sábado, 7 de janeiro de 2023

Falta mérito

 

Vem circulando, nas redes sociais, mensagem em que um coronel tenta limpar a imagem enlameada das Forças Armadas, com formulação de ideias elogiosas a elas, mesmo depois do deplorável episódio de ter impedido a decretação da intervenção militar, com base no artigo 142 da Constituição Federal, que seria imposição natural contra o abuso de autoridade praticada por ministro da corte superior do país, que preside a Justiça eleitoral.  

Trata-se de mensagem em forma de ponderação e moderação em prol das Forças Armadas, que, à toda evidência, acaba de submergir-se à maior vileza da sua história, ao negar apoio ao Brasil, em momento extremamente crucial da política, que dependia dela, por se omitir ao cumprimento da sua missão constitucional, ante a constatação de situação de vida ou morte para o Brasil, quando elas optaram pela falência das esperanças dos brasileiros.

Nesse caso, não importa que os estragos tenham sido causados ao Brasil, precisamente pelas Forças Armadas, por meio de seus dirigentes, o que significa, ao final, que a omissão traduz na falta de amor ao Brasil, protagonizada precisamente por elas, que eram representadas por antibrasileiros, que se acovardaram, tendo contribuído para afundar o barco não somente do governo da incompetência, mas o do Brasil, levando todas as esperanças dos brasileiros para as profundezas do fundo do mar.

Nada pode justificar o clamoroso fracasso da história política brasileira, em que o país foi ultrajado pela pior ditadura imposta pelo poder Judiciário, notadamente no que diz respeito à falta de transparência à operacionalização das urnas eletrônicas, em forma da obrigatória auditoria para a confirmação da regularidade sobre a votação, à luz do princípio da publicidade insculpido no artigo 37 da Constituição.

Ou seja, os fatos mostram que as Forças Armadas simplesmente abandonaram os brasileiros em situação extremamente grave, delicadíssima, quando esta teria sido resolvida por meio do remédio milagroso da intervenção militar.

Inexplicavelmente, os principais líderes militares resolveram, certamente por capricho pessoal, negar importante gesto de grandeza ao Brasil, porque as circunstâncias somente levavam ao único caminho da intervenção militar, à vista dos notórios abusos e truculências da ditadura da toga, maleficamente impingidos ao sistema político-administrativo brasileiro.

Não tem Forças Armadas boazinhas ou ruinzinhas, não, como assim quis qualificar o mencionado militar, mas tem aquelas omissas e incompetentes, que precisam ser vistas exatamente em razão do que elas fazem ou deixam de fazer.

O último episódio não deixa a menor dúvida de como as Forças Armadas precisam ser avaliadas pelos verdadeiros brasileiros, à vista do abissal estrago que elas conseguiram causar à consciência nacional, com a sua antipatriota e vergonhosa omissão, quando bastava apenas o cumprimento da sua importante missão constitucional, prevista no artigo 142, para salvar o Brasil da incompetência ainda mais s grave, da desonestidade, da esculhambação administrativa e da promiscuidade na gestão dos recursos públicos.

Que o conceito das Forças Armadas se restrinja à sua verdadeira e merecida significância, em razão desse pífio, terrível e desastroso episódio contabilizado no currículo referente à sua brava e heroica história, as quais tanto já mereceram a admiração e o respeito dos brasileiros honrados e dignos.

Brasília, em 7 de janeiro de 2023

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