sábado, 18 de setembro de 2021

Apelo ao homem de bem!

 

O instituto Datafolha acaba de divulgar pesquisa de intenções de voto, mostrando que a eleição presidencial de 2022 segue no cenário dos levantamentos realizados em julho, em que o ex-presidente da República petista venceria o atual presidente do país, no caso de segundo turno disputado entre ambos.

O levantamento foi divulgado pelo jornal Folha de S. Paulo, mostrando que o petista teve 27% (antes tinha 26%) e o atual presidente teve 20% (antes tinha 19%), o que mostra a estagnação da corrida presidencial. 

De acordo com a pesquisa em tela, no segundo turno, se a eleição fosse agora, o petista teria 56% (antes tinha 58%) contra 31% do atual presidente (o mesmo índice da pesquisa anterior). 

O Datafolha esclarece que foram consultadas 3.667  pessoas, distribuídas em 190 cidades brasileiras, entre os dias 13 e 15 de setembro, não tendo sido esclarecidos os parâmetros empregados na pesquisa, se presencial ou por telefone, com indicação de nomes ou sem citação de nomes, entre outros detalhes que podem influenciar no resultado da pesquisa.

Por sua vez, com base no resultado dessa consulta, o atual presidente do país segue com sua reprovação em tendência de alta, chegando a 53% entre as pessoas pesquisadas, que é o pior índice conhecido no seu mandato, fato este que acena para a melhoria do desempenho do governo, evidentemente na avaliação dos consultados.

A reprovação do atual presidente, entre os consultados em julho, tinha ascendido a 51%, no quesito ruim ou péssimo, o que já havia sido considerado recorde presidencial.

No sentido contrário desse cenário, a avaliação positiva do presidente diminuiu para 22%, enquanto a pesquisa anterior, em julho, esse índice era de 24%, que era o pior de seu mandato.

Os especialistas políticos avaliam que a queda na avaliação do atual presidente tem como motivação a tensa semana que o governo se viu obrigado a enfrentar, em meio do temor da possível edição de  medidas com viés golpistas, em face de discursos com tendências autoritárias, pronunciados no dia 7 de setembro, que culminaram com o estratégico e histórico recuo do mandatário, que optou pela divulgação de “Declaração à Nação”, tendo por finalidade a pregação da harmonia e da pacificação no seio dos poderes da República.

O que chama a atenção, de forma colossal, precisamente para fins de avaliação mais justa da pesquisa, o fato de que o Brasil tem mais de 150 milhões de eleitores e aproximadamente 5.568 municípios, mas a consulta, em princípio, com sentido tendencioso, conclui, sob segura afirmação, com base em tão somente 3.667 pessoas, o que equivale a milésimos (menos de 1%) dos eleitores habilitados e ainda sem a confirmação se elas são realmente eleitoras, em consulta feita apenas em 190 municípios, algo em torno de 3,35% da totalidade e ainda sem a indicação das regiões e localidades, porque o Nordeste pode pesar mais para um candidato e o Sul inverte a tendência, para o outro, o que se evidencia enormes atrocidades e disparidades científicas, em termos de pesquisa competente.

Ou seja, a meu juízo, trata-se da maior irresponsabilidade se dizer que o candidato sicrano ganharia a eleição com base nesses dados fajutos e sem a menor consistência, diante da fragilidade dos elementos disponíveis, que representam gritante parcialidade, salvo se a intenção seja realmente de iludir os bestas de brasileiros que acreditam em fatos fantasiosos como sendo verdadeiros.

 É verdade tão importante quanto à preferência dos supostos eleitores pesquisados, mostrando que votariam no candidato presidencial petista, é precisamente a nítida camisa de força resultante da consulta, com a indicação que pode ser considerada nada animadora de os brasileiros terem ou serem obrigados a optarem por um dos dois homens públicos que até podem ter algumas qualidades, em termos de contribuição socioeconômica do Brasil.

Agora, não deixa de ser extremamente preocupante que os brasileiros não tenham condições de vislumbrar sobre a necessidade de mudanças radicais que precisam ser implementadas, com urgência, na escolha do mandatário do Brasil, levando-se em consideração, em especial, o tanto dos conhecimentos sobre a vida pregressa dos candidatos que lideram a corrida presidencial, evidentemente na presunção de que, daqui a mais de um ano da eleição, sejam eles apontados como as principais lideranças políticas.

