Em vídeo, aparece um pastor tecendo os maiores elogios
ao último ex-presidente do país, ao tempo que o agradece pelo extraordinário
trabalho realizado por ele, sob o enaltecimento de somente excelentes qualidades
e predicativos contabilizados no governo dele, evidentemente na tentativa de
mostrar que ele teria sido o melhor presidente do Brasil, como construtor de
grandes obras em todo território nacional, como se o que foi feito nem teria
sido da obrigação de fazê-las como obrigação do cargo presidencial.
O religioso foi extremamente exagerado em
somente evidenciar fatos que condiziam com os sentimentos de sintonia com a
religiosidade do povo, como se o ex-presidente do país tivesse sido eleito como
mensageiro do Evangelho de algum líder de ceita religiosa, tendo por finalidade
apascentar seus seguidores em torno da causa dele.
Na verdade, talvez seja possível que um dos seus
erros pode ter sido o ex-presidente ter se voltado para a adoração de um Deus,
tendo se descurado da sua principal missão de se dedicar ao integral zelo das
verdadeiras funções de estadista, que as têm muito bem definidas de somente se
preocupar com as causas relacionadas com os fatos inerentes ao interesse da população,
esquecendo que o Estado é laico, leigo, i.e., contrário à religiosidade, na
forma inscrita na Constituição Federal.
É muitíssima impressionante a interpretação que
o pastor faz sobre o desempenho do último ex-presidente da República, em que
ele é elevado ao patamar da idolatria suprema, como genial artífice da
transformação de um povo com sentimento de brasilidade nunca visto na história
do Brasil.
Essa mirabolante narrativa pode até ter fundo
de verdade, mas não passa de interpretação apaixonada, fruto da arraigada
ideologia que não se sustenta diante dos pressupostos de estadista de verdade,
que apenas construiu seu histórico político com base exclusivamente no carisma
populista, sem nenhuma obra de impacto, sem reformas expressivas, salvo a
meia-sola na Previdência Social e mais nada capaz de diferenciá-lo dos demais
políticos aproveitadores das benesses do poder.
Trata-se, à toda evidência de político
decadente e sem projeto de absolutamente nada, que se elegeu defendendo, como
estratégia de marketing político, a bandeira da moralidade, com o enaltecimento
das qualidades da Operação Lava-Jato e, ao mesmo tempo, abominando ao máximo o
recriminável Centrão, tudo em obediência ao figurino do herói que não se
sustentou, por seus próprios nefastos atos.
No seu governo, o ex-presidente do país viu o
sepultamento dessa competente operação, sem fazer absolutamente nada, nem
sequer lamentar o fim trágico dela, que certamente teria sido visto muito mais como
verdadeiro alívio, quando filhos dele eram investigados sobre envolvimento
deles em questões de “rachadinhas”.
Pois bem, o ex-presidente do país teve o
desplante de colocar a velha política dentro do governo, com inacreditáveis
poderes inclusive para controlar, pasmem, o Orçamento da União.
Era assim que o ex-presidente do país chamada o
Centrão, de velha política, por ter por índole o deplorável toma lá, dá cá, como
forma da materialização do mais degradante fisiologismo praticado por grupo
político que se tem conhecimento, na história republicana, quando ele o ajudou
a ganhar a eleição presidencial, mas no sentido inverso, servindo de exemplo da
maldade, na vida pública.
Quanto à amizade com o Centrão, isso caracteriza
verdadeiro calote eleitoral, que foi confirmado com a filiação dele a partido
que é o principal desse grupo criminoso, mas nada disso importava, porque ele
estava interessado mesmo era nos substanciais recursos dos fundos e no horário
eleitoral, tudo por conveniência pessoal.
Para reafirmar a índole de desonestidade
política, no seu governo, foi criado o deplorável orçamento secreto, por
iniciativa do seu aliado Centrão, cuja espúria finalidade é a compra da
consciência dos inescrupulosos parlamentares para apoiarem os projetos do
governo, no Congresso Nacional, tendo o beneplácito do ex-presidente do país para
tudo de mais deprimente nisso, em termos de despesa pública.
Enfim, como explicar que líder tão poderoso tivera
a indelicadeza e a desconsideração de permanecer calado, por dois meses, em
obsequiosa reclusão no seu palácio, enquanto seus fiéis seguidores permaneciam
mobilizados nas frentes dos quartéis do Exército, sob sol e chuva, em precárias
condições, implorando por socorro das Forças Armadas, à espera de intervenção
militar, que não veio e dependia exclusivamente dele?
Inexplicavelmente, o ex-presidente, em completo
estado de mouco, não atendeu aos apelos desesperados de seus eleitores, não
justificou o seu inadmissível desprezo a eles e ainda fugiu pelos fundos do
Palácio do Planalto, para outro país, com medo de ser preso por subordinados
dele, antes do término do mandato, como fazem as pessoas medrosas, fracas e sem
compromisso com a grandeza do Brasil, quando permitiu que a nação fosse entregue,
sem resistência, ao sistema de antipatriotas.
À toda evidência, o ex-presidente do país tinha
o dever de fazer tudo em contrário do que fez, no mínimo, para tentar
justificar as maravilhas constantes do proposital discurso engendrado pelo
pastor, que não conseguiu enxergar nenhum pecado no seu impoluto líder.
O venerado líder ficou quatro anos no governo,
fazendo campanha política, agredindo e sendo agredido, sem perceber que ele já
era presidente do Brasil, para, ao final da última disputa eleitoral, ser
derrotado, segundo a Justiça eleitoral, por político completamente
desqualificado, um ex-condenado, incapaz de representar politicamente os
brasileiros, em razão de não preencher os requisitos de imaculabilidade, na
vida pública, conforme evidenciam os fatos, à luz do seu histórico com o
envolvimento nos tribunal do país.
Sem a menor dúvida, os fatos mostram, por si sós,
e dão a exata dimensão sobre os verdadeiros atributos do ex-presidente do país,
como político que precisa refletir o suficiente para provar que tem condições
de representar os brasileiros dignos e honrados, porque ele somente satisfaz,
em termos políticos, às pessoas que ficaram cegas, por força da ideologia,
demonstrando não terem coragem para avaliar as reais qualidades dele de medroso
e incompetente, conforme mostra o seu currículo sobre as suas realizações, nada
expressivas.
Convém que os brasileiros
se conscientizem de que ser estadista é condição necessariamente inerente aos
cuidados do interesse da sociedade, enquanto a tendência religiosa condiz com
as atividades sentimentais de um povo, absolutamente estranhas às obrigações do
Estado.
Brasília, em 25 de janeiro
de 2023
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