos e
incompetentes, que deveriam pensar e agir somente tendo em mira a defesa das causas
nacionais, com embargo de interesses político-pessoais.
Se porventura existir
qualquer fato que realmente possam contribuir para o travamento ou a dificuldade
de relações institucionais entre os poderes da República, os princípios do bom
senso, da sensatez e da racionalidade recomendam que eles sejam conduzidos em
ambiente de alto nível, sob os auspícios das sadias regras de tolerância,
diplomacia, inteligência, competência e responsabilidade, tudo para o bem do Brasil
e exclusivamente em harmonia com as condutas próprias da normalidade que
precisam imperar na gestão dos negócios públicos, sempre visando ao melhor
caminho para a solução dos problemas nacionais.
Não resta a menor dúvida
de que a inglória guerra travada, em especial interesse pelo chefe do Executivo,
que tem sido o principal alimentador dessa terrível e injustificável disputa,
somente haverá um perdedor nessa triste história, que é precisamente o
interesse econômico do Brasil, com a consequente trágica distribuição de
prejuízos para a população, que normalmente arca com os absurdos resultados das
incompetência, ineficiência, insensatez e irresponsabilidade dos gestores
públicos, que normalmente nunca assumem a culpa por seus erros, porque eles
sempre se julgam que estão acima de tudo, inclusive da lei, que é absolutamente
ignorada, em completa afronta aos princípios da constitucionalidade e do mercado
econômico-financeiro.
É evidente que de nada
adiantará alertas e mais alertas por parte das principais entidades que têm importante
participação na formação da economia brasileira e são responsáveis pelo
desenvolvimento econômico do país, porque sempre prevalece a irracionalidade da
soberania estratificada no pensamento retrógrado das autoridades públicas, que
metem na sua mentalidade minúscula e demente que o poder é a fonte de inspiração
para a realização de seus objetivos, que sempre são conduzidos pelos piores
caminhos, exatamente diante da dificuldade de se vislumbrar o despojamento de
suas áureas de vaidade e onipotência, invariavelmente em detrimento dos
interesses nacionais.
Nessa luta em defesa
dos interesses do Brasil, também tem muita relevância a participação dos
brasileiros, que precisam raciocinar de maneira ponderada e inteligente, com o
máximo de abstração do sentimento da ideologia política, porque esta nem sempre
condiz com a verdade que precisa prevalecer em sintonia com as causas nacionais,
em especial no que se refere à estabilidade da economia, que muito depende do
equilíbrio e da competência das autoridades da República.
Ante o exposto,
apelam-se no sentido de que as autoridades da República se conscientizem sobre
a premente necessidade da urgente avaliação de suas atitudes administrativas
perante os desafios político-institucionais, à vista de que seus resultados
podem ter reflexo direto na estabilidade socioeconômica do país, especialmente em
termos de produção, mercado financeiro, emprego, entre outros importantes
fatores que dizem respeito aos interesses nacionais, quanto ao tão almejado
desenvolvimento social e econômico do Brasil.
Brasília, em 1º de setembro de 2021
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