Ao que tudo indica, o Senado Federal poderá ter
candidato à sua presidência com perfil alinhado com os anseios da sociedade, no
que diz respeito ao cumprimento dos requisitos de honestidade, honorabilidade e
probidade, princípios indispensavelmente exigidos para os pretendentes ao
honorífico cargo da República. Trata-se da disposição de um atuante senador do
PDT pelo Estado de Mato Grosso, que pertence aos quadros da carreira de
procuradores, com destacada atuação nos exercícios da sua profissão e do mandato
parlamentar, mostrando alto senso de seriedade, competência e principalmente
desprezo às práticas abomináveis do fisiologismo, muito comum e corriqueiro com
relação aos ocupantes desse cargo, notadamente porque todos fazem parte dos
partidos de sustentação da base política do governo no Senado, mediante
coligações suspeitas, espúrias e recheadas de compromissos mútuos e
indissociáveis, tendo em vista às manobras visando à perpetuação no poder. O novo candidato poderá contar com o apoio das
bancadas do PSDB e do DEM, de senadores de aposição e de senadores governistas
dissidentes, os conhecidos parlamentares do chamado grupo dos
"independentes", encabeçados por senadores do PP e do PMDB. Segundo o
senador, o objetivo da sua candidatura é “...
tentar fazer com que o Legislativo fique mais forte. Eu quero fazer este
debate, e estou ligando para os parlamentares para dizer que meu nome está na
disputa (...) Temos de ter uma candidatura diferente, que tente levar ao
segundo turno”. Indiscutivelmente, não poderia haver melhor opção de
candidatura do que a de um senador que, ao que se sabe, não tem seu nome
envolvido com irregularidades, corrupção ou qualquer denúncia de fato que possa
macular suas pretensões de dirigir a Câmara Alta. Esse fato demonstra o
nascimento de um fio de luz no final dos túneis do Senado, que agora tem alguma
possibilidade de ser comandado por pessoa honesta e totalmente independente às
tramoias, aos conchavos politiqueiros dos governistas e às submissões aos
caprichos do Palácio do Planalto. Além de tudo isso, como homem público já foi
capaz de demonstrar possuir competência técnico-jurídica, experiência e
sabedoria política suficientes para exercer, com eficiência, o importante cargo
que postula, sem precisar ficar recebendo orientação de como proceder no seu comando
nem exercê-lo sob a influência dos aliados, que sempre põem em evidência seus
interesses pessoais ou partidários. A redenção da moralidade e do decoro do funcionamento
do Senado somente depende do bom senso e da capacidade de discernimento de Suas
Excelências, que agora, se quiserem mostrar dignidade no exercício do cargo,
têm condições de eleger um parlamentar com Ficha Limpa, nos moldes daquela
preconizada pela sociedade, que vem ansiando por isso há bastante tempo. O
importante é que essa nova candidatura veio para possibilitar excelente
oportunidade para os senadores refletirem melhor sobre a necessidade de mudar a
concepção que a sociedade tem acerca da sua atuação, sempre cercada de manobras
políticas e voltada para a finalidade de satisfazer interesses fisiológicos, em
prejuízo das causas maiores da nação. Urge que os parlamentares vislumbrem o
Senado Federal sendo comandado por pessoa imune à incompetência gerencial, ao
fisiologismo decrépito, às manobras politiqueiras, às irregularidades mediante
atos de corrupção e à indignidade de ter o passado construído sob suspeitas e
desconfianças prejudiciais à ética e moralidade. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 25 de janeiro de 2013
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