O presidente da República assegurou que as manifestações de seus apoiadores no feriado da Independência servirão de “ultimato” para aqueles que, segundo ele, descumprem a Constituição.
O presidente do país disse que o recado das
manifestações visará duas pessoas, que ele não citou os nomes, e que servirá
para fazer com que elas se curvem à Constituição.
O mandatário tem atacado frequentemente dois ministros
do Supremo Tribunal Federal, acusando-os de exceder os limites constitucionais.
Ressalte-se que um ministro conduz inquéritos que investigam o
presidente e aliados, enquanto o outro ministro, que também é presidente do
Tribunal Superior Eleitoral, se opõe ao voto impresso para urnas eletrônicas, que
é uma das principais bandeiras do chefe do Executivo, que constantemente alega,
sem apresentar quaisquer provas, que o sistema eleitoral é fraudável.
O presidente brasileiro disse precisamente que “Essas
uma ou duas pessoas têm que entender o seu lugar, e o recado de vocês, povo
brasileiro, nas ruas na próxima terça-feira, dia 7, será um ultimato para essas
duas pessoas: curvem-se à Constituição, respeitem a nossa liberdade, entendam
que vocês dois estão no caminho errado, porque sempre dá tempo de se redimir”.
Ainda no discurso, o presidente do país disse que
atuará dentro das quatro linhas da Constituição, mas que saberá agir para,
segundo ele, fazer valer a vontade do povo, caso entenda que outras pessoas
descumpriram o texto constitucional.
O mandatário afirmou que “Nós não precisamos
sair das quatro linhas da Constituição. Ali temos tudo que precisamos. Mas, se
alguém quiser jogar fora dessas quatro linhas, nós mostraremos que poderemos
fazer também valer a vontade e a força do seu povo”.
Em momento em que as pesquisas de opinião pública apontam
para perda de popularidade e em que tensiona cada vez a relação com o Supremo, o
presidente brasileiro vem se esforçando ao máximo para que os atos de 7 de setembro,
em Brasília e em São Paulo, se transformem em demonstração de força e de apoio
popular ao seu governo.
O presidente do pais reafirmou que participará das
manifestações em Brasília, pela manhã, quando discursará, e em São Paulo, à
tarde, onde pretende fazer discurso mais longo a seus apoiadores.
A retórica inflamada do presidente do país sobre os
referidos protestos e a movimentação de
apoiadores também com discurso para lá de incendiário, nas redes sociais,
inclusive alguns prometendo comparecer armados, têm gerado preocupações, diante
do risco de as manifestações descambarem para a violência, o que poderá
transformar os atos em verdadeiro desastre, consequência incontrolável, à vista
da participação de multidão, que poderá se tornar ensandecida e isso já é mais
do que loucura só em se imaginar que entre tantos “anjos” há também “demônios”.
Ao se pensar na multidão enfurecida, isso é motivo
de muita preocupação, porque o caldo pode entornar a qualquer momento, tanto em
Brasília quanto em São Paulo, assim como em outras cidades do país, mesmo
porque opositores do presidente do país também convocaram protestos contra o governo,
podendo haver confronto direto.
Não se pretende vaticinar pelo pior, mas os fatos
mostram que há mais do que ingredientes incendiários e, a mínima desavença, a
bomba poderá explodir no colo do presidente do país, que poderia ter sido necessariamente
previdente e jamais ter concordado e incentivado que os brasileiros pudessem se
reunir nessas condições, para a defesa de temas incendiários, uma vez que
muitos de seus apoiadores nutrem o mesmo ou pior ódio do presidente aos
ministros do Supremo e só Deus poderá prevê o que tem nas cabeças deles, na
esperança de que elas somente tenham boas intenções, fazendo com que o povo aja
com o espírito de muita responsabilidade, em todos os sentidos.
Não há a menor dúvida de que deve ser enorme a
preocupação das autoridades incumbidas de propiciar a segurança pública à multidão,
diante da possibilidade de eventual confronto entre grupos antagônicos, sendo
que os pavios de ambos devem estar cada vez mais encurtados e avermelhados,
tendo tudo para ocorrer “incêndios” alarmantes a qualquer instante, caso em que
a tragédia poderá ser impossível de ser controlada e as consequências poderão
ser as mais tenebrosas, jamais vistas no Brasil.
Não se trata, em absoluto, de maus agouros, em termos
de se projetar algo pelo pior, mas o tanto que o próprio presidente vem
colocando lenha na fogueira, em demonstração de raiva contra ministros da corte,
os ânimos de muitos brasileiros estão à flor da pele e certamente que eles são
capazes de irem às últimas consequências, em nome do mandatário, que já demonstrou
total falta de sensibilidade político-administrativa, em momento que mais se
precisa da ponderação inteligente e responsável dele.
Os brasileiros de boa vontade estão orando e
pedindo a Deus que os participantes das comemorações do Dia da Independência
estejam com o coração absolutamente imbuídos do sentimento de brasilidade e civismo,
podendo participar do evento tão somente em clima de muita harmonia e
serenidade, levando-se em conta apenas o propósito de apoio ao presidente da República,
que tem sido a justificativa para se reunir tanta gente nesse dia glorioso da
pátria amada, Brasil.
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