A revista britânica The Economist diz que o Brasil enfrenta desastres político e
econômico e trás como título de capa “A
queda do Brasil” (Brazil’s fall,
em inglês), com ilustração de fotografia da presidente da República, com olhos
fechado e a cabeça inclinada para baixo.
A reportagem ressalta o fato de que, em dezembro, a
Fitch foi a segunda agência de classificação de risco a retirar a nota de “bom
pagador” do país.
Na avaliação da revista, o escândalo de corrupção
envolvendo a Petrobras, objeto de investigação pela Operação Lava-Jato tem prejudicado
de forma substancial o governo e que a presidente brasileira foi acusada de
esconder o tamanho do déficit das contas públicas, tendo que enfrentar processo
de impeachment no Congresso Nacional.
A revista argumenta que se esperava que o Brasil figurasse
na vanguarda do crescimento econômico, entre os países participantes dos Brics
(Brasil, China, Índia, Rússia e África do Sul), mas, ao contrário, o país se
encontra envolto em inflação galopante.
Na interpretação da revista, somente decisões
difíceis poderiam contribuir para colocar o Brasil de volta ao curso de
normalidade da economia, mas a presidente brasileira não demonstra ter "estômago" para tomá-las.
O texto diz que o Brasil enfrenta dificuldades, a
exemplo das economias emergentes, com a queda no preço das commodities no
mercado internacional.
A reportagem diz que a presidente brasileira e o PT
conseguiram piorar a situação econômica do país e, no primeiro mandato da
petista, o governo elevou os gastos, com destaque para pagamentos da
Previdência Social e incentivos fiscais concedidos a setores favorecidos da
indústria.
A revista diz que o PT era hostil com o ex-ministro
da Fazenda e que, em que pese o seu sucessor ter tido participação "desastrosa" no primeiro mandato da
petista, ele tem apoio do partido da presidente, talvez na esperança de que o
novo ministro seja capaz de fazer mais como titular dessa pasta, que terá a difícil
incumbência de convencer o Congresso Nacional a aprovar a impopular CPMF,
conhecida como o tributo das transações financeiras.
Concluindo, a reportagem ressalta que o PT não tem
"apetite" para a
austeridade nos gastos públicos e que é tarefa difícil ter o apoio necessário
para se promover mudanças na Constituição, no caso da aprovação da aludida
contribuição.
A revista britânica faz, com muita propriedade,
críticas aos desastres político e econômico brasileiros, cujas análises enfocam
justamente as dificuldades de o governo promover austeridade nos gastos
públicos, a exemplo das gastanças que contribuíram para o censurado rombo nas
contas públicas, cujo déficit pode representar, pasmem, aproximadamente R$ 122
bilhões.
Esse valor significa o tamanho da irresponsabilidade
administrativa, porque se trata de quantia não existente no Tesouro Nacional,
que precisa ser obtido junto ao mercado financeiro, a juros de 14,25% a.a.,
cujo montante será acrescido às já impagáveis dívidas públicas, fato que também
contribui para a drástica redução dos investimentos em obras públicas, por
causa da escassez de recursos.
Embora a reportagem em comento seja sobre fatos de
pura realidade, o seu conteúdo representa situação lastimável, diante dos
resultados pessimistas e desanimadores, com reflexo direto no mercado
financeiro e influência na avaliação dos investidores, que deixam de aplicar no
Brasil, justamente por desacreditar na capacidade administrativa da presidente
brasileira, com o que há predominância da incerteza quanto aos investimentos no
país e isso tem reflexo negativo no desenvolvimento econômico.
De positivo, a revista dá destaque sobre o desempenho
desastroso da presidente brasileira, que deveria fazer autoanálise sobre a sua
atuação e os malefícios que isso propicia para os brasileiros, que não merecem
tamanhas incompetência e ineficiência, eis que o seu patrimônio vem sendo
dilapidado com a mediocridade da gestão dos recursos públicos, que poderia ser
evitada caso houvesse sensibilidade e responsabilidade por parte da governante,
que já demonstrou a sua total incapacidade de apresentar medidas capazes de
contornar os desastres político e econômico que imperam na administração do
Brasil.
Os brasileiros precisam se conscientizar sobre a
verdadeira situação calamitosa que o governo, em demonstração de incompetência,
inépcia e ineficiência, impôs, em especial, à economia, cuja falência é
representada por meio da recessão, do desemprego, da desindustrialização, da redução
do salário dos trabalhadores, da diminuição da arrecadação, do aumento da
inflação, da taxa de juros e das dívidas públicas, da inexistência de
investimentos públicos, entre outras mazelas que realmente estão contribuindo
para o emperramento do desenvolvimento econômico do país. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 30 de dezembro de 2015
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