Segundo pesquisa
Datafolha, a gestão da presidente da República foi novamente avaliada pela
população, merecendo aprovação de 57% dos entrevistados como bom ou ótimo. Com
relação à pesquisa anterior, houve queda de 8 pontos percentuais. Nos últimos dois
anos, a popularidade da presidente cai pela primeira vez. A pesquisa mostra que
a gestão presidencial é 33% regular; 9% ruim ou péssima e apenas 1% sem avaliação.
Não obstante à significativa queda na preferência popular, a petista ainda é considerada
favorita para vencer a eleição presidencial em 2014, ante a conclusão de que,
caso os demais concorrentes sejam o senador tucano, o governador de Pernambuco e
a ex-senadora do partido Rede, a presidente teria 51% das intenções de voto,
representando queda de sete pontos percentuais quando comparados aos números da
pesquisa anterior. Na corrida ao Planalto, a ex-senadora desponta em segundo
lugar, com 16% pontos; o tucano cresceu quatro pontos e chegou a 14%; enquanto
o pernambucano se mantém com os 6% de intenções de voto. É curioso que, desta
feita, foram ouvidas 3.758 pessoas, quando, nas demais pesquisas, de forma
sintomática, os entrevistados não passavam de 2.100 e os resultados eram sempre
crescentes, com recordes um atrás do outro. Agora, bastou aumentar a margem
estatística para que os números tivessem significativo declínio, o que se pode
concluir que, à medida que a base for aumentada, a tendência e refletir o real
desempenho da presidente, que nunca esteve à altura dos resultados apresentados
anteriormente. Na verdade, caso a gestão presidencial fosse avaliada por quem especialista
em administração pública, seu desempenho jamais seria aprovado, tendo em vista
que, em termos de gerenciamento do país, nenhuma novidade foi apresentada que
merecesse percentuais tão elevados e irreais. Veja-se que, nesse governo, não
houve reformas estruturais, salvo um incentivo fiscal aqui e ali, com algumas
desonerações de forma arbitrária e localizadas, ao sabor de finalidades
interesseiras, com destaque para o incentivo à indústria automobilística, que
resulta no abarrotamento de veículos das vias públicas e estradas, sucateadas e
precárias. Na economia, o país vive momento de turbulência, com os juros e a
inflação em escalado avanço e o Produto Interno Bruto em ritmo de crescimento
medíocre, fatos que refletem plena fragilidade e inconstante desempenho da
equipe econômica e põem sob ameaça de rebaixamento da credibilidade do país
pela agência de classificação de risco Standard & Poor’s (S&P), o que
se confirmaria a total incompetência gerencial do país considerado emergente. Em
termos éticos, a presidente tem desempenho sofrível, pelo fortalecimento de espúrias
alianças fisiológicas, ao entregar ministérios, órgãos e estatais públicos a
partidos políticos em troca de apoio às conveniências eleitorais e à perenidade
no poder. Sob a análise da racionalidade e plausibilidade, o balanço geral do
trabalho da presidente não pode corresponder à avaliação acima da média, porque,
até agora, os fatos mostram justamente que, de efetividade em benefício do
país, não houve nada de novidade na sua administração, em termos de reformas
estruturais que pudessem contribuir para melhorar o desempenho econômico e
social, levando-se em conta as potencialidades e a grandeza do Brasil. Além do
mais, o país ainda convive com arrecadação tributária que se aproxima de 40% do
PIB, mas, salvo o rumoroso e mal gerenciado programa Bolsa Família, a
assistência à sociedade é precaríssima, comparável às repúblicas de categoria
inferior. A segurança pública foi para o espaço há bastante tempo, deixando a
sociedade aterrorizada e trancada em suas casas. Não há prioridade para a
educação, saúde, infraestrutura etc. As mazelas têm sido constantes no país e
ainda são agravadas nas tragédias, como a seca no Nordeste, as enchentes no
país, a inoperância nos portos, aeroportos e nas estradas, e na dificuldade de
competitividade das indústrias nacionais etc. Urge que a sociedade se
conscientize sobre a necessidade de o país ser administrado com competência, em
estrita observância aos princípios da ética, moralidade, economicidade,
transparência e legalidade, tendo por exclusiva meta o atendimento do interesse
púbico. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 10 de junho de 2013
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