Em
vídeo que circula nas redes sociais, uma pessoa faz duras acusações ao atual
presidente do país, declinando as piores adjetivações as mais fortes possível,
tendo por finalidade incitar o povo a reagir e não aceitar que ele permaneça no
cargo.
Eu
entendi que essa não é o melhor caminho para se lutar e reivindicar a volta da
anormalidade democrática do país, com o emprego de acusações colocadas de
extrema violência verbal, escritas com bastante incisão em fortes predicativos
atribuídos ao político, não que eles sejam indevidos, mas é que o ônus da prova
fica por conta de quem acusa, fato que obriga que o autor do texto como esse
tenha os necessários comprovantes de tudo que alega, caso ele venha a ser
acionado na Justiça, para responder pelo que disse, em incitação à reação violenta.
É
preciso cautela até mesmo quanto ao compartilhamento da matéria, à vista do
crime de cumplicidade, em caso de interpelação na Justiça, por parte do acusado.
A
impressão que se tem, da leitura do texto, é que há extremado sentimento de
rancor, ira, mostrando vontade mórbida de justiçamento com as próprias mãos, se
isso fosse possível.
Não
se percebe que o texto reacionário ao extremo, com acusações fortemente
agressivas, possa contribuir ao mínimo para a conquista de coisa alguma,
exatamente pelo estilo que não condiz senão com a pura vontade muita de
vingança.
Nas
circunstâncias, convém que haja sensibilidade e bom senso para se buscar mecanismos
que possam contribuir para facilitar as tratativas necessárias à solução das
questões identificadas, que seja, como a principal, a obtenção do código-fonte
das urnas, que propiciaria a fiscalização sobre a operacionalização da última
votação.
Enfim,
essa é a minha opinião, dizendo que o compartilhamento de texto como esse só
ajuda a tensionar ainda mais os ânimos e prejudicar a descoberta do melhor
caminho para viabilizar o saneamento do impasse, que não se resolve com a
criação de texto explosivo como esse.
Brasília,
em 8 de janeiro de 2023
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