Ultimamente, têm sido extremamente comuns disputas
entre candidatos interessados em pousar ao lado de líderes destacados na
política nacional, como forma de turbinar a sua a candidatura e de mostrar
proximidade com o poder. Nalguns casos, os líderes aparecem e são citados nos
meios de divulgação com frequência exagerada, competindo com os próprios
candidatos, com desvio da finalidade dessas campanhas publicitárias, que deviam
ser tão somente para apresentação ao eleitorado do pretendente ocupante do
cargo a ser eleito nas urnas. Não há dúvida alguma de que candidato que se
ancora em políticos considerados importantes demonstra, acima de tudo, absoluta
incompetência para mostrar sua capacidade e experiência capazes para o
desempenho com efetividade das funções do cargo para o qual tenha se
candidatado. Não deixa de ser constrangedor saber que alguém se vale do carisma
político de outrem para tentar se promover eleitoralmente, como se a
aproximação de ambos resultasse nalguma espécie de benefício para a comunidade.
Ao contrário dessa ridícula mediocridade, são dignos de aplausos os políticos
que se afastam do fantasma desses líderes aproveitadores, porque isso revela distanciamento
de conluio com ideologias que nada aproveitam para os interesses da região.
Além do mais, a independência, a desvinculação de cabos eleitorais importantes
tem o condão de provar as condições laborativas e o interesse do candidato na
manutenção de campanha voltada exclusivamente para lutar com personalidade por
seus ideais e objetivos políticos, com esteio apenas em seus próprios atributos
de competência, capacidade e preparação para o desempenho do cargo para o qual tenha
optado para trabalhar em benefício da sociedade, que tanto gostaria de confiar
e acreditar na sinceridade e na altivez de gente honesta e honrada. Aliás,
esses princípios têm se tornado bastante difíceis e desassociados dos políticos
da atualidade, quando se sabe que quase a totalidade dos homens públicos entra
na política para se beneficiar dos recursos públicos e se enriquecer com facilidade,
aproveitando as múltiplas possibilidades de negociatas na administração
pública, como bem demonstram os esquemas ultimamente implantados por muitos dos
políticos apresentados nas campanhas eleitorais. No passado, os políticos se
elegiam com base no seu currículo, na sua comprovada capacidade de trabalho e
não com o uso desses expedientes modernos de falsos protetores políticos, que
somente são apresentados como forma de enganação à ingenuidade e imaturidade
das pessoas, sem qualquer objetividade política ou social. Como forma do ínsito
dever cívico, a sociedade tem que se conscientizar de que a esperteza dos
políticos que utilizam o fantasma de famosos líderes nacionais, com a finalidade
de autopromoção, não passa de verdadeira maquiagem publicitária interesseira e
enganadora da boa vontade dos eleitores e da opinião pública, cuja atitude não
condiz em absoluto com os princípios da ética e da moral, ante a cristalina
conotação desses atos com a falta de personalidade e de competência para o
desempenho de cargos públicos. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 05 de setembro de 2012
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