Em mensagem que circula nas redes
sociais, um bolsonarista vem a público fazer apelo no sentido de que as pessoas
se dirijam ao quartel do Exército, em Brasília, para resistir à ordem de desocupação
do local dos acampamentos ali instalados, sob a alegação de que ainda há
necessidade da mobilização.
É com muita tristeza que vejo,
insistentemente, pessoas navegando nas nuvens, sem querer acreditar na cruel
realidade política, ainda imaginando que pode haver milagre vindo de general
exonerado do cargo, em 31 último.
Isso mostra completa falta de
liderança política, em que se permite que as pessoas posicionadas à frente dos
quartéis do Exército fiquem se orientando com base em informações absolutamente
infundadas, porque destituídas de consistência, uma vez que o Brasil já tem novo
governo e nova direção das Forças Armadas, estas agora completamente alinhadas
à mentalidade esquerdista, que não vão tardar a exortarem os bolsonaristas da
frente dos quartéis.
Essa cruel judiação com as
pessoas aquarteladas poderia muito bem ser evitada, bastando que a autoridade
máxima de então tivesse tido a hombridade e a dignidade de esclarecer aos seus
fiéis apoiadores a realidade sobre os acontecimentos, inclusive quanto à sua
indiscutível inabilidade para o convencimento sobre a imperiosa necessidade da
intervenção militar, que gorou justamente por total incompetência de
articulação junto aos oficiais generais, que negaram apoio, segundo dito por ele,
que apenas lamentou a situação, pouco antes de ter saído, às pressas, fugindo
em busca de proteção, nos Estados Unidos da América, certamente com medo de ser
preso, por crime que sequer ele foi ainda julgado.
O mais grave de tudo isso é que,
além de o ex-presidente ter faltado com os necessários esclarecimentos,
simplesmente também não teve qualquer preocupação em deixar seu preposto para
orientar os bolsonaristas sobre o que eles deveriam fazer, em razão da nova
realidade política.
Isso tem todo ingrediente de
perversidade, em evidente egoísmo político, quando há compartilhamento na
bonança e apenas desprezo, na dificuldade, como visto no presente caso, em que cada
qual cuide de si e Deus olha por todos.
O certo é que não poderia haver final
de governo mais desastroso e atabalhoado como foi este último, em que tudo deu
certo somente para o ex-presidente, que se safou, no apagar das luzes, fugindo
sem justificar a real motivação do seu medo de ser preso.
Brasília, em 3 de janeiro de 2023
Nenhum comentário:
Postar um comentário