Eu havia feito comentário, em grupo de WhatsApp,
sobre mensagens que citavam pseudos poderes das Forças Armadas para adotarem
medidas capazes de impedir a posse do candidato eleito à Presidência da República,
mesmo depois do término do governo bolsonarista.
Uma participante
do citado grupo, lamentou que eu tivesse apagado a aludida mensagem, tendo
afirmado que “estava lendo e achando bastante pertinentes as suas (minhas)
colocações!”.
Nesse ínterim, eu pedi desculpas, esclarecendo
que havia apagado o texto porque fiquei sabendo, naquele instante, que o
presidente do país havia fugido do Brasil, conforme foi mostrado o seu avião alçando
voo, em direção a Orlando, Estados Unidos da América, mas, em consideração à
amiga, eu prometi concluí-lo e republicá-lo naquela página.
Outra
amiga, inconformada com a minha mensagem, disse que “Felizmente o Adalmir
apagou essa mensagem que só veio para desestimular os que ainda acreditam no
que possa acontecer de positivo à Pátria. O nosso Presidente ‘não será
lembrado como covarde’ e sim, como aquele que despertou o Patriotismo em seu
povo, e fez nascer o Partido de Direita em 2018, e que de tão jovem muitas
vezes ainda tropeça, mas chegaremos lá Vitoriosos, porque assim Deus quer para
este bom povo brasileiro. Adalmir, melhor republicar seu texto após
o primeiro dia do Ano. Não concordo que ele fugiu, porque
antes de sair ele falou ao povo brasileiro e prestou contas. Ao bom entendedor
já sabemos que o Brasil está sob os cuidados das FFAA, e só aguardando o
momento certo para agirem contra os traidores da Nação. Aguardemos em Orações! Ele está um tanto
precipitado em seu julgamento, e poderá se arrepender. É minha sugestão!”.
Em
resposta à referida interpelação, eu disse que o Brasil só poderia ter ficado
sob os cuidados das Forças Armadas com a decretação da intervenção militar, na
forma do disposto no art. 142 da Constituição.
Por
outra feita, o vice-presidente, agora presidente, já disse que respeita o
resultado das eleições e não vai decretar coisa alguma, ficando claro que as
Forças Armadas já encerraram as suas atividades pertinentes ao governo que se
finda.
Eu
garanti que publicaria meu texto, conforme prometido, ainda hoje, porque ele tem
o meu pensamento de agora, do presente momento, não tendo nada para me
arrepender, precisamente porque os fatos são dinâmicos e eu os analiso à medida
que eles acontecem, como agora.
Eu
entendo que o presidente fugiu, porque ele poderia ter ficado no Brasil,
normalmente, sem necessidade de passar a faixa presidencial, que não admito
sugestão em contrário, porque ela se assenta precisamente como assim interpreto
os fatos.
De
seu turno, as redes sociais estão dizendo que os bolsonaristas estão jogando
praga contra o presidente do país, por ele ter fugido, em pleno fogo da batalha,
sem dá nenhuma justificativa, que era do seu dever, como respeitável líder,
para os seus seguidores sobre a sua fuga para outro país.
Preciso
esclarecer que eu nunca fui bolsonarista, em que pese eu ter votado nele, precisamente
por eu ser contra a volta da esquerda maldita ao poder.
Não
tenciono nem quero que ninguém concorde comigo, mas faz qualquer sentido que nosso
grupo tenha alguém querendo ditar regras, como faz um tal de ministro, como se
isso não ferisse, com gravidade, a sagrada liberdade de expressão.
Por
fim, esclareço que cuido do que penso e escrevo e cada qual se preocupe consigo,
porque essa é a regra democrática que melhor expressa o direito demandado pela
liberdade de expressão.
Depois da
conclusão do texto acima, a pessoa mencionada nele houve por bem tentar se
justificar quanto às suas opiniões, tendo escrito a mensagem a seguir.
‘’Em
momento algum eu tive intenção de "ditar ordens", a palavra usada da
minha parte foi "sugestão", afinal de contas este grupo sempre teve
liberdade de expressão. Diante dos fatos que vem ocorrendo, talvez eu tive
intenção, pelo conhecimento que tenho, de evitar que o prezado amigo
sofresse constrangimento pelo julgamento precipitado do ato "fuga do
Presidente", o que de fato não ocorreu. A partir do dia 01/01/23 o
Bolsonaro será um ex-Presidente Atuante, sem remuneração, auxiliando o Gabinete
Constitucional, cujo Presidente em exercício será o General Heleno!”.
Acredito
que nem nas republiquetas, atos, resoluções e decretos têm força de nada, muito
menos de autorizar a governança do país, como imaginam os fantásticos
bolsonaristas.
O general citado
no texto já tem substituto, que é outra general da reserva.
Toda essa
baboseira de normatização que entulha as redes sociais, em forma de menção
infundadas, não passa de alimentação da ingenuidade das pessoas que preferem
ser iludidas.
A única
medida capaz de corrigir os rumos da esculhambação implantada no Brasil teria
sido a decretação da intervenção militar, com base no art. 142 da Lei Magna.
Infelizmente,
essa medida já não é mais possível, porque ela foi negada logo por quem tinha
plenos poderes para promovê-la, que era o então presidente da República fujão,
sob a alegação da garantia da lei, conforme consta inscrito no aludido
dispositivo, que não haveria o menor questionamento quando à sua legitimidade,
eis que nunca havia ficado tão clarividente a violação da norma constitucional
da publicidade, por força do disposto no art. 37 da Constituição.
As pessoas
precisam entender que já chegou o fim da linha e a única esperança é a obtenção
do código-fonte eleitoral, que possibilita a recontagem dos votos das últimas
eleições, a despeito de múltiplas suspeitas de manipulação de resultados,
conforme as denúncias sobre urnas com 100% somente para determinado candidato,
votos de mortos, votação depois do horário etc.
Essa é a
única alternativa, cuja medida nesse sentido, de modo que, caso seja possível a
retroatividade da medida legal, ela poderá ser viabilizada pela via legislativa,
como forma de obrigar o Tribunal Superior Eleitoral entregar o referido código,
com vistas à recontagem dos votos, por auditorias independentes ou até mesmo
pelas Forças Armadas.
Com a nova
legislatura, em fevereiro próximo, pretendo elaborar projeto de lei nesse
sentido, que, se aprovado pelo Congresso Nacional, será, por certo, objeto de
veto pelo presidente da República, mas o Parlamento, que é maioria oposicionista,
haverá de derrubá-lo, cuja medida se tornará lei, com poderes para as devidas fiscalização
das urnas e proclamação dos verdadeiros vencedores, nas últimas eleições.
É assim
que os fatos precisam ser pensados, com base exclusivamente na sua realidade,
com total desprezo às alienações que estão ainda povoando as mentes dos sonhadores
bolsonaristas, que continuam entorpecidos por suposições e informações falsas,
enganadoras e fantasiosas, que não levam a lugar algum, à vista da nova
realidade política.
Brasília,
em 31 de dezembro de 2022
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