segunda-feira, 25 de julho de 2011

Racionalidade no trânsito

O engenheiro/empresário que dirigia um Porsche em alta velocidade, aproximadamente a 150 km/h, em São Paulo, vindo a provocar acidente fatal, vitimando a motorista do veículo Tucson, declarou, após audiência na Delegacia de Polícia que apura o caso, que ele não é um bandido. Realmente, é possível que esse cidadão tenha razão, ao afirmar que não pode ser qualificado como pessoa de péssima índole. Todavia, inquestionavelmente, o seu comportamento que resultou o sinistro fatal pode perfeitamente ser equiparado à atitude de qualquer facínora, porquanto, caso seja confirmada a alta velocidade imprimida no seu potente veículo, em plena área urbana, principalmente sem qualquer motivo que a justifique. Embora não possa parecer razoável, porque todos os cidadãos têm direitos e deveres absolutamente iguais, a sociedade exige que as pessoas mais instruídas e possuidoras de posses, a exemplo do caso em referência, sejam também mais preparadas dignamente para as boas posturas na convivência comunitária, por serem mais capacitadas na vida e por certo teriam melhores condições morais para contribuírem para um mundo com menos violência, principalmente no trânsito. Nesta altura dos fatos, pouco importa saber se realmente o causador do delito é uma pessoa de bem ou simples bandido, mas sim lamentar a perda de uma jovem vida, que poderia ter sido preservada se o veículo Porsche estivesse trafegando em velocidade compatível com a estabelecida para a via de tráfego. Após esse triste acidente, a esperança é de que os condutores de Porsches e máquinas potentes similares sejam, em qualquer circunstância, mais cautelosos, prudentes e sobretudo primem pelo respeito à vida do seu próximo.
  
ANTONIO ADALMIR FERNANDES

Brasília, em 24 de julho de 2011

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