quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Carência de personalidade

Ultimamente, têm sido extremamente comuns disputas entre candidatos interessados em pousar ao lado de líderes destacados na política nacional, como forma de turbinar a sua a candidatura e de mostrar proximidade com o poder. Nalguns casos, os líderes aparecem e são citados nos meios de divulgação com frequência exagerada, competindo com os próprios candidatos, com desvio da finalidade dessas campanhas publicitárias, que deviam ser tão somente para apresentação ao eleitorado do pretendente ocupante do cargo a ser eleito nas urnas. Não há dúvida alguma de que candidato que se ancora em políticos considerados importantes demonstra, acima de tudo, absoluta incompetência para mostrar sua capacidade e experiência capazes para o desempenho com efetividade das funções do cargo para o qual tenha se candidatado. Não deixa de ser constrangedor saber que alguém se vale do carisma político de outrem para tentar se promover eleitoralmente, como se a aproximação de ambos resultasse nalguma espécie de benefício para a comunidade. Ao contrário dessa ridícula mediocridade, são dignos de aplausos os políticos que se afastam do fantasma desses líderes aproveitadores, porque isso revela distanciamento de conluio com ideologias que nada aproveitam para os interesses da região. Além do mais, a independência, a desvinculação de cabos eleitorais importantes tem o condão de provar as condições laborativas e o interesse do candidato na manutenção de campanha voltada exclusivamente para lutar com personalidade por seus ideais e objetivos políticos, com esteio apenas em seus próprios atributos de competência, capacidade e preparação para o desempenho do cargo para o qual tenha optado para trabalhar em benefício da sociedade, que tanto gostaria de confiar e acreditar na sinceridade e na altivez de gente honesta e honrada. Aliás, esses princípios têm se tornado bastante difíceis e desassociados dos políticos da atualidade, quando se sabe que quase a totalidade dos homens públicos entra na política para se beneficiar dos recursos públicos e se enriquecer com facilidade, aproveitando as múltiplas possibilidades de negociatas na administração pública, como bem demonstram os esquemas ultimamente implantados por muitos dos políticos apresentados nas campanhas eleitorais. No passado, os políticos se elegiam com base no seu currículo, na sua comprovada capacidade de trabalho e não com o uso desses expedientes modernos de falsos protetores políticos, que somente são apresentados como forma de enganação à ingenuidade e imaturidade das pessoas, sem qualquer objetividade política ou social. Como forma do ínsito dever cívico, a sociedade tem que se conscientizar de que a esperteza dos políticos que utilizam o fantasma de famosos líderes nacionais, com a finalidade de autopromoção, não passa de verdadeira maquiagem publicitária interesseira e enganadora da boa vontade dos eleitores e da opinião pública, cuja atitude não condiz em absoluto com os princípios da ética e da moral, ante a cristalina conotação desses atos com a falta de personalidade e de competência para o desempenho de cargos públicos. Acorda, Brasil!       
 
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
 
Brasília, em 05 de setembro de 2012

Nenhum comentário:

Postar um comentário