quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Desastres político e econômico


A revista britânica The Economist diz que o Brasil enfrenta desastres político e econômico e trás como título de capa “A queda do Brasil” (Brazil’s fall, em inglês), com ilustração de fotografia da presidente da República, com olhos fechado e a cabeça inclinada para baixo.
A reportagem ressalta o fato de que, em dezembro, a Fitch foi a segunda agência de classificação de risco a retirar a nota de “bom pagador” do país.
Na avaliação da revista, o escândalo de corrupção envolvendo a Petrobras, objeto de investigação pela Operação Lava-Jato tem prejudicado de forma substancial o governo e que a presidente brasileira foi acusada de esconder o tamanho do déficit das contas públicas, tendo que enfrentar processo de impeachment no Congresso Nacional.
A revista argumenta que se esperava que o Brasil figurasse na vanguarda do crescimento econômico, entre os países participantes dos Brics (Brasil, China, Índia, Rússia e África do Sul), mas, ao contrário, o país se encontra envolto em inflação galopante.
Na interpretação da revista, somente decisões difíceis poderiam contribuir para colocar o Brasil de volta ao curso de normalidade da economia, mas a presidente brasileira não demonstra ter "estômago" para tomá-las.
O texto diz que o Brasil enfrenta dificuldades, a exemplo das economias emergentes, com a queda no preço das commodities no mercado internacional.
A reportagem diz que a presidente brasileira e o PT conseguiram piorar a situação econômica do país e, no primeiro mandato da petista, o governo elevou os gastos, com destaque para pagamentos da Previdência Social e incentivos fiscais concedidos a setores favorecidos da indústria.
A revista diz que o PT era hostil com o ex-ministro da Fazenda e que, em que pese o seu sucessor ter tido participação "desastrosa" no primeiro mandato da petista, ele tem apoio do partido da presidente, talvez na esperança de que o novo ministro seja capaz de fazer mais como titular dessa pasta, que terá a difícil incumbência de convencer o Congresso Nacional a aprovar a impopular CPMF, conhecida como o tributo das transações financeiras.
Concluindo, a reportagem ressalta que o PT não tem "apetite" para a austeridade nos gastos públicos e que é tarefa difícil ter o apoio necessário para se promover mudanças na Constituição, no caso da aprovação da aludida contribuição.
A revista britânica faz, com muita propriedade, críticas aos desastres político e econômico brasileiros, cujas análises enfocam justamente as dificuldades de o governo promover austeridade nos gastos públicos, a exemplo das gastanças que contribuíram para o censurado rombo nas contas públicas, cujo déficit pode representar, pasmem, aproximadamente R$ 122 bilhões.
Esse valor significa o tamanho da irresponsabilidade administrativa, porque se trata de quantia não existente no Tesouro Nacional, que precisa ser obtido junto ao mercado financeiro, a juros de 14,25% a.a., cujo montante será acrescido às já impagáveis dívidas públicas, fato que também contribui para a drástica redução dos investimentos em obras públicas, por causa da escassez de recursos.
Embora a reportagem em comento seja sobre fatos de pura realidade, o seu conteúdo representa situação lastimável, diante dos resultados pessimistas e desanimadores, com reflexo direto no mercado financeiro e influência na avaliação dos investidores, que deixam de aplicar no Brasil, justamente por desacreditar na capacidade administrativa da presidente brasileira, com o que há predominância da incerteza quanto aos investimentos no país e isso tem reflexo negativo no desenvolvimento econômico.
De positivo, a revista dá destaque sobre o desempenho desastroso da presidente brasileira, que deveria fazer autoanálise sobre a sua atuação e os malefícios que isso propicia para os brasileiros, que não merecem tamanhas incompetência e ineficiência, eis que o seu patrimônio vem sendo dilapidado com a mediocridade da gestão dos recursos públicos, que poderia ser evitada caso houvesse sensibilidade e responsabilidade por parte da governante, que já demonstrou a sua total incapacidade de apresentar medidas capazes de contornar os desastres político e econômico que imperam na administração do Brasil.       
Os brasileiros precisam se conscientizar sobre a verdadeira situação calamitosa que o governo, em demonstração de incompetência, inépcia e ineficiência, impôs, em especial, à economia, cuja falência é representada por meio da recessão, do desemprego, da desindustrialização, da redução do salário dos trabalhadores, da diminuição da arrecadação, do aumento da inflação, da taxa de juros e das dívidas públicas, da inexistência de investimentos públicos, entre outras mazelas que realmente estão contribuindo para o emperramento do desenvolvimento econômico do país. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 30 de dezembro de 2015

Nenhum comentário:

Postar um comentário