sábado, 18 de setembro de 2021

A verdade em síntese?

 

Uma grande amiga, que vem seguindo as minhas crônicas, chegou à conclusão de que eu bato muito forte no presidente da República, a ponto de querer o impeachment dele e que tenho sido “bonzinho” para com os ministros do Supremo Tribunal Federal.

Diante dessa situação, tenho escrito mensagens dirigidas a ela com o intuito de mostrar que não é nada disso, porque analiso fatos da vida e casos abordando circunstancialmente cada situação em que, normalmente, até posso ser um pouco mais rígido, porém muito em face dos fatos examinados, sob criteriosa análise imparcial, justa e sensata, conforme procuro mostrar nas mensagens a seguir, que se referem a cada caso em que exponho o meu entendimento, sub censura.

Impeachment do presidente da República

Estou torcendo para que o presidente brasileiro finalmente resolva tomar posse no cargo para o qual ele foi eleito.

Até agora ele só alimenta muitas confusão e trapalhada, quando poderia ter ficado calado e resolvido cuidar exclusivamente do governo.

Eu tenho o maior interesse que o presidente resolva trabalhar como verdadeiro estadista, cuidando exclusivamente dos interesses do Estado.

Não tenho interesse qualquer pelo impeachment do presidente.

Como brasileiro que ama a pátria, tenho interesse  que o Brasil seja governado apenas com competência, eficiência e responsabilidade.

Quem acredita na guerra é porque não tem segurança no governo, infelizmente.

Eu sou muito realista e vejo os assuntos com meus olhos e tiro as minhas conclusões com base no conjunto dos fatos.

O recuo do presidente da República

O presidente do país recuou no momento certo, porque ele foi ameaçado de impeachment pelo Centrão, ou seja, no dia 7 setembro, ele recebeu o ultimato no sentido de que não haveria possibilidade de reunião do Conselho da República, como ele tinha anunciado em discurso para o povo, que seria discutida medida referente à aprovação do Estado de Sítio, com posterior adoção das medidas de exceção para punição de ministros do Supremo e foi a partir daí que a porca enrolou o rabo e a coisa ficou feia para ele, que só lhe restou pedir arrego, para salvar o cargo, porque as suas palavras foram muito pesadas contra o Supremo, tendo despertado tremendo alerto no jogo político da República.

Afora isso, outras ilações esfarrapadas podem surgir, porque há quem acredite até mesmo em versão mirabolante.

Fuga do país depois do comunismo

Não sei que mentalidade é essa de querer fugir do país!

Por que pensar que o Brasil pode vir a ser comunista?

Não entendo, porque eu vivo no mesmo mundo que você.

O que pode acontecer é que eu tenho mentalidade menos desenvolvida do que muita gente e posso não enxergar o que as pessoas veem, ou seja, até passa ser que eu viva noutro mundo, mas por não ter capacidade de enxergar o que as pessoas inteligentes estão vendo, embora eu veja bastante coisa a meu modo de interpretar os fatos, exclusivamente no limite dos meus parcos conhecimentos, que não chegam a vislumbrar o que poderá acontecer no futuro, como nesse caso de se preocupar com a possibilidade de o Brasil se tornar comunista.

Acho muito interessante que a gente se preocupe com o presente, torcendo para que o presidente se conscientize que ele precisa se concentrar nos problemas do momento, porque, se ele conseguir sucesso, certamente que será reconhecido por suas obras importantes e se elegerá com o mérito do trabalho operoso dele.  

Estão criando fatos que não condizem com a realidade é as pessoas estão acreditando e até entrando em antecipado desespero sem causa e isso não é bom, porque não contribui para nada, salvo para infernizar a vida das pessoas.

Julgamento precipitado

Você precisa entender, nos seus julgamentos, que há pessoas enxergam detalhes onde outras não conseguem e é exatamente o que pode estar acontecendo comigo, por exemplo, que não vejo  no presidente do país senão como pessoa que não tem limite para nada, preferindo cultuar a insensibilidade nos seus atos, conforme mostram muitos fatos protagonizados por ele.

Nesse caso do Supremo a única coisa que ele poderia fazer, por ser estadista, era impetrar recurso em caso que envolva interesse público, porque isso faz da praxe oficial, nos termos do ordenamento jurídico, e ainda se a demanda prejudicar interesses do Estado, mas isso não é porque eu acho ou quero, mas sim porque é assim que deve proceder o verdadeiro estadista.

É porque faz parte da liturgia oficial, que diz que o presidente do país deve cuidar exclusivamente dos assuntos do Estado.

Não passa de pura insanidade as autoridades da República ficarem se digladiando em arena pública, porque os assuntos de interesse público são analisados, discutidos e resolvidos nas vias competentes e nunca sob inúteis críticas e acusações em público, à vista da necessidade da preservação e da dignificação da relevância dos cargos públicos envolvidos.

