A campanha do candidato do Partido dos
Trabalhadores à Prefeitura de São Paulo vem utilizando a inserção, na TV, de
propaganda eleitoral que associa o voto no candidato tucano ao
ex-presidente também tucano e ao atual prefeito de São Paulo, aproveitando para
mencionar que, se eleito, ele pode "abandonar o cargo", por ter sido eleito
prefeito de São Paulo em 2004 e deixado o cargo em 2006, para disputar o
governo do Estado. O vídeo petista utiliza o mesmo formato da propaganda do
PSDB que liga o candidato petista aos réus do mensalão e ao deputado corrupto
ex-governador de São Paulo. A inserção comercial da campanha petista inicia com
a pergunta "Sabe o que acontece
quando você vota no PSDB?" e conclui com os dizeres "você vota, ele volta". Trata-se de
clichê surrado, mas sempre utilizado nas campanhas eleitorais petistas para
desviar a atenção do eleitorado sobre as questões de interesse e importância da
sociedade, principalmente quanto ao programa da possível gestão, caso ele seja
eleito. A título de exemplo, na campanha eleitoral para presidente da
República, o mote principal girava em torno das privatizações, que aparecia nas
entrevistas, nos debates, nos programas de rádio e televisão, nos..., sempre
preenchendo o importante espaço dedicado ao programa de governo, que nunca foi
mostrado à sociedade, porque ele jamais existiu, como comprova o atual governo
brasileiro, que assumiu o cargo presidencial há quase dois anos e não consegue
sequer administrar a decantada herança maldita do seu antecessor. Como não
houve debate de programa de governo, a sua gestão é ruim; é pífio o crescimento do
país; é péssima a capacidade gerencial dos ministros; não há programas de
reformas estruturais; a violência cresce dia a dia, a educação... a saúde...,
ou seja, a nação vem sendo administrada de forma ineficiente e sem perspectiva
de melhoras, ante à falta de programas econômicos capazes de modificar o mero instinto
governamental de aprovar pacotes localizados, sempre ao sabor de setores com
sofrível desempenho, em sinal de que inexiste programa governamental
consistente de combate à crise. No caso em foco, o candidato ao cargo de prefeito
do PSDB de São Paulo acusa o candidato do PT sobre a existência do mensalão e
este imediatamente responde que o tucano tem costume de deixar o cargo para se
candidatar para outro, numa repetição cansativa e infrutífera de acusações
entre eles e isso deve ocorrer até o termino da campanha. Enquanto eles brincam
de pega-pega, sem dizer nada do que realmente precisa ser realizado em
benefício do povo e para a melhoria da cidade, seu adversário que lidera o
pleito eleitoral vai à luta e fatura os votos das pessoas inteligentes, que não
suportam mais tanta imaturidade e bestialidade, em discussão de abobrinhas. Considerando
que os referidos candidatos já exerceram cargos relevantes na República, essa
forma de programa eleitoral mostra com clareza o nível de cultura deles,
deixando transparecer a perda de enorme oportunidade para fazer suas campanhas
de modo proveitoso para o povo paulistano, tendo por meta cada qual apresentar seu
programa de gestão à frente da Prefeitura. Assiste razão à sociedade em
rejeitar candidatos que querem convencer o eleitorado com o uso de acusação das
falhas do seu adversário, deixando passar em brancas nuvens seu programa de governo.
Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 21 de setembro de 2012
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