Ele já estava até desacostumado dessa salutar prática, porque, pela
primeira vez, em longa jornada, o Brasil sente enorme satisfação em saber que
nenhuma autoridade tem sido agredida nem criticada com palavras que objetivavam
denegrir a honra e a dignidade dela.
Ao decidir por ficar calado, o presidente do pais contribui para tranquilizar
importante parcela dos brasileiros, porque se sentia incomodada com a falta de
civilidade de quem tem o dever de promover a paz à frente do governo e isso tem
como reflexo a melhoria do bem-estar social,
além de contribuir para a pacificação entre os poderes da República.
À toda evidência, o silêncio do presidente do pais é a certeza da paz e da
tranquilidade no seio da sociedade, permitindo, em especial, que ele possa se
concentrar nas montanhas de problemas que devem ter se acumulado enquanto ele
ficava cuidando de criticar, acusar e agredir autoridades da República, em
absoluta perda de tempo que certamente prejudicou em muito a resolução de
importantes questões nacionais, por terem sido relegadas a planos secundários,
nesse fastidioso e improdutivo período de palavras jogadas ao léu, embora elas
tivessem endereço certo.
Sem a menor dúvida, a causa de muitos problemas do país, que se intensificaram
ao meio das crises, está diretamente vinculada à reiteração das inúteis agressões
e críticas protagonizadas prazerosamente pelo mandatário, que se achava o
máximo em usar o poder para menosprezar a dignidade de autoridade da República,
quando a sabedoria diz que o homem cresce à medida que dialoga sobre a
importância dos assuntos de interesse, o que não era o caso preferido em
discussão.
A experiência já confirma a maravilha do silencia do presidente, cuja
ressonância é a calmaria que domina o seio das instituições da República, cujos
efeitos são traduzidos no fortalecimento da democracia, diante da paz que se
dissemina espontaneamente no âmbito da administração pública, servindo o poderoso
silencia presidencial como importante lição em benefício da excelência da
produtividade em prol da sociedade.
Na verdade, o providencial recuo presidencial, com a sua “Declaração à
Nação”, já evidencia a obtenção de fantásticos resultados para o bem geral, em
termos de tranquilidade e paz no âmbito da administração pública, embora o
mesmo sentimento não se pode afirmar quanto ao que se refere aos seguidores do
presidente do país.
Quanto a estes, é visível a desolação que reina no seio deles, que
prefeririam que o chefe do Executivo continuasse impávido na sua cantilena destrutiva
de ofensas e agressões habituais, mesmo que os reflexos disso fossem bastante
prejudiciais para os interesses da gestão pública e os brasileiros, diante da
balbúrdia criada exatamente por quem precisa ser modelo e parâmetro das melhores
condutas pertinentes ao respeito aos princípios republicano e democrático.
Esse tão pouco tempo de silêncio, o presidente do país já demonstrou grande
contribuição para os brasileiros, que, para o bem público, preferem privilegiar
o zelo e a dignidade na administração pública, diante da confirmação de que a
efetividade da prestação dos serviços de incumbência do Estado se faz apenas
por meio da dedicação silenciosa e do efetivo desempenho do trabalho produtivo.
Ou seja, nada se constrói por meio de palavras vazias, agressivas e
críticas, em forma de acusações que nunca contribuíram para coisa alguma, senão
para a degradação da unidade e da integração que precisam prevalecer na gestão pública,
porque esses princípios são essenciais para a satisfação do interesse público.
O certo mesmo é que a afiada guilhotina do impeachment presidencial já estava
armada, cuja situação se complicava, de forma delicada, cada vez que o
presidente do país se manifestava, porque ela invariavelmente tinha o objetivo
de criticar e acusar pejorativamente autoridade da República e isso era arma
que se direcionava para a direção dele, porque o conjunto das suas opiniões estava
servindo como acervo probatório do crime de responsabilidade, que pode levar ao
afastamento dele do cargo.
À toda evidência, o enfrentamento do presidente contra o Supremo, a sua visível
índole golpista, as suas chacotas com as medidas de combate à pandemia do
coronavírus, que já causou quase 600 mil mortes, entre outras insensibilidades
são lixos discursivos inúteis que somente contribuíram para a intranquilidade de
brasileiros que confessam preferir o duradouro silêncio presidencial.
Ao contrário disso, os chamados bolsonaristas preferem alimentar a inutilidade
e o artificialismo dos debates improdutivos que vinham sendo acalentados por
eles, que se resumem em fake news e declarações ofensivas contra seus desafetos,
em absoluta perda do precioso tempo gasto pela principal autoridade da nação,
que precisava real e urgentemente aderir ao precioso silêncio, como importante contribuição
aos interesses do Brasil.
É preciso pedir que os brasileiros acostumados com as reiteradas insensibilidades
verbais presidenciais se esforcem, em sacrifício para o bem do Brasil, para
conseguir compreender esse maravilhoso momento de grandeza do silêncio vindo do
Palácio do Planalto e somente se manifestar com a finalidade de apoiá-lo.
Enfim, é maravilhoso saber da existência do saudável silêncio da maior
autoridade da República, mesmo que isso seja momentaneamente, diante da certeza
de que a honra e dignidade de outras autoridades públicas estão sendo preservadas,
sob os auspícios que precisam ser observados como forma de respeito aos bons
costumes de seriedade e civilidade.
Os brasileiros que primam pela priorização do bom senso e da racionalidade
na administração pública ficam torcendo por que o presidente da República se
mantenha firme e resoluto na sua inteligente e sensata posição de eleger o silêncio
como fonte saudável e capaz de garantir a tranquilidade, a integridade, a
harmonia e o respeito entre os poderes da República, tendo como importante passo
a reafirmação e a consolidação dos princípios republicano e democrático.
Brasília, em 15 de setembro de 2021
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