quinta-feira, 22 de fevereiro de 2024

O bom viver

 

De acordo com vídeo que circula nas redes sociais, um médico expõe seu desejo para que as pessoas sejam submetidas à mesa de cirurgia, com vistas a possibilitar mudança de comportamento pessoal, em termos da melhor compreensão sobre o respeito ao seu semelhante, sob à visão de que ali seria possível a transformação de pensamento para a aceitação da benfazeja convivência social.

Parece simplesmente chocante a ideia totalmente desprezível desse camarada, por entender que as pessoas precisam adoecer, com a maior gravidade, para serem anestesiadas, e assim puderem se conscientizar sobre a importância do respeito ao seu próximo, como se todas as pessoas estivessem em outro mundo e precisassem sentir a dor para viverem outra existência, com a renovação da mentalidade?

Que ideia mais maluca e sem o menor sentido, porque isso não significa que alguém vai se converter à santidade somente porque foi cirurgiada, quando a pessoa, ao contrário, pode até intensificar a sua aversão ao amor e potencializar o seu ódio ao resto da humanidade.

Seria bem mais interessante que essa pessoa propugnasse no sentido de que a humanidade nunca precisasse passar pela mesa cirúrgica e procurasse amar o seu próximo como a si mesmo, apenas fazendo uso do bom senso e da racionalidade, sob a compreensão de que as práticas do amor ao próximo somente dependem do querer e da boa vontade, que vêm dos bons hábitos e do amor que vicejam nos corações das pessoas, uma vez que essas salutares fontes são próprias e inatas do homem.

Não há a menor dúvida de que essa ideia não tem nada racional, por se imaginar que seja preciso o homem adoecer, com muita gravidade, passar por cirurgia, muitas delas delicadas, para, só assim passar por drástico processo de transformação, no caso, para melhorar a sua concepção sobre o seu semelhante, quando não existe nada cientificamente provando a validade dessa teoria absurdamente maluca, quanto mais partindo de um médico.

Conhecedor dos riscos e sofrimento de seus pacientes, esse médico poderia ter a sensibilidade para compreender que ninguém se submeta à cirurgia para tentar ser feliz ou mudar de comportamento sobre o seu semelhante, exatamente porque isso tem identificação com os princípios da racionalidade e da inteligência humanas.

Apelam-se por que as pessoas se transformem para o bem, se preocupando em ter o melhor relacionamento social, apenas pela conscientização de que isso seja possível com a permanente prática do amor ao próximo.  

Brasília, em 22 de fevereiro de 2024

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