sexta-feira, 24 de setembro de 2021

Violência no campo

  

Circula vídeo nas redes sociais em que o presidente da República expõe para a nação o drama de senhora lavradora que foi expulsa de suas terras pelo famigerado MST.

O presidente relata que teria enviado a Força Policial Federal para o local, para proteger os ruralistas contra a violência desse grupo desumano, mas um ministro do Supremo teria determinado que a polícia saísse do região do conflito, permitindo que a bagunça se intensificasse na localidade.

Não se sabe qual tenha sido o final dessa deplorável questão social, envolvendo invasão do famigerado MST e agricultores, porque o vídeo é antigo.

Não obstante, parece extremamente deprimente que o presidente da República tivesse levado o assunto a público, apenas lamentando a desgraça perpetrada contra pobre senhora, completamente destroçada, por causa de violência disseminada no campo.

A verdade é que, em razão da retirada da Força Policial Federal, do local do conflito, caberia ao governo não ficar apenas se lamentando e criticando o ministro e o governador da Bahia, mas sim ter impetrado imediatamente recurso ao Supremo, para que a polícia pudesse permanecer no local, tendo por base a sua competência constitucional de garantir a paz social e a ordem pública, à vista do que dispõe o artigo 144 da Constituição, que estabelece: "A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio,...".

Ou seja, à toda evidência, faltaram sensibilidade e competência por parte do governo, para o trato de situação que poderia ter sido contornada por meio de diálogo intermediado com o legal e apropriado recurso da incumbência do Executivo ao Supremo Tribunal Federal, que, a meu juízo, não pode permitir que barbaridade continue a acontecer sob os auspícios desse monstruoso e deformado movimento rural.

Nesse caso, causa perplexidade que o presidente do país procurasse pôr em evidência muito mais as ações nefastas e antissociais adotadas por autoridades, quando ele deveria deixar isso à margem e enfatizar a sua atitude em defesa dos direitos de propriedade dessa senhora e certamente das pessoas da comunidade perturbada pelo deplorável MST.  

          Enfim, teria sido bastante louvável para o presidente do país se ele, a par de fazer o relato jornalístico sobre a triste realidade da violência do campo, que diminuiu significativamente no seu governo, conforme mostram os fatos, também tivesse esclarecidos sobre as medidas efetivamente adotadas sob a sua incumbência constitucional do seu governo, de modo a garantir não somente a permanência da cidadã na posse da sua terra, mas, sobretudo, a tranquilidade e a manutenção da ordem pública.

Brasília, em 20 de setembro de 2021

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