O programa político do PT, transmitido há poucos
dias, foi recebido com panelaços pelo país afora e acompanhado por protestos em
vários estados, em indiscutível evidência da enorme rejeição ao partido que não
consegue, nem mesmo na televisão, transmitir a verdade sobre os fatos da vida
real, à vista da descarada tentativa de descaracterização da sua realidade.
Como não poderia ser diferente, o programa foi
comandado pela estrela maior do partido, que apareceu fazendo o que mais
entende, por ter se especializado em jogar a culpa pelos erros seus do partido aos
eternos inimigos, à imprensa ou além, deixando de mencionar o que os
brasileiros gostariam que ele dissesse sobre as graves suspeitas de corrupção que
pesam contra ele, que foram omitidas, obviamente por conveniência política e
tentativa de preservação da sua imagem, que vem perdendo o lustre dia após dia.
Enquanto o panelaço rugia ruidosamente país afora,
o locutor do comercial petista classificava como "ofensas e acusações de preconceituosos" as diversas investigações
contra o ex-presidente da República petista, em especial aquelas que se referem
ao tráfico de influência internacional, ao tríplex e ao sítio em nome de sócios
de um dos filhos do ex-presidente e sobre as medidas provisórias que
beneficiaram o setor automotivo, aprovadas, conforme o Ministério Público, com
pagamento de propina.
O locutor disse que "Os que hoje tentam manchar sua história (do ex-presidente) são os mesmos de ontem. Os preconceituosos
que nunca aceitaram suas ideias e suas origens. Mas não vão conseguir. As
ofensas, as acusações, a privacidade invadida. Tudo isso passa, Lula",
dando a entender que o petista não passa de eterno injustiçado, que sequer deveria
ser investigado, por se julgar acima de tudo e das leis do país, como se aqui
fosse a República das bananas, em que a pessoa endeusada estar acima de
qualquer suspeita, mesmo que os fatos mostrem realidade bastante dura contra
ele.
Por seu turno, com pose de vítima, o ex-presidente
apareceu no programa afirmando que "De
um tempo para cá, parece que virou moda falar mal do Brasil. As pessoas que
ficam falando em crise, crise, crise, repetem isso todo santo dia e ficam
minando a confiança no Brasil. É verdade que erramos, mas acertamos muito mais",
dando a entender que ele está no país das maravilhas e não no Brasil, sem crise
de espécie alguma, embora a presidente de seu partido se encontra no olho do
furacão da pior turbulência causada por ela mesma, com suas desastradas políticas
públicas que colocaram o país à beira do gigantesco abismo que representa
exatamente o fim de governo completamente incompetente, omisso e ineficiente,
sendo responsável por causar enormes prejuízos aos interesses dos brasileiros.
O ex-presidente ainda alegou, de forma demagógica,
que há "gente que não gosta de
dividir a poltrona do avião" e que prevalece a falta de credibilidade
do governo para recuperar a economia, cujas argumentações não passam de estupenda
irresponsabilidade, por haver, nesse desabafo, magistral desprezo sobre os
seguidos e ruidosos rebaixamentos da nota de crédito do país, com a retirada do
conceito de bom pagador, por agências de classificação de risco, além das
previsões cada vez mais assustadoras, por que bastante pessimistas, do Banco
Central para o país, que tem a economia destroçada graças à incompetência e à
má gestão do governo petista, que ainda faz ouvidos moucos para os apelos da
sociedade por urgentes reformas e reestruturação dos mecanismos
administrativos, que são obsoletos e ultrapassados.
De forma inexplicável, o programa petista também
recuperou os argumentos já desgastados durante a última campanha eleitoral, com
citação, de forma patética, sobre a crise econômica mundial de 2008, dando a
entender que ele somente teria afetado o Brasil, mas isso é mais uma vã tentativa
de justificar a fragilidade do desempenho da economia brasileira, que se
encontra aos frangalhos.
O certo é que o programa petista se esforçou ao
máximo para tentar dizer que seus erros não foram causados por culpa de seus
integrantes, mas sim por ação daqueles que não se conformam com sua ascensão ao
poder, ou seja, o PT é totalmente incapaz de reconhecer seus próprios erros,
como se os bestas dos brasileiros fossem um bando de imbecis que não soubessem
distinguir o certo do errado e que não tivessem condições de enxergar a realidade
sobre os fatos do cotidiano.
É evidente que os estrondosos panelaços durante os
pronunciamentos de petistas deixaram muito claro que as mentiras se repetiram
em desculpas esfarrapadas que os brasileiros já não mais acreditam nas
argumentações destituídas de conteúdo, conforme mostra a falta de paciência
para se ouvir programa político que não oferece o mínimo de aproveitamento,
justamente porque as afirmações são forçadas ou antigas e não condizem com a
verdade sobre os fatos.
O programa do PT é inequívoca demonstração de perda
de tempo, por se colocar no ar algo totalmente inútil, diante da falta de
conteúdo e de verdade sobre os fatos da atualidade, principalmente no que diz
respeito à degeneração dos princípios da ética e da moralidade, que o partido
os ignora por conveniência político-partidária, notadamente aqueles pertinentes
aos escândalos do mensalão e do petrolão, que representam tudo de ruim inerente
ao partido, que foi capaz de protagonizar os mais graves escândalos de
corrupção da história brasileira recente.
Não à toa que o PT vem sendo contestado e repudiado pelos
brasileiros, com pleno senso de justiça, diante de seu trágico e nefasto legado
de indiscutível destruição dos princípios da administração, ética, moralidade e
verdade, que são conceitos fundamentais à construção das nações evoluídas
democraticamente. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 30 de março de 2016
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