Conforme
notícia publicada na imprensa do país, o presidente da Bolívia, a propósito da grave
crise do Brasil, principalmente política, solicitou ao presidente da Unasul,
organismo que reúne países da América do Sul e do Caribe, a convocação de
reunião de cúpula de emergência no Brasil, para defender a presidente
brasileira e seu antecessor, que estão passando por monumentais dificuldades
políticas.
Aquele
presidente entende que alguns presidentes da América do Sul devem defender a
democracia no Brasil, a presidente petista, a paz, o companheiro ex-presidente
e todos os trabalhadores, como forma de expressão da solidariedade deles e de
se evitar qualquer golpe do Congresso Nacional ou do Poder Judiciário.
O mencionado mandatário se mostra
grande aliado da presidente brasileira e do antecessor dela, sendo que o
petista já foi chamado de irmão mais velho dele. O boliviano afirmou que a
direita brasileira quer tomar o poder por meio de golpe e frustrar eventual
pretensão do petista de concorrer novamente à Presidência da República.
Outros
países, como Uruguai, Venezuela e Equador, todos comandados por socialistas e
antidemocráticos, mostraram apoio à presidente brasileira, enquanto o
colombiano secretário-geral da Unasul expressou solidariedade ao petista e
afirmou que ele é vítima de "linchamento
midiático", dando a entender apenas a importância, no sentido de
repúdio por parte dos fanáticos pelos petistas, das “maléficas” notícias sobre
os fatos denunciados contra o ex-presidente, que não foram mencionados,
justamente para mostrar que vem sendo injustiçado, quando o colombiano deveria
recriminar os horripilantes fatos denunciados, que precisam ser devidamente
investigados, por conterem, em princípio, suspeitas de irregularidades contra a
administração pública e a dignidade de homens públicos, que estão se esquivando
da revelação da verdade.
Por
seu turno, o presidente do Equador classificou a impressa de corrupta, pasmem,
apenas por publicar, em cumprimento do seu relevante papel de informar, os
fatos do cotidiano, inclusive conversas privadas, sem que ele se atrevesse a
condenar os cabeludos casos de corrupção vindos à tona, que estão sendo
investigados pela Operação Lava-Jato, objeto do escândalo do petróleo, como se
isso não justificasse a adoção das medidas com vistas à moralização do país
tupiniquim.
Na
mesma linha seguida pelos outros mandatários Sul-Americanos, o presidente do
Uruguai manifestou "seu total
respaldo à presidente Dilma Rousseff", tendo afirmado que, "Fiel defensor do princípio de não
intervenção nos assuntos internos de outros Estados, mas ao mesmo tempo
respeitoso do Estado de Direito e dos valores democráticos, o Uruguai confia
que as diferenças internas existentes no Brasil serão resolvidas no marco do
regime democrático".
Já
a Argentina, que ainda não faz parte do bloco do socialista do século XXI,
apenas disse que "As instituições
têm que resolver os problemas através dos canais institucionais. (Dilma) Rousseff foi eleita por um mecanismo
democrático e só um mecanismo democrático, institucional, pode mudar isso.
Olhamos com preocupação o que está acontecendo no Brasil. O Brasil é um
parceiro estratégico, olhamos com interesse o que está acontecendo, mas com
respeito porque é um processo que eles que tem que definir.".
Causa
perplexidade que os mandatários socialistas, alguns dos quais meros tiranos e
oportunistas, por pretenderem se perpetuares no poder, qualquer custo,
classifiquem de golpe mediático e judicial, como o fez o presidente
venezuelano, que afirmou que "Há um
golpe de estado midiático e judicial contra a presidente Dilma Rousseff e
contra Lula da Silva, líder do Brasil e da nossa América", sem se ater
aos fatos atribuídos, como os que são atribuídos à autoria deles, por ação ou
omissão, da atual presidente brasileira e do seu antecessor, que estão sendo
investigados ou que se caracterizaram irregulares, a exemplo das pedaladas
fiscais, que infringiram normais de Direito Financeiro e Orçamentário, com sede
na Constituição Federal, e as obscuras reformas em imóveis relacionados ao
usufruto do ex-presidente.
