quinta-feira, 30 de setembro de 2021

Indignidade humana!

      De acordo com estudo acadêmico apresentado ontem, intitulado Pesquisa Nacional de Condições de Vida 2021, coordenada pela iniciativa privada Universidade Católica Andrés Bello (UCAB), de Caracas, Venezuela, três em cada quatro venezuelanos, o equivalente a 75% das pessoas, vivem em extrema pobreza em meio à longa crise econômica que foi agravada pela pandemia da Covid-19 e pela escassez de combustível.

O aludido estudo indica que a pobreza extrema atingiu 76,6% das famílias venezuelanas, ao se considerar que a renda delas não cobre as suas necessidades alimentares, e 94,5%, vivem em situação de pobreza.

Um sociólogo integrante do estudo disse que “Atingimos o teto da pobreza, enquanto a pobreza extrema continua a aumentar”.

Na apresentação da pesquisa, consta que a população da Venezuela é estimada em 28,7 milhões de habitantes e que mais de cinco milhões já terem emigrado, desde 2014, em busca de sobrevivência.

A pobreza na Venezuela aumentou 91,5% e a extrema, em 67,7%, no período 2019-2020, quando o país foi acometido por forte hiperinflação e está em seu oitavo ano de recessão.

A verdade é ainda mais dura, porque os referidos números estão longe dos divulgados pelo governo, que garantiu, em sua prestação de contas ao Parlamento, que 17% da população vivia na pobreza, em 2020, e apenas 4%, na pobreza extrema, o que são números bem distantes da realidade.

O sociólogo explicou que apenas 5,5% da população está acima da linha da pobreza, que ainda conseguiu “adaptar” a sua renda à inflação e à desvalorização da moeda local, o bolívar.

O sociólogo esclareceu que sobre a “crise de mobilidade”, por força das quarentenas impostas aos venezuelanos, nos últimos dois anos, que se tornaram necessárias por falta de gasolina, decorrente do colapso da indústria petrolífera venezuelana, que tem impactado no número de trabalhadores ativos.

Ele disse que apenas 50% dos venezuelanos em idade produtiva são ativos, conforme levantamento da pesquisa, o equivalente a cerca de 7,6 milhões de pessoas, tendo citado que as mulheres são as mais afetadas, com apenas 32,9% das trabalhadoras em atividade.

O sociólogo disse que as pessoas estão saindo do trabalho “porque os custos para ir trabalhar começam a ser maiores do que a remuneração que você vai receber”, ou seja, “o salário mínimo, complementado por uma gratificação alimentar obrigatória, mal ultrapassa o equivalente a dois dólares mensais. O valor não é mais uma referência no setor privado, onde a renda média gira em torno de US$ 50, segundo pesquisas privadas.”.

As pessoas precisam saber, em especial aquelas simpatizantes da esquerda brasileira, que o salário mínimo de 2 dólares equivale a cerca de R$ 11,00 e a renda média de 50 dólares corresponde a aproximadamente R$ 275,00, que são valores extremamente irrisórios, para se viver com o mínimo de dignidade humana, mostrando a insignificância dada à vida dos ainda mais pobres venezuelanos.

Em face de verdadeiro colapso da economia venezuelana, 86,5% das famílias daquele país, ou seja, entre 10 pessoas, 9 recebem ajuda do governo e o restante recebe remessas de dinheiro de parentes no exterior, cujo procedimento foi prejudicado pela pandemia do coronavírus.

A coordenadora do estudo destacou o impacto da crise na educação, ao esclarecer que, dos 11 milhões de pessoas em idade escolar (de 3 a 24 anos), apenas 65% estão matriculadas em centros educacionais de diferentes níveis de ensino, havendo queda de 5%, em relação a 2020.

Foi esclarecido, por fim, que a pesquisa em tela abrangeu cerca de 14 mil famílias, na Venezuela, entre fevereiro e abril deste ano.

À toda evidência, o resultado do estudo não deixa a menor dúvida de que o regime socialista da Venezuela tem sido verdadeiro contraponto para as pessoas que ainda ficam defendendo apoio a políticos com mentalidade esquerdista, cujo resultado de governo socialista é apenas a tragédia em forma de transformação do capitalismo em crueldade, sofrimento e desumanidade, com a implantação da mais ampla pobreza entre a população, como aconteceu na Venezuela, em processo absolutamente irreversível, cuja certeza geral é a da tragédia social e humana, para perdurar por tempo indefinido e isso é insuportável, para os padrões humanitários.