O que quero dizer é que as pessoas inteligentes conseguem enxergar qualidades em determinadas atividades públicas, enquanto eu, por mais que me esforce, vejo enorme dificuldade para enxergá-las, em especial aquelas vindas do presidente do país.

Isso só consegue mostrar que as pessoas são diferentes mesmo e precisam se respeitar, em termos de opiniões.

Fico feliz que você tenha conseguido alcançar o nível elevado de enxergar bondade em tudo, porque isso só acontece com as pessoas iluminadas.

Eu me contento com meus parcos conhecimentos e ainda me atrevo a escrever um montão de bobagens.

Desculpe as minhas tacanhas opiniões, porque elas somente satisfazem a mim, que sou exatamente assim como sou, assim como você é, que deve se satisfazer do jeito que é, não é mesmo?

Em defesa da verdade

O que eu vou dizer aqui é em defesa da verdade.

Alguns bolsonaristas fazem comentários sem terem o mínimo de conhecimento sobre o assunto e outras pessoas o aplaudem.

Nesse caso, o ministro do Supremo pode estar errado.

Eu não tenho como avaliar o mérito do caso, por desconhecer os elementos em detalhes.

Agora, o erro gravíssimo é evidenciado pela parte envolvida e prejudicada, por aceitar passivamente a decisão do Supremo, sem recorrer e mostrar a verdade sobre os fatos, principalmente quando a decisão precisa ser reformulada.

É do seu direito apenas recorrer, nos termos da ampla defesa e do contraditório, para mostrar que o ministro incorreu em erro e o Supremo precisa corrigi-lo rapidamente, de modo a desmascará-lo.

Para quem não sabe, nesse caso, a verdade é que o ministro decidiu sem o parecer da PGR, exatamente porque ela não respondeu ao pedido previamente formulado por ele, que não tem obrigação de esperar o parecer, depois do prazo razoável, e muito menos acolher os termos dele, porque a decisão do ministro, no processo, é soberana.

É lamentável que as pessoas fiquem fazendo juízo de valor sobre assuntos que não têm completo conhecimento, em especial, jurídico, sobre a causa, porque isso dificulta a compreensão e ainda contribui para distorcer a verdade.

Se a parte envolvida recorresse, em todos os casos, se contribuiria para que as pessoas fossem bem tolerantes e agredissem menos a sensibilidade humana.

Brilhante defesa do ministro?

          Eu não fiz defesa de ninguém, porque apenas quis mostrar um caso juridicamente viável, de forma mais didática possível e que é pura realidade.

Agora, se as pessoas preferem continuar entendendo como lhes bem convier, tudo bem.

Eu estou querendo esclarecer que a decisão do ministro, qualquer ela que seja, cabe recurso pela parte prejudicada, justamente para se esclarecer os fatos, mas isso não vem sendo feito, exatamente porque o presidente do país e seus seguidores preferem não recorrer, porque só assim eles têm motivos mais do que suficientes para ficarem no eterno mimimi e ainda se acharem de vítimas e perseguidos, conforme é a ilação que se pode extrair dos fatos.

Por favor, eu espero que este esclarecimento seja o complemento do anterior, para se perceber que eu gostaria de mostrar a versão mais realista possível, sem partidarismo algum, porque eu tento mostrar a minha visão sobre os fatos, imune à ideologia, que nos últimos tempos vem “cegando” as pessoas, que passaram a enxergar somente aquilo que lhes interessam.

Na declaração à nação, o presidente disse que vai recorrer das decisões do Supremo e é assim que se procederem as pessoas interessadas em esclarecer os fatos e não insistirem na vitimização, porque isso não resolve absolutamente nada.

Bater no presidente?

          Eu gostaria, em forma de apelo, que alguém aponte, por questão de justiça, onde eu elogio quem quer que seja e bato forte no presidente.

É preciso se atentar que tenho procurado analisar fatos específicos, absolutamente sem paixão e com isenção e justiça, apenas cingindo aos acontecimentos e opinando a respeito do assunto enfocado.

Se tiver que descer o malho, eu faço sempre com a mesma medida para todos os casos.

Eu não tenho, de forma alguma, nenhum bandido de estimação, porque isso não faz parte da minha índole.

Procuro seguir a linha de conduta de extrema neutralidade, inclusive respeitando as opiniões contrárias às minhas, à vista dos saudáveis princípios republicano e democrático.

Não tenho um pingo de inveja de quem pensa muito além das minhas ideias, porque imagino que ainda preciso aprender bastante sobre os fatos da vida.

O respeito mútuo

Eu sei perfeitamente do seu corinho por mim e isso eu sempre deixo como claro nos meus relacionamentos com você.

Agora, é preciso que eu diga os motivos pelos quais eu tenho escrito, que não é a favor senão da verdade, que é o que tem sido o meu propósito, sempre respeitando a opinião das pessoas.

Eu não quis, em absoluto, fazer avaliação se você respeita ou não as pessoas, porque foge da minha personalidade, tanto que deixei clara a minha admiração por sua pessoa.

