Um
ex-ministro da Integração Nacional, hoje filiado ao PDT, disse, em recente jantar
no Palácio da Alvorada, que fará de tudo para ajudar a presidente da República
a sair da crise e derrotar o PMDB. Ele também afirmou que o vice-presidente da
República "conspira" dentro
do Palácio do Planalto e faz "dobradinha"
com o presidente da Câmara dos Deputados.
Ele
afirmou que "O que mais me
impressiona é a deslealdade do vice, que, depois de empurrar uma montanha de
múmia paralítica para dentro do governo, vem com uma carta patética para Dilma".
Ex-ministro
afirmou que sente "vergonha e pena
do PSDB, que decidiu unificar posição em favor do impeachment. O PSDB perdeu o
pudor e jogou sua história na lata do lixo. Está imitando o pior do PT. Eu vou
para a rua contra o impeachment.".
Provável
candidato do PDT à Presidência, em 2018, o ex-ministro recomendou que a
presidente promovesse mudanças na economia, para evitar o agravamento da crise
e denuncie o "golpe”. Ele afirmou
que “Vou para a rua contra o impeachment”.
O
ministro disse que estava “... na luta
contra o golpe. Vou fazer minha militância com o PDT. É preciso ajudar o povo a
entender que essa quadrilha representada por Eduardo Cunha está cometendo
crimes em série e quer o golpe. Michel Temer é homem do Eduardo Cunha. Eu sei o
que estou dizendo.”.
As análises e os comentários do ex-ministro miram basicamente seus adversários políticos, com destaque para peemedebistas, com o propósito de denegrir a imagem deles, não ressaltando, exatamente por falta substrato ou realizações administrativas, os feitos da presidente a quem ele promete defender nas ruas, fato que apenas tem o condão de igualar seu entusiasmo vazio aos desprezíveis legados da governação do país.
Não se pode fazer juízo de valor sobre a
personalidade do político nordestino que defende com unhas e dentes o governo
modelo de estrondoso fracasso administrativo, em todos os sentidos de
incompetência e de ineficiência, por ter conduzido o país à indiscutível
bancarrota, com a predominância da recessão econômica, com suas consequências
nefastas e perniciosas para os interesses dos brasileiros, por conta dos
indicadores da economia, que são os piores possíveis, demonstrando que o país
vem sendo administrado de forma desastrosa e sem perspectivas de recuperação em
curto prazo.
De forma descontrolada e irresponsável, o
governo privilegiou a gastança, que tem sido causadora dos maiores rombos nas
contas públicas, em clara demonstração de infidelidade ao salutar
princípio da economicidade, que deve imperar, notadamente nos momentos de
crises, nos governos zelosos com o patrimônio público.
De seu turno, o governo tem sido
acusado de descurar do princípio da moralidade, notadamente no que se refere ao
escândalo pertinente aos esquemas de desvios de dinheiros da Petrobras, contribuindo
para que a maior empresa brasileira fosse completamente destroçada
economicamente, passando da 12ª para a 406ª posição do ranking mundial, em tão
pouco tempo, em evidente decadência da gestão do patrimônio público, visto que
se trata de empresa integrante da gestão petista.
As precariedades em destaque da
administração do país são tantas que fica muito difícil se intuírem sobre os
reais motivos pelos quais alguém ainda se atreve, com tanta convicção, a
defendê-la com tamanha garra e destemor, como se tivesse protegendo seus
interesses, quando, à toda evidência, trata-se de socorro ao governo
absolutamente inexistente, inepto e prejudicial aos interesses nacionais, à
vista de os fatos demonstrarem, de forma substancial e inequívoca, os
resultados melancólicos e desastrosos da gestão pública, ante a péssima
qualidade dos serviços públicos prestados, em que pese a pesada carga
tributária, considerada uma das maiores do mundo.
Causa perplexidade se perceber que ainda
existe alguém que tenha a insensibilidade, a ingenuidade e a imaturidade políticas
de avaliação quanto à obstinada e injustificável defesa da continuidade do
governo que não mais administra senão as crises política, ética, econômica
e administrativa criadas por ele, não tendo a mínima possibilidade para
contribuir senão para piorar a decadência dos conceitos da incompetência
administrativa e da inaptidão para solucionar os graves problemas que grassam de
forma prejudicial no país.
É inacreditável que ainda tenha homem
público que consegue vislumbrar luz onde não há mais nada sequer de esperança
no fundo do poço, quando os fatos mostram que o governo se encontra em estado
terminal, ainda sobrevivendo por pura insistência e que a sua saída traria
enorme contribuição para o bem-estar do país e dos brasileiros, porque a
presidente não consegue sequer administrar seus intrincados problemas, quanto
mais as relevantes questões nacionais, que saíram há bastante tempo do seu
controle, em indiscutível evidência de que o país se encontra em pleno estado
de acefalia, com a nave Brasil totalmente à deriva, obviamente sem rumo e sem
perspectiva de aportar em terra firme, diante das dificuldades de recuperação
dos fundamentos da administração pública.
Convém que os homens públicos tenham os
necessários equilíbrio e sensibilidade para entender que os interesses
nacionais devem prevalecer sobre causas pessoais e partidárias, devendo sim
condenar os abusos e as irregularidades, mas jamais se posicionar a favor da
incompetência administrativa, das precariedades e da desmoralização, que têm contribuído
ainda mais para a degeneração dos conceitos de progresso e de desenvolvimento
nacionais. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 15 de dezembro de 2015
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