segunda-feira, 25 de julho de 2011

Morro abaixo

À medida que o Campeonato Brasileiro ia se intensificando, o Botafogo alternava vitórias, empates e derrotas, mas os torcedores alvinegros estavam otimistas, sob efeito de hipnotismo, levados a acreditar, diante de verdadeiro passe de mágica, na possibilidade de real soerguimento do time na competição. Tudo não passou de ledo engano e toda entusiasmada esperança teve existência curta como mero feitiço passageiro. Na verdade, a equipe carioca, que, em parte, foi formada às pressas, no curso do campeonato, ressente de conjunto, de jogadas ensaiadas e de intensos treinamentos, com bases sólidas capazes de solidificar as instruções técnicas e os princípios fundamentais do futebol solidário, fatos estes que estão contribuindo por certo para a incidência exagerada de passes errados, para a falta de sequência das jogadas, para a tentativa individual para resolver o jogo e para pouca ofensividade de ataque, cujo desempenho do time vem sofrendo solução de continuidade, bastante prejudicial à sua produtividade. Para complicar ainda mais a péssima situação do Botafogo, no seu último confronto, apareceu um jogador do time adversário de nome Morro, que conseguiu fazer dois gols e ajudar a empurrar a Estrela Solitária de céu abaixo, diga-se, de morro abaixo na tabela de classificação, perdendo pontos importantes para o líder dos últimos colocados, ou seja, para o lanterninha do campeonato. Agora, infelizmente, não há mais recurso milagroso para sanear o medíocre desempenho do time, que já incorporou ao seu elenco os jogadores contratados, os quais, por enquanto, estão apenas demonstrando interesse para conseguir melhor entrosamento com os demais atletas. Enquanto isso não acontece, compete aos fanáticos torcedores alvinegros, nesse momento de instabilidade, rezar, com muito fervor, na esperança de que a Estrela Solitária volte a brilhar com a intensidade que lhe é peculiar. 

ANTONIO ADALMIR FERNANDES

Brasília, em 24 de julho de 2011

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