Infelizmente, a desinformação sobre a realidade dos
fatos tem contribuído para afetar e confundir, de maneira muito grave, não
somente grande maioria dos brasileiros, que ainda está apoiando a presidente
petista, que sabe e tem convicção que não tem mínimas condições de governar o
país, tanto que luta com indiscutível desespero para contar com a ajuda de seu
antecessor, mas os governos socialistas, diante de suas tiranias absolutistas,
por tentarem apodrecer no poder, preferem ignorar os casos de corrupção sistêmica
que tiveram origem no governo, a exemplo do mensalão e petróleo, bem assim também
não admitirem que os fatos sejam devidamente investigados, passando a inventar,
de forma ridícula, essa inverossímil história de golpe, fazendo com que a mentira
seja repetida por vezes, para, enfim, virar verdade absoluta, na versão dos aloprados
comunistas.
Na
ardorosa defesa da mandatária brasileira, os presidentes socialistas não fazem
sequer menção aos seríssimos casos de corrupção que mancharam a reputação da
presidente tupiniquim e do seu antecessor, uma vez que cada nova delação enterra
na lama podre o legado do petismo, fazendo com que os brasileiros honrados e
realmente trabalhadores se sintam cada vez mais ultrajados e indignados com a
sujeira ética e moral que não tem limites.
Na
verdade, não somente os presidentes socialistas, mas todos os interessados de
boa vontade precisam saber que a direita brasileira não pretende tomar o poder
mediante golpe e muito menos frustrar o retorno do ex-presidente ao Palácio do
Planalto, porque o que se anseia e isso é muito claro e objetivo é que os fatos
de corrupção protagonizados nos seios do governo e do PT, como mostram os fatos
vindos à tona aos borbulhões, sejam devidamente investigados e esclarecidos pela
competente e eficiente Operação Lava-Jato, a exemplo das importantíssimas
descobertas de clamorosos esquemas de desvios de recursos da Petrobras, por
meio de contratos com preços superfaturados, para alimentar os cofres de
partidos políticos, como o PT, PMDB e PP, além do beneficiamento a políticos e ex-diretores
da estatal, além de outras graves irregularidades que conseguiram quebrar a
mais importante empresa estatal brasileira.
A grosso modo, também se percebe a manifestação de extremo
desespero de pessoas lideradas e organizadas por movimentos sociais, sindicais,
entidades de classes e partidos políticos, em especial o PT, PCdoB e PCO, muito
mais em defesa das conquistas financeiras
extratrabalhistas, a exemplo das bolsas e dos repasses às entidades sociais,
como o MST, a UNE etc., mantidos de forma até injustificável pelos
contribuintes – ante a possibilidade da destinação desses recursos para outras
prioridades sociais relevantes -, cujos programas são transformados em
benefícios de bondade pelo “esforço” do governo, que tira proveito da situação
para mostrar falsa e inexistente popularidade, que não condiz exatamente com
realidade socioeconômica.
Trata-se sim de situação exclusivamente de
dependência de repasses de recursos para as entidades e movimentos sociais
interessados na manutenção do status quo,
que, para eles, não pode e nem deve ser mudado, sob terrível medo da perda dos
benefícios e das facilidades garantidas às duras penas pelo governo petista,
que tem como prioridade tão somente programas sociais, que são importantes, mas
as ações e políticas governamentais não deveriam ser restringidas, em termos de
prioridade, somente neles, por haver nisso cristalino detrimento das demais políticas
de governo, com vistas ao desenvolvimento do país, principalmente com destaque
para a execução das políticas macroeconômicas, que são fundamentais para o
progresso do país, mas elas foram abandonadas por falta de medidas compatíveis com
o seu alavancamento e a sua reestruturação como instrumentos capazes de
contribuir para a retomada do desenvolvimento.
Os
brasileiros precisam se conscientizar, atentos ao seu dever patriótico, que os
presidentes da América do Sul aproveitam a crise política brasileira para mostrar,
a seu modo, o mesmo pensamento de imaturidade política prevalecente nos seus
países, ao se posicionarem, com rara exceção, a favor da mandatária brasileira
e do ex-presidente do país, destituídos da indispensável inteligência que devem
eles possuir, como principais representantes de países estrangeiros, no sentido
de se colocarem à disposição do Brasil tão somente em termos absolutamente
diplomáticos, uma vez que eles devem ter respeito ao protocolo de acatamento
aos princípios de autonomia e independência das nações e de não intervenção nas
suas relações de Estado e muito menos nos problemas internos de outros países. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 21 de março de 2016
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