quinta-feira, 12 de janeiro de 2023

Uma mancha na história?

 

Em vídeo que circula nas redes sociais, advogados conservadores anunciaram o absurdo da prisão de pessoas que estavam mobilizadas na frente dos quartéis do Exército, com o clamoroso detalhe de que elas foram enquadradas criminalmente, pasmem, como terroristas, perseguidores da ordem pública e atentadores ao estado democrático de direito, quando todos são brasileiros honrados e dignos, que não cometeram crime algum.

Na verdade, esses brasileiros presos estavam apenas implorando, de maneira pacífica e ordeira, com o amparo no ordenamento jurídico vigente, por socorro das Forças Armadas, em forma de intervenção que, não tendo vindo, o resultado disso foi a deflagração dessa horrorosa situação de prisão extremamente injusta e ilegítima, diante da ausência, à toda evidência, de pressupostos incriminatórios sobre os fatos deduzidos como infracionais.    

Trata-se de episódio extremamente deplorável que teria tudo para sequer ser imaginado quanto mais efetivado em tão ardorosa proporção de desumanidade, como foi visto, caso tivesse sido decretada a tão ansiada e necessária intervenção militar.

Essa medida só dependia do presidente da República, que dispunha de todos os ingredientes constitucionais para a efetivação da medida estritamente necessária, nas circunstâncias, mas, infelizmente, faltaram os principais componentes ínsitos do altruísmo do verdadeiro homem púbico, que são a coragem e a competência para a adoção de providência que teria possibilitado, em especial, a fiscalização das urnas eletrônicas.

Essa principal medida teria possibilitado a verificação dos votos reais colocados nas urnas, além de se evitar a voltar ao poder da terrível e demoníaca esquerda, dispensando, com isso, a mobilização dos protestos que permitiram a infiltração de bandidos, terroristas e vândalos, que aproveitaram a ingenuidade dos bolsonaristas, que terminaram sendo envolvidos nesse imbróglio e passaram a responder pelos crimes inventados pelo regime criminoso imperante.

Nesse lamentável episódio, a princípio, é possível somente se enxergar um único culpado, que, não tendo coragem nem competência gerencial, se acovardou diante de comandantes militares subordinados a ele, que poderiam ter sido imediatamente afastados dos cargos, possibilitando que o chefe pudesse nomear os nomes que estivessem de acordo com a necessária limpeza moral do Brasil.

Há evidência de que o ex-presidente simplesmente desonrou a roupa que veste, por ter se amarelado diante de seus subordinados, dando a nítida certeza de medo de ser preso, à vista de presumível ameaça nesse sentido, segundo informações extras oficiais.

Além de ter se acovardado em momento crucial, de gravíssima crise institucional, o ex-presidente ainda decidiu fugir para outro país, em busca de guarida, como forma de se evitar a sua prisão, que tanto o afligia, antes do término do governo.

Em que pese tudo isso, ainda pesa sobre a responsabilidade do ex-presidente do país a insensibilidade de ter sido condescendente com o sacrifício dos brasileiros que se mobilizaram à frente dos quartéis do Exército, sem nunca ter se preocupado em esclarecer o que pretendia fazer em atendimento à pressão exercida por seus apoiadores, preferindo o massacrante e insuportável silêncio como resposta, depois do resultado das eleições.

Esse fato evidenciou total falta de consideração para com aqueles que ficaram, pasmem, por mais de sessenta dias, expostos ao relento, sob sol, chuvas, tempestades e maus-tratos, à espera do socorro das Forças Armadas, que não ocorreu, exatamente porque ela viria somente por iniciativa do então presidente da República, mas essa importante medida foi inexplicável e maldosamente negada aos brasileiros honrados e dignos, frustrando cruelmente as suas expectativas de esperanças de dias melhores para o Brasil.

A verdade é que não poderia ter havido pior fim de governo, em que ficou marcada a completa falta de caráter de político sem a menor responsabilidade cívica e patriótica, porque, do contrário, ele teria decretado a intervenção militar, mesmo sob risco de prisão ou até mesmo de morte, porque ele estaria agindo em defesa de sublime causa de interesse do Brasil e dos brasileiros que se colocaram a serviço do bem comum de todos.

          Brasília, em 12 de janeiro de 2023

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