quarta-feira, 6 de julho de 2011

Malefícios da maconha

Uma pesquisa realizada pela Universidade Federal de São Paulo mostra que a maconha afeta a memória em 30%, constituindo verdadeira brutalidade, principalmente para os jovens com idade inferior a 15 anos, quando esse órgão ainda está em fase de formação. Esse estudo serve de alerta para os pais, educadores e especialmente para os jovens e usuários dessa terrível droga, que muitos a consideram um remédio para a mente. É lamentável que, nas marchas a favor da descriminação da maconha, não sejam colocados em destaque dizeres e avisos, na sua plataforma, anunciando os sérios riscos dessa droga para a saúde, cuja divulgação poderia apontar também os perigos, por afetarem e prejudicarem a concentração, os estudos e o trabalho, limitando progressivamente as possibilidades do conhecimento e da aprendizagem. Seria importante que os jovens soubessem que o consumo da maconha significa a perda de um pedaço da sua vida, para que eles pudessem avaliar se é isso mesmo que eles desejam para si. Não deixa de ser um enorme desserviço para a juventude o uso de celebridades patéticas para estimular o uso de produto com propriedade psicoativa e prejudicial à saúde. Estranha-se que essa questão não seja tratada de forma transparente, permitindo que sejam mostrados à sociedade os danos causados com o uso da maconha, educando-a da melhor maneira possível sobre as consequências, com base em resultados científicos, a exemplo daquele acima aludido. Não adianta o tratamento dos consumidores de droga como criminosos, porque isso só contribui para aumentar a cadeia produtiva e a criminalidade. O país vem perdendo dia a dia a oportunidade de controlar o tráfego e o consumo das drogas de um modo geral, por não demonstrar efetivo interesse na solução de uma chaga que tem sido causa de 85% da criminalidade. O mal tem que ser cortado pela raiz, porque depois que a erva daninha se espalha o seu eficiente controle fica mais complicado e isso tem se verificado no caso das drogas, em que são visíveis a falta de prevenção, a deficiência da repressão, a inexistência de adequado tratamento dos usuários e o crescimento exagerado da narcotraficância, com pleno domínio do país. Nenhuma experiência importada vai ser capaz de controlar o tráfico das drogas, mas seria importante que as autoridades governamentais levassem em conta os estudos e as pesquisas sobre a matéria e decidissem, sem perca de tempo, encará-la com a seriedade que o caso exige, para que o caos pelo menos não se aprofunde cada vez mais nas suas portas, porque a sociedade já não suporta mais gritar por socorro que não aparece, principalmente da parte do governo, totalmente aprofundado em promessas vãs, sem efetividade alguma.

ANTONIO ADALMIR FERNANDES
 
Brasília, em 06 de julho de 2011

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