Embora a seleção brasileira de futebol esteja
fora de competições oficiais, desde julho de 2011, quando participou como ilustre
figurante na Copa América, tendo perdido cinco pênaltis numa partida e, por via
de consequência, teve que antecipar seu retornar para casa, o Brasil, mesmo
assim, continua sendo avaliado pela Fifa. No ranking dessa entidade, que acaba
de ser divulgado, a Seleção Canarinha aparece na 22ª colocação, com 872 pontos,
perdendo três posições em relação ao mês de maio. A liderança continua nos pés
da Espanha, com 1.614 pontos, vindo a Alemanha em seguida, com 1.416 pontos e,
em terceiro, a Argentina, com 1.287 pontos. Essa é a pior colocação do time
verde-amarelo, desde que a lista foi instituída, em agosto de 1993. O Brasil
detém o recorde de cinco títulos da Copa do Mundo, sendo o país com o melhor
desempenho histórico no aludido ranking, tendo sido apontado o melhor do ano em
doze oportunidades, no período compreendido entre 1994 a 2006. Não deixa de
haver tremenda incoerência, por ser a seleção que nada disputa oficialmente, na
inclusão da seleção brasileira em relação aos demais times nacionais, porque
não há parâmetro comparativo para se afirmar que Colômbia, Equador, Costa do
Marfim, Bósnia, Gana e outras seleções são realmente melhores do que o Brasil,
evidentemente sem desmerecer suas qualidades e potencialidades futebolísticas, uma
vez que esses países até podem ter conseguido alguma evolução nos últimos
tempos, mas, à míngua de elementos plausíveis, não há como dar crédito a uma
relação absolutamente fora da realidade. Curioso é que os cartolas do futebol
tupiniquim não se conscientizem sobre a injustiça cometida com o nosso futebol
pela entidade máxima internacional. Essa exposição se torna ridícula, por
expor, de forma vexatória e injusta, a tradição de quem já apresentou o melhor
futebol do mundo, por muitos anos seguidos. É bem verdade, que o futebol
mostrado pela seleção brasileira, nos últimos tempos, não encanta mais ninguém,
por não conseguir ganhar das grandes seleções e muito menos jogar bem, de modo
a convencer que ainda tem condições de recuperar a magia do seu desempenho nos
gramados, que era capaz de deixar seus adversários entusiasmados com as
espetaculares apresentações, não importando as circunstâncias, porque,
diferentemente do presente, os atletas se exibiam com talento próprio do melhor
futebol do mundo. Era gostoso assistir aos jogos da Seleção Canarinha, quando
os craques se exibiam com desenvoltura e elegância. Ao contrário dos atuais
times, onde os atletas desaprenderam a jogar bola com esses técnicos com
ensinamentos retrógrados e ineficientes, cuja competência se restringe a armar
verdadeiros ferrolhos, se fechando ao máximo para o time não sofrer gols. Na
verdade, a seleção brasileira vem passando por terrível processo de regressão
da arte de jogar bola, em que os grandes jogadores se apequenam quando são
encaixados nos esquemas táticos e técnicos suburbanos e de retrancas, que vêm
contribuindo de forma progressiva para equiparar o melhor futebol do mundo às
republiquetas de quinta categoria. Os brasileiros anseiam por que a Seleção
Canarinha volte a jogar bola com a elegância e o talento dos tempos áureos,
quando entusiasmava o mundo com sua arte nos gramados e jogadas de vanguarda e
qualidade superior, causando inveja aos simpatizantes do futebol fantástico.
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 08 de junho de 2013
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