Circula
vídeo nas redes sociais em que o presidente da República expõe para a nação o
drama de senhora lavradora que foi expulsa de suas terras pelo famigerado MST.
O
presidente relata que teria enviado a Força Policial Federal para o local, para
proteger os ruralistas contra a violência desse grupo desumano, mas um ministro
do Supremo teria determinado que a polícia saísse do região do conflito,
permitindo que a bagunça se intensificasse na localidade.
Não
se sabe qual tenha sido o final dessa deplorável questão social, envolvendo
invasão do famigerado MST e agricultores, porque o vídeo é antigo.
Não
obstante, parece extremamente deprimente que o presidente da República tivesse
levado o assunto a público, apenas lamentando a desgraça perpetrada contra
pobre senhora, completamente destroçada, por causa de violência disseminada no
campo.
A
verdade é que, em razão da retirada da Força Policial Federal, do local do
conflito, caberia ao governo não ficar apenas se lamentando e criticando o
ministro e o governador da Bahia, mas sim ter impetrado imediatamente recurso
ao Supremo, para que a polícia pudesse permanecer no local, tendo por base a
sua competência constitucional de garantir a paz social e a ordem pública, à
vista do que dispõe o artigo 144 da Constituição, que estabelece: "A
segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é
exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do
patrimônio,...".
Ou
seja, à toda evidência, faltaram sensibilidade e competência por parte do
governo, para o trato de situação que poderia ter sido contornada por meio de
diálogo intermediado com o legal e apropriado recurso da incumbência do
Executivo ao Supremo Tribunal Federal, que, a meu juízo, não pode permitir que
barbaridade continue a acontecer sob os auspícios desse monstruoso e deformado
movimento rural.
Nesse
caso, causa perplexidade que o presidente do país procurasse pôr em evidência muito
mais as ações nefastas e antissociais adotadas por autoridades, quando ele
deveria deixar isso à margem e enfatizar a sua atitude em defesa dos direitos
de propriedade dessa senhora e certamente das pessoas da comunidade perturbada
pelo deplorável MST.
Enfim, teria sido bastante louvável para o presidente do
país se ele, a par de fazer o relato jornalístico sobre a triste realidade da
violência do campo, que diminuiu significativamente no seu governo, conforme
mostram os fatos, também tivesse esclarecidos sobre as medidas efetivamente adotadas
sob a sua incumbência constitucional do seu governo, de modo a garantir não somente
a permanência da cidadã na posse da sua terra, mas, sobretudo, a tranquilidade
e a manutenção da ordem pública.
Brasília,
em 20 de setembro de 2021
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