O governo conseguiu mais um gigantesco fiasco no desempenho
da economia, batendo seguidos recordes negativos, como no caso do terceiro
trimestre deste ano, que foram superadas as projeções mais pessimistas, quando
contabilizou o Produto Interno Bruto negativo de 4,5%, com o resultado acumulado
em 12 meses totalizando a casa de 2,5% abaixo do apurado no período anterior.
Os
investimentos em capital físico, compreendendo máquinas, equipamentos e obras,
recuaram 15% em relação aos realizados um ano antes, o que demonstra que os
dados são os piores dos levantamentos iniciados em 1996, revelando situação
trágica e preocupante, porque os indicadores levam em conta o balanço do
consumo familiar, que foi influenciado negativamente pelo desemprego em
ascensão, pela redução da renda real e pela dificuldade de acesso ao crédito, obviamente
em razão das escorchantes taxas de juros.
A economia insiste em permanecer no vermelho nos
trimestres de 2015, com o PIB de 3,2%, compreendendo o período de janeiro a
setembro, o que revela o menor que o de igual período de 2014, fato indicador
de projeção do mercado financeiro para contração econômica de 3,19%, este ano.
A última avaliação de receitas e despesas da União
permitiu ao Ministério do Planejamento estimar a recessão de 3,10%, para 2015,
que ainda não é definitiva, porque ainda pode piorar. A contabilização dos
assombrosos números negativos, até o momento, já é suficiente para os
organismos econômicos e instituições financeiras projetarem estimativas para
2016, com desempenho igualmente pífio em cerca de 2,06%, ou seja, mais um ano
perdido, em termos de desempenho da economia.
Com inflação na casa de dois dígitos, agora em
torno dos 10%, com possibilidade de ir além desse percentual, alguns entendidos
em economia não acreditam na possibilidade de redução de juros em curto prazo,
diante da tendência de novo aumento da taxa de juros, em que pese a força da
recessão, que deveria, pela lógica, forçar a queda da taxa de juros.
Diante da falta de garantia de sensível controle nas
contas públicas, uma vez que o governo não sinaliza, nem mesmo minimamente,
para corte nas suas despesas, o Banco Central fica impossibilitado de afrouxar
a política monetária, sendo obrigado a manter a política anti-inflacionária por
meio do aumento da taxa dos juros, o que contribui para dificultar ainda mais o
consumo e os créditos, prejudicando, consequentemente, a produção e os fatores
econômicos.
Mesmo sem novo aumento de juros, haverá pouco
espaço para a reativação do consumo e para a expansão dos investimentos. Ainda
que a taxa básica de juros seja mantida no estratosférico patamar de 14,25% ao
ano, não há condições de haver melhoras com vistas ao estímulo às atividades
produtivas e muito menos ao aquecimento do consumo, que certamente continuarão sob
fortes restrições.
As dificuldades impostas pela recessão refletem
diretamente no desestímulo às atividades industriais, que não terão o
indispensável vigor para investir no seu potencial produtivo, com a finalidade
de se buscar o desejável crescimento sustentado.
Os números mostram que os investimentos em capital
físico, no terceiro trimestre, ficaram em torno de 18,1% do PIB, que é a menor
taxa para o período de julho a setembro desde 2010. Em média, a maioria dos
países em desenvolvimento exibe níveis de investimento acima de 25% do PIB.
Em que pese a economia mundial ainda não apresentar
absoluta segurança quanto à garantia de estabilização, parcela significativa das
economias desenvolvidas continua em razoável crescimento, mesmo as que foram atingidas
por sérias crises, que conseguiram contornar as dificuldades, evidentemente
depois de terem adotado medidas de racionalização condizentes com as
necessidades de adaptação à nova realidade mundial, diferentemente do que
aconteceu no país tupiniquim, onde as medidas adotadas de ajustes fiscal e
econômico, em forma de pacote, não passaram do plano meramente paliativo, sem
nenhuma contribuição para o saneamento das deficiências e a obtenção de
parâmetros capazes de agregar eficiência e eficácia à gestão pública, que
continuará à mercê da incompetência e incapacidade gerencial.
O certo é que o Brasil, a par das desastradas políticas
e ações adotadas pelo governo da presidente petista, conseguiu apenas
retroceder, em forma de recessão econômica, permitindo que não houvesse crescimento
de coisa alguma, mas, ao contrário, ele vai passar por horrorosa contração
econômica superior a 3% ao ano, com terrível perspectiva de mais recessão para
2016, em percentual superior a 2%, em que pese a petista não ter a dignidade de
reconhecer, em nenhum momento, qualquer erro ou incompetência por parte da sua
gestão, dando a entender que as projeções negativas são apenas obras do acaso,
o que demonstra insensibilidade e até irresponsabilidade com relação à
administração da coisa pública.
Compete aos brasileiros exigirem que os maus e
incompetentes governantes sejam responsabilizados por suas políticas desastrosas,
fracassadas, deletérias e prejudicais aos interesses da nação, como forma de se
prevenir contra continuados desastres econômicos, como os que ora assolam o
país, que sofre com forte e dolorosa recessão econômica, e ainda se evitar
imensuráveis prejuízos à economia brasileira, em face da retração dos fatores
econômicos, contrários ao desenvolvimento do país. Acorda, Brasil!
ANTONIO
ADALMIR FERNANDES
Brasília,
em 07 de dezembro de 2015
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