quarta-feira, 29 de setembro de 2021

Decadência moral

 

Recebi, por meio do Messenger, que é coluna de caráter pessoal, vídeo com mensagem enfatizando só qualidades do ex-presidente da República petista e não gostei desse episódio, tendo pedido ao interlocutor que evitasse me enviar mensagem com conteúdo semelhante, por não ser do meu interesse, nas circunstâncias, conhecer nada que se refere a ele.

Na mensagem, eu disse que desculpasse a minha franqueza, mas eu não gostaria de receber qualquer mensagem que se refira ao cidadão cujo nome consta da bandeira da mensagem, porque ele não é digno do meu respeito, uma vez que ele foi presidente do Brasil e em cujo governo aconteceram, em especial, dois escândalos horrorosos: o mensalão e o petrolão, conforme comprovam a roubalheira de bilhões de reais dos cofres públicos.

Trata-se de dinheiro público que poderia ter sido aplicado em programas de interesse dos brasileiros, além de bilhões de recursos públicos que foram desviados, sob forma de empréstimos, para construção de importantes obras públicas em países comandados por ditadores sanguinários, a exemplo de Cuba, Venezuela, Bolívia, países africanos e outras nações, enquanto os brasileiros precisavam dessas obras aqui no Brasil, como forma de investimentos em benefício dos brasileiros, como a criação de empregos e construção de importantes obras de melhorias, como metrôs, portos, rodovias etc.

À vista de todas essas horrorosas desgraças contra o Brasil e os brasileiros, esse cidadão, além de não ter a dignidade para assumir seus gravíssimos erros extremamente prejudiciais aos interesses dos brasileiros, ainda vem sendo venerado como verdadeiro deus por fanáticos, que o tratam como sendo o todo-poderoso, que até pode ser para as pessoas que têm a mesma mentalidade dele, que se envolveu em múltiplas irregularidades e ainda considera que isso seja normal, a ponto de se achar puro, imaculado e inocente, como se nada tivesse acontecido de errado.

Além de tudo isso, não se pode ignorar que ele foi julgado em dois processos pela Justiça e foi condenado à prisão, tendo ficado trancafiado no xadrez, por mais de ano, porque ele não conseguiu provar a sua inocência, em pelos menos dois casos, diante das robustas provas sobre a materialidade da autoria dos crimes julgados com base nos elementos constantes dos autos, cujas sentenças foram confirmadas pelas 2ª e 3ª instâncias, no caso do Tríplex.

Embora as sentenças tenham sido anuladas pelo Supremo Tribunal Federal, sob o argumento de que o juiz não tinha competência para julgar a ação, ou seja, houve a anulação dos julgados não por comprovação de inculpabilidade do réu, mas sim porque ele deveria ter sido julgado em outra jurisdição da Justiça, o que vale dizer que os fatos estão em plena validade, aguardando novo julgamento, agora no juízo competente.

          Ou seja, é de se ficar ruborizado e horrorizado como é que ainda tem gente que consegue adorar homem dessa estirpe que tem passado manchado criminalmente pela prática dos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, o que significa se afirmar que ele é absolutamente incapaz e indigno de sequer pensar em representar a lisura e a dignidade do povo imaculado, uma vez que o exercício de mandato de cargo público eletivo exige que o cidadão tenha ficha corrida limpa e acima de qualquer suspeita sobre a prática de irregularidade na vida pública.

À toda evidência, esse cidadão somente conseguirá respeito, pelos homens de bem e honrados, quando ele provar a sua inocência perante a Justiça, porque, nas condições atuais, quando ele responde a vários processos referentes a ações penais, justamente por seu envolvimento em suspeitas de malversação de dinheiro público, fica muito feio que ainda alguém se digne a respeitá-lo como homem público, exatamente porque quem se dispõe a exercer cargo público eletivo precisa provar a sua imaculabilidade quanto às suas atividades na vida pública.

Pode-se até alguém alegar que ele teria sido extremamente bondoso para a pobreza e as pessoas necessitadas e com isso mostrado o seu lado generoso em defasa dos pobres, mas nada disso pode interferir nas suspeitas de irregularidades cuja autoria é atribuída a ele, conforme os processos em tramitação na Justiça, porque, nesse caso, inexiste a lei da compensação, em que o erro possa ser anulado por acerto.

Pode até ter acontecido exatamente isso, mas as pessoas ingênuas e desinformadas se esquecem de que essa estratégia de política maquiavélica teve e tem por único objetivo angariar a simpatia do povão para a formação do chamado “curral eleitoral” contando com o apoio das pessoas pobres, que são assistidas pelo governo, exatamente com essa finalidade.

O certo é que o governo socialista age precisamente dessa maneira e com essa finalidade de trocar atividades assistencialistas pelo apoio popular, podendo, com isso, ajudar a conquistar o poder e se perpetuar nele, sempre com a criação e a manutenção de programas sociais, como o Bolsa Família, que tem como destinação a compra da consciência da população pobre.

Os exemplos mostram que as pessoas pobres são conscientizadas no sentido de que a manutenção do governo é a certeza do recebimento dos benefícios assistencialistas, que são criados justamente como forma de turbinar o populismo e o endeusamento por meio de investimentos com o vergonhoso e indecente uso de dinheiro público, para o fortalecimento desses programas inclusive vinculados a partido político, como se somente ele tivesse condição e capacidade para mantê-los em atividade, a despeito de que o atual governo, que é de direita, também vem cuidando muito bem do programa Bolsa Família, tendo até criado o 13º salário, algo que o governo socialista não fez.

Então, por gentileza, prezado senhor, evite me enviar, como instrumento de publicidade partidária e até ideológica, qualquer mensagem envolvendo esse cidadão, porque o meu sentimento é o de que ele precisa ter a dignidade de se afastar da vida pública, para se dedicar aos seus casos junto à Justiça, até se livrar, em definitivo, de todos os processos nos quais ele foi arrolado sob forte suspeita da prática de atos irregulares envolvendo dinheiro público, em dissonância com os salutares princípios republicano e democrático.

Convém que fique muito claro que, no mundo moderno, sério, civilizado e evoluído, onde vivem as pessoas de bem e honradas, que primam pela defesa da prevalência dos princípios da ética, da moralidade, da dignidade, entre outros  na administração pública, não aceita mais, em hipótese alguma, que cidadão com os nefastos atributos dele possa merecer respeito e apreço, salvo depois de apresentar à nação o devido comprovante oficial de “nada consta”, passado por cartórios da Justiça.

Brasília, em 27 de setembro de 2021

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