quinta-feira, 1 de fevereiro de 2024

Inteligência artificial

 

Com a modernidade tecnológica, surgiu o recurso artístico conhecido e bastante divulgado pelo nome de inteligência artificial ou simplesmente “IA”, que tem a capacidade genial ou nada genial de transformação da realidade em algo extraordinariamente “artificial”, que tem o poder de mexer com a inteligência humana.

O uso da inteligência artificial torna-se cada vez menos um vale-tudo, para se transformar num emprego altamente responsável, exatamente assim como anuncia a teoria denominada Princípios Globais para a Inteligência Artificial, da lavra de inúmeras entidades envolvidas nesse processo irreversível de comunicação social.

Esse documento pretende ou tenta garantir que o impacto da tecnologia se amolde à estrutura ética e responsável, sem desvirtuamento da ética na inovação, como convém, em respeito aos princípios civilizatórios.

Sob esse contexto, os desenvolvedores de sistemas de IA precisam observar diretrizes e princípios como o respeito à propriedade intelectual de conteúdos originais e a transparência sobre a inclusão de obras autorais em dados usados para o exercício dessa tecnologia, cujas regras inerentes aos direitos humanos estão previstas com clareza.

Ao contrário disso, a apropriação indevida e indiscriminada da propriedade intelectual é considerada antética e prejudicial aos direitos humanos, por se tratar de violação dos direitos protegidos.

A verdade é que a IA sinaliza para a abertura de importantes caminhos para se impulsionar a inovação e as novas oportunidades de negócios, desde que sob a estrita observância dos princípios éticos, para se assegurar os cuidados necessários nessa nova atividade artística.

Embora seja evidente a preocupação com o avanço de fake news, já há recursos tecnológicos que garantem o combate de imagens falsas, mediante o uso de celulares que contam com o sistema operacional apropriado de controle.

Com o manuseio desses recursos, as pessoas podem identificar o que se trata de IA (conteúdo real ou não), chegando-se a tal perfeição que, até na guerra Israel X Hamas, já se fez uso da tecnologia de vanguarda, graças aos funcionários da firma Gitam, para a localização de reféns.

Isso se faz também com um software de inteligência artificial especializado em reconhecimento facial, da maior importância social, por se tratar de tecnologia colocada a serviço da vida humana.

É evidente que o aperfeiçoamento da IA exige o envolvimento de treinamento desde o ensino fundamental, ainda no início desse importante processo, como forma de estímulo saudável de reflexão acerca da matéria, com a sua intensificação nos estudos universitários, obviamente depois da necessária discussão, com mais propriedade, sobre o seu real papel no seio da sociedade, tudo devidamente regulamentado, sob os princípios da ética e da responsabilidade.

A propósito desse assunto, um professor de importante universidade de Nova York disse que “a inteligência artificial é apenas mais uma forma de manipular as pessoas via internet.”, o que é pura verdade, uma vez que as pessoas são infinitamente incapazes de identificar o que é real e o que é falso, ante a perfeição como a IA consegue finalizar as ideias, que podem funcionar para o bem ou para o mal.

No universo da tecnologia, o assunto inteligência artificial é dos mais promissores, conforme o crescimento extraordinário do número de profissionais com habilidades voltadas à IA, a ponto de haver enorme interesse de especialização nas universidades, que estão criando cursos especializados nessa área.

Os cursos consistem em ensinamentos do básico ao avançado, à vista das amplas perspectivas no mercado de trabalho, onde já há o interesse pelo chamado "Aprendizagem de máquina", que faz com que o computador seja capaz de inserir as regras do comportamento a partir de exemplos dados.

Os estudos futuros apontam para o aproveitamento da IA para ajudar a desvendar os segredos do universo, curar doenças e ampliar os limites da imaginação, de modo que também seja prevenido o uso de drones para a destruição da humanidade, uma vez que o emprego da IA tenha por exclusivo propósito o progresso do ser humano.

Vejam-se o caso da China, que decidiu priorizar o desenvolvimento de tecnologia profunda, com destaque para a inteligência artificial, a computação quântica e a biologia sintética, visando ao estímulo do seu desenvolvimento econômico.

Na verdade, os países que se preocupam com o seu progresso precisam priorizar os estudos da inteligência artificial, que, se bem utilizada, sob princípios éticos regulamentados, se trata de inteligência real e nada artificial, com aproveitamento em benefício do próprio homem.

Convém que o Brasil decida priorizar a implantação da inteligência artificial como instrumento voltado para o incentivo ao desenvolvimento das políticas públicas, em benefício do interesse da sociedade.

Brasília, em 1º de fevereiro de 2024

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