sábado, 2 de julho de 2011

A paz no trânsito

Não é de hoje que existe a fama de que a mulher no volante é perigo constante, mas essa reputação acaba de ser desmistificada por diversas pesquisas específicas, revelando o contrário, no sentido de que as motoristas são mais cautelosas do que os homens. Outro fator em destaque favorável ao sexo feminino é o resultado de estatísticas apontando que os motoristas sempre se envolvem mais em infrações e acidentes no trânsito do que as mulheres, motivando, com base nessa constatação, a redução dos valores cobrados nos seguros das proprietárias de veículos. Os órgãos de controle de tráfego registram que menos de vinte por cento dos acidentes têm mulher ao volante e que, normalmente, eles são menos violentos do que os provocados pelo homem. Essa boa notícia é corroborada por explicação científica, segundo a qual o hormônio feminino estrogênio contribui de forma benéfica para ajudar as mulheres a mudarem a sua atenção de uma situação para outra com mais facilidade e rapidez. Esse é, sem dúvida, um dos fatores que influenciam na percepção de alterações constantes no trânsito, principalmente no progressivo aumento dos veículos em circulação. Diante da comprovada demonstração dessa realidade, não passa de uma visão meramente machista, sem fundamento, a expressão que comumente se ouve no trânsito de que “só podia ser mulher”. Ao invés de pilhérias com objetivos depreciativos e infundados, os motoristas ganhariam muito mais credibilidade se tomassem por lição esse belo exemplo de cautela e prudência que as mulheres conseguiram agregar à sua conduta firme no trânsito. É evidente que vai ser difícil a invenção de um estrogênio masculino igual ao feminino, para que a competição pudesse ser mais justa. Como isso não é possível, os homens precisam, urgentemente, aprimorar os seus reflexos e se conscientizar da significativa parcela de responsabilidade que têm para acabar com o perigo constante no trânsito. O indispensável esforço de todos é primordial para que haja mais harmonia e paz também no trânsito brasileiro.

ANTONIO ADALMIR FERNANDES

Brasília, em 02 de julho de 2011

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