domingo, 18 de fevereiro de 2024

Falta de compromisso?

 

Conforme vídeo que circula nas redes sociais, um general faz gravíssima denúncia que teria sido protagonizada por oficiais-generais, inclusive declinando os nomes deles, que teriam traído a confiança não só do então presidente do país, mas da nação e, o pior, sob o interesse em dinheiro.

A mensagem nominado os nomes dos generais traidores e de outros que teriam sido fiéis defensores da pátria, ao defenderem as atitudes do então mandatário.

Na narrativa, o general esclarece que o então presidente do país teria fugido para outro país, com diante de ameaça de ser preso por determinação dos oficiais traidores.

À vista do exposto na mensagem em apreço, impressiona muito que pessoas acreditem em narrativas e somente narrativas sobre fatos que podem perfeitamente ser inventados, criados sob a tentativa de endeusar pessoas e condenar outras, tudo sem a comprovação de nenhum fato que possa respaldar as assertivas sustentadas na mensagem em causa.

Até que possa ter havido traição, mas se essa estapafúrdia versão for verídica, ela somente se concretizou por consentimento de quem tinha o poder para rechaçá-la de imediato, que certamente não o fez por pura e notória incompetência e irresponsabilidade.

Vejam, com muita clareza, que é arquitetada uma narrativa para se tentar justificar a fugida covarde do presidente do país, no pleno exercício do poder, que poderia ter utilizado o seu poder constitucional para pôr na devida ordem os indiscutíveis atos de insubordinação, inclusive, pasmem, de ameaça de prisão do mandatário, que era a autoridade máxima e que não cometeria nenhum ato contrário à Constituição, posto que ele apenas implantaria a garantia da lei e da ordem, na forma do disposto no artigo 142 da Carta Maior do país, diante das circunstâncias de abuso de autoridade vinda de outro poder.

Isso ajuda a explicar o quanto ele foi extremamente frouxo, uma vez que ele era a principal autoridade do Brasil e estava acima dos oficiais-generais, que, por força do disposto no artigo 84, XIII, da Constituição, era o comandante deles, que tinham o dever de respeitar as ordens emanadas por autoridade superior, tendo por base a Constituição.

Ou seja, caso tivesse realmente havido traição e isso sendo aceito pelo presidente do país, sem qualquer reação por parte, senão de se acovardar diante de ameaças, que tal situação parece que pode ter acontecido, embora ele não teve a dignidade para dizer que sim nem que não, isso só materializa, de forma efetiva, o grau máximo de pessoa medrosa, covarde, incompetente e irresponsável, com a consequente saída dele do país, repita-se, ainda no exercício do cargo presidencial, segundo diz a infeliz mensagem, com medo de ser preso por militares subordinados dele.

Se isso for verdadeiro, teria sido comprovada clássica inversão da ordem natural, por conta de político medroso, sem caráter nem personalidade, sendo indigno da mínima consideração como autoridade máxima do país, justamente por ter sujado as fraudas, no exato momento da maior importância do Brasil, posto que ele precisava impor a sua autoridade contra traidores da pátria, uma vez que a omissão presidencial pode ter contribuído para a entrega do poder à banda decomposta da política brasileira, que o vendo conduzindo sob desastrosas incompetências e irresponsabilidades, conforme mostram os fatos.

Na verdade, se a história narrada na mensagem for verdadeira, o traidor termina sendo o próprio ex-presidente, que não teve caráter de homem público para defender os interesses da pátria, ao se render às ordens, repita-se, de pessoas subordinadas a ele, que ele tinha poder constitucional para exonerar dos cargos imediatamente antes mesmo que eles concluíssem que discordavam do seu comandante, que tinha o dever moral de não permitir nem traição e muito menos insurreição, pois ele era a autoridade que precisava pôr ordem na casa, ou mais especificamente, na República, por força do disposto no art. 78 da Constituição.

À toda evidência, a mensagem em comento, se verdadeiros os fatos expostos nela, tem o condão de expor o quanto foi indigno e vexatório o desempenho da autoridade máxima do país, que se permitiu ser ridicularizado, em visível espetáculo de covardia e medo, ao se render às ordens de subordinados dele, com medo de ser preso, não se importando com a prática nefasta, que terminou sendo concretizada, do crime de lesa-pátria, por ele ter deixado de adotar medidas necessárias à defesa dos interesses do Brasil e dos brasileiros.

Enfim, caso os fatos tenham acontecido conforme consta da mensagem em apreço, louvem-se a iniciativa do seu autor em confirmar mais uma maléfica e deplorável omissão do então presidente brasileiro, que comprova não ter tido nenhum compromisso para com a pátria.

Brasília, em 18 de fevereiro de 2024

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