quarta-feira, 18 de janeiro de 2023

Incompreensão humana?

 

A imagem de uma criança de aproximadamente cinco anos, supostamente presa, pasmem, por ato de terrorismo, sendo vistoriada, por policial federal, sob suspeita de portar arma, não somente causa indignação e repugnância por atitude de demência e desrespeito à dignidade humana, mas, em especial, de extrema consternação, diante de algo chocante e inadmissível, nas circunstâncias.

Como ainda, em pleno século XXI, com todos os avanços e as conquistas propiciados ao homem, por força da evolução natural, possa o homem protagonizar cena extremamente aviltante e humilhante como essa envolvendo ser humano absolutamente inocente, que sequer tem noção do significado da violência praticada pelo bicho homem, que não reconhece ato indigno e de dimensão diminuta na compreensão humana?

Nunca se viu, na história da humanidade, episódio com tamanho requinte de crueldade em desacato à dignidade do ser humano, em se tratando de país que se diz no pleno usufruto do salutar Estado Democrático de Direito.

No mínimo, se imaginava que fosse possível se preservar a magia da inocência de uma criança, que jamais fosse obrigada a passar por deplorável e vergonhoso constrangimento como esse impingido a essa criaturinha angelical, que certamente ficará marcada pelo resto da vida por esse monstruoso e desumano tratamento vindo logo de quem tem o primacial dever de ser bons exemplos de civilidade.

O certo é que a imagem mostra, com bastante propriedade, a decadência do sistema de segurança pública brasileira, onde se aplica o rigor absolutamente desnecessário em situação como essa, logo contra uma criança inocente, mas o mesmo rigor de tratamento certamente não deve ser existente no combate à criminalidade, que se expande impunemente contra a sociedade, em visível aumento da violência.

Infelizmente, é visível a agressão praticada contra criança inocente e indefesa, mas é como se nada, absolutamente nada tivesse acontecido em termos de degradante atitude contra o ser humano, visto que nenhuma autoridade de quaisquer dos poderes da República tenha percebido a gravidade quanto à insensatez da forma de tratamento usado pelo policial militar, que precisaria, no mínimo, ser admoestado por ato indevido, como forma de lição disciplinar e pedagógica em contribuição ao bom exercício da função pública inerente à incumbência dos policiais federais.

A sociedade precisa se conscientizar de que é preciso repudiar, com veemência, essa forma de tratamento, diante do monstruoso desrespeito aos direitos humanos, à vista da necessidade da preservação da dignidade da pessoa, em especial em se tratando de criança que ainda não pode ser responsabilizada por ato algum, mas, como mostra a imagem, ela se encontra presa junto com pessoas adultas, como se ela tivesse praticado grave crime contra a sociedade.

Enfim, essa deprimente e inaceitável atitude praticada por policial federal mostra a urgente necessidade da conscientização da sociedade sobre a melhoria da qualidade dos representantes políticos, uma vez que o seu nível tem influência com o status quo, em termos de compatibilização com a prestação dos serviços públicos à sociedade.                                                                                                                   

            Brasília, em 18 de janeiro de 2023

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