A
oposição venezuelana anunciou que convocará referendo revogatório e promoverá
emenda constitucional para tirar do poder o presidente daquele país, a par de
fazer grande mobilização para pressionar a renúncia do chefe de Estado.
Importante
membro da oposição disse que "A Mesa
da Unidade Democrática (MUD) tomou a decisão unânime de convocar o povo da
Venezuela a formar o maior movimento de pressão popular que já existiu para
ativar todos os mecanismos de mudança".
Ele
disse também que o Parlamento, de maioria opositora pela primeira vez em 17
anos de hegemonia chavista, planeja aprovar emenda constitucional, tendo por
base o voto dos venezuelanos, ou seja, a vontade popular, para dar legitimidade
à redução do mandato presidencial e conseguir eleições este ano.
Em
convergência com o afastamento do presidente, o oposicionista ponderou sobre a
necessidade de se "iniciar o
processo de referendo revogatório", que pode ser ativado, porquanto o
presidente, eleito em abril de 2016 para período de seis anos, cumpre, dentro
de menos de mês, a metade de seu mandato.
Com
a finalidade de cumprir a estratégia aprovada pela oposição, foi convocada
"ampla mobilização popular e
pacífica" para a consecução da imediata renúncia do presidente do país
e também apoiar as vias legais que paralelamente antecipem as medidas do Parlamento.
O
oposicionista disse que a unidade do povo é o caminho para a união de
mecanismos apropriados, como forma de junção de estratégias de luta contra o
desgoverno daquele país.
Não
obstante aos esforços da oposição, analistas constitucionalistas entendem, a
título de advertência, que os mecanismos imaginados para agilizar a saída do
presidente terão que passar pelo filtro do Tribunal Supremo de Justiça, acusado
pela oposição de ser órgão subordinado ao governo e que há uma semana reduziu
drasticamente os poderes do Legislativo, como forma de fragilizá-lo e tirar
suas forças contra a tirania bolivariana.
O
oposicionista disse que "O governo
trancou o jogo e aprofundou o desastre econômico (...) Já não aguentamos. Somos vítimas da pior crise da história do país. Nada
funciona. Por isso, a Venezuela assumiu o caminho da mudança". Ele
concluiu seu pensamento, declarando-se convicto de que, com esta estratégia
múltipla, serão conseguidos avanços em seus objetivos.
Não
é de agora que a principal estratégia adotada pelo comunismo é tentar
demonstrar que seus governantes sempre defendem a democracia, como forma de
reafirmação da disseminação da popularidade em primeiro plano, sob a estrutura
de socialização, que, em muitos casos, tem o nome de bolivarianismo, mas a
tacanha fundamentação desse famigerado regime despreza, por completo, um dos
pilares da importante democracia, que se traduz exatamente na rotatividade do
poder.
Nos
países que implantaram o socialismo, não existe outro pensamento ideológico
senão a perenidade no poder, a qualquer custo e sob os piores argumentos,
porquanto os esquerdopatas tentam de todas as formas corromper as instituições
e ludibriar a população com insinuações absurdas de que só há futuro para o
país se eles permanecerem no poder, mesmo que as estruturas das instituições
estejam depauperadas e fragilizadas, como é o caso específico da Venezuela, onde
há falta de tudo e maneira generalizada para a população, desde gêneros de
primeira necessidade até remédios, fazendo com que o país se encontre
mergulhado, em especial, em verdadeiro caos humanitário.
Em
que pese a visível desgraça que se apoderou da administração bolivariana, o
governo ainda tenta se sustentar e se apoiar na figura do líder e "herói"
carismático do fundador do chavismo, que foi a figura de extrema maldade para
os interesses dos chamados "fracos e oprimidos", uma vez que as ações
centradas nos princípios instituídos por ele conduziram o país à falência e à degeneração,
em especial quanto às políticas econômicas, que se consumem nas graves crises
comandadas pela fortíssima inflação de mais de 180% a.a., cujos efeitos são
destruidores e dramáticos para a população, que foi submetida aos horrores da
violência, da miséria e da incerteza sobre o futuro sob o comando de governo
sem rumo e completamente perdido, em termos administrativos.
Não há dúvida de que, diante de comprovado grave
dano aos interesses da nação, obviamente da população, não somente na
Venezuela, mas em todos os países deveriam existir mecanismo, disposição
jurídica prevendo, por meios legais e
constitucionais, como o referendo pretendido na naquele país, o imediato afastamento
do principal causador da desgraça ao povo, que não merece e não pode, por
questão de bom senso e razoabilidade, continuar sendo prejudicado pela
incompetência, insensibilidade e insensatez da insistência da permanência no
comando da nação, quando isso somente contribui para agravar cada vez mais as gravíssimas
dificuldades administrativas e demonstrar a extrema falta de amor e zelo para
com o interesse da população e do país. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 25 de março de 2016
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