sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Triste fim do Brasil?


Após o presidente da Câmara dos Deputados dar o sinal verde para o início do processo de impeachment da presidente da República, o petista antecessor dela se exprimiu para afirmar que "Eu me sinto indignado com o que estão fazendo com o país. A presidenta fazendo um esforço incomensurável para que a gente aprove os ajustes que têm que ser aprovados nesse país, pra ver se a gente consegue recuperar a economia e fazer a economia crescer, e tem muitos deputados querendo contribuir, mas o presidente da Câmara me parece que tomou a decisão de não se preocupar com o Brasil".
Ele não amenizou críticas à postura do peemedebista, tendo ressaltado que "Me parece que a prioridade dele é se preocupar com ele, quando esse país de 210 milhões de habitantes é mais importante do que qualquer um de nós individualmente".
Ao se referir sobre a possibilidade de retaliação da parte do presidente da Câmara, o petista foi ainda mais severo, ao afirmar que “Subordinar um país inteiro a uma visão corporativa, pessoal e de vingança (...). Eu quero crer que não seja verdade. Porque se isso for verdade, é muita leviandade”.
O ex-presidente petista diz que se sente "indignado com o que estão fazendo com o país", mas com sentimento da maior pureza, os brasileiros se sentem extremamente indignados com o que o PT e a sua base de sustentação fizeram e estão fazendo com o indefeso e fragilizado Brasil, que praticamente se encontra em péssimas condições de debilidade, por força das crises política, econômica e administrativa, e ainda sendo governado pelas mesmas pessoas que não foram capazes de evitar tamanha tragédia, diante da forma estapafúrdia como a nação foi degringolada, à vista da depauperação dos fatores morais, econômicos e políticos, todos visivelmente destruídos e esfacelados pela ação ou omissão do governo, que não teve competência para evitar o que fizeram de pior para o Brasil.
Como o petista sempre garante que não sabe de nada e também nada ver, seria de suma importância que ele fosse informado que a gestão petista é culpada por quebrar as estruturas e a espinha dorsal do Brasil, compreendendo a administração pública direta e indireta, por conta de suas desastradas políticas públicas, alheias às priorizações que se impõem sob os conceitos da eficiência e da competência na execução dos orçamentos públicos e, de resto, na administração do país.
Conviria que o ex-presidente soubesse que o governo petista foi incapaz de promover, por minimamente que sejam, reformas das estruturas do Estado, com vistas ao aperfeiçoamento e à modernização dos instrumentos e dos fatores da administração do país, como forma de contribuir para eliminar ou minorar os gargalos e os entraves que ajudaram a fortalecer as dificuldades da gestão pública.
O petista precisa saber que o governo foi incapaz de evitar que o país fosse tragicamente conduzido para a desgraça da recessão econômica, que tem sido motivo de martírio para os brasileiros, por conta da desindustrialização; do desemprego; da redução da renda do trabalhador; da inflação alta; dos juros altíssimos; da desconfiança dos investidores, que se mandam do país com seu capital; da drástica redução da arrecadação; da falta de investimentos público e privado; além de tantas mazelas que também estão contribuindo para muitas incertezas e desconfianças do governo, diante da efetiva demonstração de incapacidade do governo de adotar medidas capazes de reverter o quadro de dificuldades e de recolocar o país nos trilhos do progresso e do desenvolvimento.
O ex-presidente também precisa saber que o pacote de ajustes de maldades do governo, com medidas que aumentam impostos e recria a odiosa CPMF, sem se preocupar com corte profundo nas despesas públicas, somente atenua a ascendência das crises políticas e econômicas, porquanto os resultados delas servem apenas como paliativos, que sinalizam senão para o estancamento da sangria nas contas públicas, por força das gastanças irresponsáveis do governo, que não tem a menor preocupação em desrespeitar os limites impostos pelas metas fiscais, a exemplo da última medida, igualmente irresponsável do Congresso Nacional, de aprovar a extrapolação desse limite, permitindo que a presidente do país não seja responsabilizada pela inobservância das normas de administração orçamentária e financeira de que tratam as Leis de Responsabilidade Fiscal e de Diretrizes Orçamentárias, em clara demonstração de que o governo pode gastar à vontade e desmedidamente, porque depois do rombo o Congresso perdoa os abusos e os excessos, tudo em cristalina demonstração de absoluta irresponsabilidade e ainda sem o menor constrangimento em contribuírem – Executivo e Legislativo - para a elevação das dívidas públicas e a dificuldade em novos investimentos em obras indispensáveis ao desenvolvimento socioeconômico.
Os fatos mostram à saciedade que quem efetivamente foi capa de fazer muita coisa erra contra os interesses dos brasileiros e do país, principalmente com a execução de políticas e ações em completa dissonância com os princípios da eficiência e da competência, cujos resultados estão refletindo na estupidez da recessão econômica e no rombo das contas públicas, tendo como terríveis consequências maior endividamento do Estado e inexistência de investimentos em benefícios dos brasileiros.
É evidente que o impeachment não é certamente a tábua da salvação do país quanto à imediata saída das terríveis crises que dificultam a liberdade das gigantescas amarras colocadas na administração do país, mas podem contribuir para se vislumbrar mudanças capazes de suscitar possibilidades fora do atual pesadelo do imobilismo de ideias que sepultaram as metas e os planos de desenvolvimento do país, impedindo melhores condições de vida dos brasileiros.
Diante de tudo isso, o ex-presidente ainda precisa se conscientizar de que o governo petista foi capaz de levar o país para o fundo do poço, se é que ainda exista poço nesta nação, diante da possibilidade de que o pior pode ficar ainda mais piorado, principalmente se os brasileiros forem obrigados a ser comandados por governo que já perdeu o rumo da situação do país há muito tempo.
Por certo, a continuidade do governo é garantia de mais arrochos e apertos, principalmente diante da sua incompetência fartamente evidenciada nos resultados colhidos na sua gestão, que são simplesmente alarmantes e de extrema preocupação, fatos estes que conduzem à conclusão de que a presidente deveria ter a dignidade de pôr ponto final no sofrimento dos brasileiros, porque a paciência deles tem limite e ela já se esgotou há muito tempo, conforme mostram os resultados das pesquisas relacionadas com a falta de atuação da presidente brasileira, com a sua desaprovação acima de dois terços dos eleitores pesquisados, dando a entender que eles sequer acreditam na existência de governo, de tão ruim e ineficiente, à vista da péssima prestação dos serviços públicos, que integram o conjunto de precariedades representadas na gestão governamental. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 04 de dezembro de 2015

Nenhum comentário:

Postar um comentário