É preciso ficar muito claro que os governos socialistas, como o da Venezuela, por exemplo, apenas têm o condão de transformar os países em patrimônio do Estado, que passa a administrar tudo de riqueza da sociedade, como empresas, propriedades, bens e valores sob controle total como bem público, ficando a população completamente empobrecida e sob completo domínio do Estado, que normalmente é comando por bandos de incompetentes e aproveitadores dos recursos oriundos da sociedade, que passa a ser escravizada por brutamontes ditadores e ainda perde os direitos humanos e democráticos, ou seja, a sua individualidade passa a pertencer ao domínio do Estado, que passa a ditar as regras da sociedade totalmente escravizada e monitorada nos seus direitos de cidadania.

A verdade é que essa desgraça que existe atualmente na Venezuela, mostrada por meio de estudo, pode vir a existir normalmente também no Brasil, caso qualquer líder de partido com tendência socialista venha a conquistar o poder, exatamente porque, em todos os partidos da esquerda, têm escrito nos seus estatutos sociais dispositivo no sentido de que o principal objetivo da agremiação é, prestem atenção: a socialização, que nada mais é do que transformar todas as pessoas em igualdade de condições, onde não só predomina a vontade ditatorial e totalitária do Estado, ex-vi da Venezuela.  

Ou seja, todas as pessoas passam a ser iguais perante a sociedade, sem direito a decidir nem resolver nada, nem mesmo à própria individualidade, porque todo mundo passa viver sob o total controle do Estado, que é o único ente que pode dispor de recursos e valores materiais e financeiros, para a distribuição igualitária da miséria para todos, exatamente como vem acontecendo em todos os países de regime socialista/comunista, como no caso da Venezuela, que tem e conta com os decididos apoio e aplauso dos esquerdistas brasileiros, que sonham com a implantação do monstruoso socialismo no Brasil, conquanto tem sido a sua defesa de luta contra regime verdadeiramente democrático, onde os brasileiros gozam de plenas liberdades próprias e inerentes à grandeza do ser humano.

Embora a desgraça que vive o povo da Venezuela não se deseje para o pior inimigo, convém que os brasileiros que ainda podem avaliar as consequências sobre a implantação do regime socialista no Brasil se dignem a compreender que o sonho da esquerda tupiniquim é transformá-lo tal e qual igual àquele país, onde predomina a pobreza e a miséria, em que quase todas em pessoas não têm absolutamente nada e dependem cada vez mais do governo igualmente falido e sem perspectiva de coisa alguma, além da total perda dos direitos humanos e de todos os outros próprios às pessoas.

Veem-se na deplorável vida dos venezuelanos total regressão das vidas humanas que, ao contrário da evolução natural da humanidade, que tem aproveitado novos conhecimentos e as modernidades para o seu o seu proveito evolutivo, o homem, ao contrário, em nome do socialismo absolutamente retrógrado e inconveniente, decide optar pela própria desgraça, a exemplo do que ocorre com a esquerda brasileira, que insiste em defender os princípios deletérios da ideologia socialista/comunista, que até pode haver, em princípio, algo defensável como ideário, mas que, na prática, ainda não foi possível identificá-lo, ante à realidade da sua monstruosidade contra a sociedade, que é algo inexorável e incontestável, à vista do que mostra o estudo em comento, com a confirmação da patente pobreza das pessoas.

Convém que os defensores da esquerda brasileira pelo famigerado regime socialista expliquem e justifiquem, se possível com detalhes, o seu cego desejo de que ele se firme no Brasil, porque, em princípio, à vista dos péssimos e trágicos resultados da sua experiência em outras nações, conforme mostram os fatos, não passa de vergonhosa e lamentável tentativa da sua disseminação entre nós, diante da total inexistência de algum benefício de natureza social, posto que, ao contrário, todos os exemplos evidenciados na prática são extremamente fartos e degradantes, fato esse que ajuda a induzir os eleitores a rejeitarem apoio a candidatos da esquerda, precisamente porque é preciso se evitar, a todo custo, o suicídio político-democrático da sociedade sadia, que precisa se cuidar ao máximo, também em termos político-ideológicos.  

É preciso sim chamar a atenção dos verdadeiros e ajuizados brasileiros que ainda têm condições de pensar, em termos de sociedade livre e independente, no sentido da intransigente defesa da evolução do homem moderno, à vista do conhecimento dos princípios evolutivos, havendo todas as possibilidades para a valorização dos seus sentimentos fundamentais e essenciais à vida plena, no que dizem aos direitos, às individualidades e às liberdades de decisão, com amplos poderes para agir, sem precisar se limitar a absolutamente nada, porque é assim o viver racionalmente colocado à disposição da vida humana.                 

          Brasília, em 30 de setembro de 2021

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