Nesse contexto, seria importante, como essencial avaliação, visão cuidadosa e panorâmica, em forma de síntese sobre o histórico curricular da personalidade referente do trabalho já desenvolvido por eles, de modo a se aquilatar as condutas éticas e moral, a capacidade de iniciativa, a contribuição afirmativa, a sensibilidade humanitária, o amor às causas do interesse público, o sentimento demagógico, o espírito fisiológico, o compromisso com a verdade e a transparência dos atos públicos, a devoção à eficiência da máquina pública, em termos de economicidade e reformas estruturais, entre outros quesitos valiosos como contributos ao desenvolvimento socioeconômico do Brasil.

Com base no sentimento prevalente de muitos brasileiros, a melhor alternativa não se encaixaria em nenhum dos referidos homens públicos, à vista de muitos fatos que não são do agrado geral a satisfazerem à plenitude das exigências, em conjunto, de que tratam os princípios da competência, da eficiência, da efetividade, da moralidade, entre outros, que são importantes na gestão pública e que não foram atendidos sob a gestão de cada um deles, de per si, conquanto a presença de ambos na política tem sido objeto de permanente questionamento por parte de brasileiros e isso é notório e indiscutível, ante a evidência de fatos da história republicana.

Na verdade, o que causa estrondoso espanto e grande perplexidade é a inclusão na disputa eleitoral de candidato que se encontra envolvido com graves denúncias sobre possíveis práticas de irregularidades, que, sob os aspectos da moralidade, legalidade, seriedade e honestidade, princípios basilares na gestão de recursos públicos, jamais poderia ter o seu nome cogitável para o exercício de cargo público eletivo, quanto mais logo para o principal da República, sem antes provar a sua inocência quanto aos casos em tramitação na Justiça, de modo a se habilitar legalmente como representante do povo, em igualdade de condições de respeitabilidade absolutamente insuspeitável.

E exatamente dessa maneira que os brasileiros precisam agir, em defesa do desejo do melhor para se governar o Brasil, com a escolha de homem público qualificado, em termos de preparação e experiência de administração pública, sendo ainda detentor dos requisitos de conduta moral acima de quaisquer suspeitas na vida pública, que exige o máximo de credibilidade e imaculabilidade quanto aos cuidados com a execução das receitas e a realização das despesas públicas, não se permitindo, de forma alguma, pelo menos em termos dos princípios do bom senso e da razoabilidade, que alguém investigado na Justiça tenha capacidade ética e moral para representar a dignidade do eleitor, a despeito de que a norma legal impeça a candidatura senão de quem tenha sido condenado em segunda instância da Justiça.

Acontece que a questão referente ao princípio da moralidade perante a coisa pública precisa ser decidida pela consciência do povo e, evidentemente, também do próprio candidato de nível bastante elevado e responsável, que deve ter o sentimento político de que o Brasil não merece que a gestão pública tenha a permissividade da nítida e generalizada esculhambação, exatamente contando com o beneplácito do povo, que precisa ter orgulho da pátria e, acima de tudo, vergonha na cara, para jamais aceitar que candidato nessas condições degradantes, quanto à moralidade, sequer pense em representá-lo.

Na verdade, isso se materializando significa completa degeneração de um povo, além do que, o país com as grandezas do Brasil, não pode ser governado por alguém que esteja com causa em tramitação na Justiça, pendente de julgamento sobre seus atos na vida pública, concernentes à possível improbidade administrativa, com questionamento precisamente sobre a licitude de seus atos na gestão pública, porque isso caracteriza verdadeira agressão aos consagrados princípios da moralidade e da legalidade públicos.

Convém que os brasileiros do bem e que amam verdadeiramente o Brasil se conscientizem, com o máximo de urgência, no sentido de que haja mobilização nacional sobre a necessidade do apelo pelo aparecimento do homem de bem, que preencha os requisitos exigidas de conduta ilibada, capacidade de cidadania acima de quaisquer suspeitas, experiência administrativa, abnegação à causa pública e à defesa da população, entre outros atributos notoriamente compatíveis com as grandezas do Brasil e a importância do seu povo, tendo em vista a premência de mudança apenas em benefício do bem comum, com embargo das garras dos aventureiros e aproveitadores.     

Enfim, é com muitos tristeza e desalento, evidentemente para os brasileiros que primam pela prevalência dos saudáveis princípios da moralidade, do decoro, da competência, da eficiência, da efetividade, do equilíbrio, da tolerância, da responsabilidade e do melhor para a gestão pública, o conhecimento de resultado de pesquisa com viés eleitoral que reflete a disputa de candidatos que não atendem à plenitude aos anseios dos reais interesses do Brasil, ficando a esperança de que o cenário político seja revertido para melhor, o mais breve possível, para o atendimento apenas do bem comum.               

          Brasília, em 18 de setembro de 2021

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