Eu procurei mostrar, repito, evidentemente em minha defesa, o porquê de escrever como escrevo e que muitas pessoas, não é só você, acham que eu fico só acusando o governo e defendendo a parte podre, e isso não é correto, sob a minha avaliação.

Por gentileza, peço que me compreenda, porque os meus erros fazem parte de ser humano, aproveitando para reafirmar o meu melhor respeito à sua pessoa, que conhece como ninguém as melhores trilhas da difícil vida e tem reais condições de nos ajudar com bons ensinamentos de vida.

Desculpe-me se eu fui infeliz em tentar me justificar, mas o que fiz, tentando me explicar, qualquer um faria, tendo por propósito justamente a busca da verdade.

Agradeço muito que você me compreenda e me desculpe, como forma da valorização da nossa irmandade, que é muito importante e precisa ser cada vez mais estreitada.

“Ainda bem que você só fala bem deles...”

          Não entendo o sacarmos, posto que eu nunca falei de bem nem de mal de ministros do Supremo nem de ninguém.

Tenho dito e isso é verdade, só não ver quem não quer enxergar, que as pessoas sancionadas extrapolam o limite legal da liberdade de expressão e isso não é permitido, diante da legislação penal, que possibilita a aplicação de penalidade a quem abusa de agressões, conseguindo denigrir a imagem e moralidade de autoridades da República.

Não tenho conhecimento de ninguém que tenha sido preso, qualquer pessoa, que critique o Supremo, apenas de forma moderada e respeitosa, sem necessidade de atingir pejorativamente a honra ou a dignidade de ninguém.

É preciso se avaliar os fatos com justiça e ponderação, como tenho procurado fazer, com muito respeito e responsabilidade cívica.

Outra aspecto da maior importância é não se deixar ser dominado por opinião dos outros, que são úteis, mas é preciso que sempre prevaleça a opinião de cada um, a nossa.

As pessoas fazem horrorosas críticas à atuação do Supremo e eu também faço, mas eu ajo com equilíbrio e racionalidade e explico.

Sob o meu prisma de avaliação, qualquer decisão, por mais abusiva e absurda que seja do Supremo, cabe recurso, na forma legal, exatamente para se mostrar a inconsistência dela, precisamente em harmonia com os princípios constitucionais da ampla defesa e do contraditório, como se faz normalmente nos países sérios e civilizados, onde as demandas se resolvem por meio do diálogo, sob a égide dos princípios da tolerância e da civilidade.

Aqui tem funcionado exatamente ao contrário, em que as pessoas preferem fazer duras críticas e até ameaçarem de morte ministros, conforme mostra crônica que fiz recentemente, que são medidas inúteis e irracionais, uma vez que a Justiça tem obrigação legal de julgar todos os recursos impetrados contra as suas decisões, mesma aquelas consideras ilegais ou fora do prumo.

Verifico que as pessoas não têm o cuidado de saber e avaliar o que a pessoa punida teria dito em forma de agressão ou ameaça aos ministros do Supremo, porque ela conclui que o sancionado é anjo e não merecia ter sido impedido de exercer a "liberdade de expressão", mesmo que o seu limite tenha sido mandado para o espaço sideral.

Prefiro analisar os fatos segundo os elementos de que disponho, para se evitar cometer injustiças, porque é sempre doloroso ser acusado do que não se faz.

Respeito muito a sua opinião, por considerar pessoa com muita sabedoria e agradeço por suas ricas lições de vida.

O desejo do melhor

Na minha maneira de escrever, ao contrário do que as pessoas possam intuir, eu sempre torço para que as coisas aconteçam da melhor maneira possível, tanto que não me canso de analisar os inúmeros casos falhos do governo, cujo esforço é no sentido de que os erros sejam evitados ou até minimizados, porque a concordância com eles é que o faz com que nada melhore nunca.

Eu não visto a carapuça, nesse caso, porque tenho absoluta certeza de que a minha verdade incomoda muita gente, exatamente porque ela é diferente da verdade de muitas pessoas que acham que são donas da verdade e são, mas a seu modo, que precisa ser respeitada também e é o que tenho procurado fazer, com toda sinceridade, justamente em respeito aos princípios humanitário e democrático.

Se eu quisesse o pior, eu simplesmente ficaria calado no meu canto, acovardado como muitos fazem, sem criticar, mas o faço com o melhor propósito possível, em harmonia com o salutar princípio da liberdade de expressão, bem assim em atenção ao amor ao Brasil.

Ante o exposto, penso que as mensagens acima mostram o meu verdadeiro sentimento de que o governo precisa ser repensado completamente quanto à sua filosofia político-administrativa, de modo que o seu modelo de desempenho se coadune, o mais rapidamente possível, com o formato verdadeiramente republicano, no sentido do despojamento do projeto voltado para a reeleição do presidente do país, que, ao contrário, precisa privilegiar a defesa do interesse público, porque esta é a essência do governo de verdade, competente e responsável.

Brasília, em 18 de setembro de 2021

 

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