domingo, 20 de janeiro de 2013

Quanta crueldade!

Ao ser desvendado um dos crimes mais bárbaros dos últimos tempos, a Polícia Civil prendeu, após denúncia anônima, os suspeitos - entre eles um menor de idade - de matar uma empresária de 44 anos, em Valparaíso de Goiás, no Entorno do Distrito Federal. O mais estarrecedor é que um dos assassinos confessou friamente que "Ela foi queimada viva". A vítima foi sequestrada em Valparaíso/GO e encontrada morta. O corpo dela encontrava-se dentro do seu carro. A polícia esclarece que, antes de ser queimada viva, a vítima foi torturada e estuprada, configurando crime com muita crueldade e bastante sofrimento por parte da sequestrada, por ela ter ficado muitas horas retida sofrendo os requintes de maldade até o momento do seu abandono ainda com vida e o corpo queimado, vindo a óbito em seguida. Essa barbárie teve início com o pedido de outra pessoa para serem roubadas, pelo preço de R$ 60,00, as rodas do carro da empresária, porém ainda não se sabe a verdadeira motivação do assassinato. Embora seja extremamente chocante e estarrecedor esse crime, que deixa a sociedade atônica pelo máximo de crueldade e desumanidade dos monstros, ainda jovens, porém bandidos de altíssima periculosidade. O que se verifica é que delitos semelhantes a esse acontecem com frequência no país tupiniquim e, em muitas localidades, a comunidade nem mais se surpreende quando isso acontece, porque o crime e a violência já fazem parte do seu cotidiano. Agora, o que não pode mais ser tolerável é a pacífica e covarde indolência em especial dos Poderes da República, por lidarem com problema tão grave e não esboçarem nenhuma medida efetiva, no sentido de encontrar uma maneira eficiente para solucioná-la em benefício da sociedade, que se encontra intensamente desolada com o completo desprezo na busca de segurança e de tranquilidade. Induvidosamente, a impunidade e a sua coirmã, a pena leve, suave, frouxa, constituem vergonha nacional inadmissível, por desprezarem a racionalidade do mais sagrado direito de o cidadão poder usufruir a vida com plena liberdade de ir e vir, sem temer à insegurança e à violência. Em outras palavras, o Código Penal se tornou tão benevolente com os criminosos que o seu regramento mais estimula a bandidagem do que pune exemplarmente os delitos, devido às benesses concedidas, em termos de progressões, anistias, conversões de penas e outras tantas anomalias em prol dos delinquentes. Esse quadro de facilidades não poderia jamais ser imaginado, porque criminoso tem que pagar por suas maldades, de maneira integral da punição e na mesma proporção da sua crueldade, porque à vítima não tem direito aos mesmos benefícios concedidos aos atrozes e monstros da criminalidade. Caso contrário, quem continua sendo penalizada é a sociedade, que é a parte prejudicada, e não o verdadeiro culpado, que deve pagar pelos seus pecados. Na realidade, muito mais cruel do que a barbárie de ser queimada viva é se perceber que a incompetência e a insensibilidade do governo e das autoridades públicas encarregadas pelo combate à criminalidade permanecem imutáveis, totalmente alheios à gravidade da violência que massacra impiedosamente a sociedade, que vive intranquila e insegura diante da falta de providências para punir com rigor e penas duras esses sanguinários elementos, que se mostram despreocupados, apesar da sua maldade e perversidade, por terem a certeza de penas suaves e benefícios da lei penal e logo estarem livres. Urge que as autoridades públicas tenham a competência de enxergar a real força da perversidade, barbaridade e devastação da criminalidade e a dignidade de aprovar medidas legislativas capazes de neutralizar essa chaga da violência, com penas duríssimas, sem qualquer espécie de benevolência aos delinquentes, porquanto eles não têm piedade para com suas vítimas. Acorda, Brasil!
 
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
 
Brasília, em 19 de janeiro de 2013

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