sábado, 26 de janeiro de 2013

Enfim, um fio de esperança...

Ao que tudo indica, o Senado Federal poderá ter candidato à sua presidência com perfil alinhado com os anseios da sociedade, no que diz respeito ao cumprimento dos requisitos de honestidade, honorabilidade e probidade, princípios indispensavelmente exigidos para os pretendentes ao honorífico cargo da República. Trata-se da disposição de um atuante senador do PDT pelo Estado de Mato Grosso, que pertence aos quadros da carreira de procuradores, com destacada atuação nos exercícios da sua profissão e do mandato parlamentar, mostrando alto senso de seriedade, competência e principalmente desprezo às práticas abomináveis do fisiologismo, muito comum e corriqueiro com relação aos ocupantes desse cargo, notadamente porque todos fazem parte dos partidos de sustentação da base política do governo no Senado, mediante coligações suspeitas, espúrias e recheadas de compromissos mútuos e indissociáveis, tendo em vista às manobras visando à perpetuação no poder.  O novo candidato poderá contar com o apoio das bancadas do PSDB e do DEM, de senadores de aposição e de senadores governistas dissidentes, os conhecidos parlamentares do chamado grupo dos "independentes", encabeçados por senadores do PP e do PMDB. Segundo o senador, o objetivo da sua candidatura é “... tentar fazer com que o Legislativo fique mais forte. Eu quero fazer este debate, e estou ligando para os parlamentares para dizer que meu nome está na disputa (...) Temos de ter uma candidatura diferente, que tente levar ao segundo turno”. Indiscutivelmente, não poderia haver melhor opção de candidatura do que a de um senador que, ao que se sabe, não tem seu nome envolvido com irregularidades, corrupção ou qualquer denúncia de fato que possa macular suas pretensões de dirigir a Câmara Alta. Esse fato demonstra o nascimento de um fio de luz no final dos túneis do Senado, que agora tem alguma possibilidade de ser comandado por pessoa honesta e totalmente independente às tramoias, aos conchavos politiqueiros dos governistas e às submissões aos caprichos do Palácio do Planalto. Além de tudo isso, como homem público já foi capaz de demonstrar possuir competência técnico-jurídica, experiência e sabedoria política suficientes para exercer, com eficiência, o importante cargo que postula, sem precisar ficar recebendo orientação de como proceder no seu comando nem exercê-lo sob a influência dos aliados, que sempre põem em evidência seus interesses pessoais ou partidários. A redenção da moralidade e do decoro do funcionamento do Senado somente depende do bom senso e da capacidade de discernimento de Suas Excelências, que agora, se quiserem mostrar dignidade no exercício do cargo, têm condições de eleger um parlamentar com Ficha Limpa, nos moldes daquela preconizada pela sociedade, que vem ansiando por isso há bastante tempo. O importante é que essa nova candidatura veio para possibilitar excelente oportunidade para os senadores refletirem melhor sobre a necessidade de mudar a concepção que a sociedade tem acerca da sua atuação, sempre cercada de manobras políticas e voltada para a finalidade de satisfazer interesses fisiológicos, em prejuízo das causas maiores da nação. Urge que os parlamentares vislumbrem o Senado Federal sendo comandado por pessoa imune à incompetência gerencial, ao fisiologismo decrépito, às manobras politiqueiras, às irregularidades mediante atos de corrupção e à indignidade de ter o passado construído sob suspeitas e desconfianças prejudiciais à ética e moralidade. Acorda, Brasil!
 
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
 
Brasília, em 25 de janeiro de 2013

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