O
Ministério Público de São Paulo denunciou à Justiça o ex-presidente da
República petista, por crimes de estelionato, falsidade ideológica, organização
criminosa e lavagem de dinheiro, somente no que diz respeito à aquisição do já
famoso tríplex, embora ele venha negando, de forma peremptória, tanto não ser o
dono desse imóvel como a prática de qualquer ato indevido.
Caso a denúncia seja aceita pela
Justiça, o ex-presidente passa a ser réu na ação penal, que segue sob segredo
de justiça, sendo obrigado a carregar sobre seus ombros pesado fardo quanto ao desgaste da
imagem do principal político brasileiro da atualidade, que ganhou notoriedade
internacional por suas políticas de distribuição de renda, embora elas tivessem
viés visivelmente populista e eleitoreiro, com o propósito de absoluta
dominação e de perenidade no poder, conquanto seus planos, agora, estejam à beira
do abismo, por estarem atrelados à lastimável governança petista, que conseguiu destruir completamente as estruturas do Estado brasileiro e levar a economia ao
destroço, com direito às inevitáveis retração e subdesenvolvimento econômicos.
A
denúncia em referência abrange outras 15 pessoas, com a inclusão, também por
crimes de falsidade ideológica e lavagem de dinheiro, da ex-primeira-dama
brasileira e do filho mais velho do casal presidencial, que seriam
beneficiários do tríplex.
A
investigação que resultou na denúncia em apreço está relacionada com os
empreendimentos da Bancoop – cooperativa habitacional dos bancários –, que
foram transferidos, por obra e graça da amizade do ex-presidente, para a OAS,
empresa investigada na Operação Lava-Jato, pela prática de desvio de recursos
da Petrobras.
Como
não poderia ser diferente, o Instituto Lula negou as acusações, dizendo que “Não há nenhuma novidade na denúncia do
Ministério Público de São Paulo, que já havia sido anunciada na revista 'Veja',
em 22 de janeiro de 2016, pelo promotor Cássio Conserino, que não é o promotor
natural do caso e pré-julgou antes de ouvir o ex-presidente, mostrando que é
parcial. O ex-presidente Lula não é
proprietário nem de tríplex no Guarujá nem de sítio em Atibaia, e não cometeu
nenhuma ilegalidade. Ele apresentou sua defesa e documentos que provam isso ao promotor
Cássio Conserino. Essa denúncia só reforça a necessidade do Supremo Tribunal
Federal de avaliar ação dos advogados do ex-presidente sobre a competência da
investigação feita em duplicidade pelo Ministério Público Federal e pelo
Ministério Público de São Paulo”.
Por
seu turno, o advogado do ex-presidente disse que a denúncia foi "antecipada" pelo promotor em
entrevista à Veja "antes, portanto, da conclusão do
procedimento investigatório. Hoje,
Conserino apenas formalizou o resultado, deixando claro que a apuração não foi
isenta, decorrendo tão somente da parcialidade e da intenção deliberada de
macular a imagem de Lula, imputando crime a pessoa que o promotor sabe ser
inocente. Conserino transformou duas
visitas a um apartamento no Guarujá em ocultação de patrimônio. A família do
ex-presidente Lula nunca escondeu que detinha uma cota-parte de um
empreendimento da Bancoop, tendo solicitado o resgate desta cota no final de
2015".
Embora
os elementos disponíveis sejam insuficientes para a formação de juízo sobre a
materialização dos crimes imputados ao petista, o fato da denúncia é da maior
gravidade, por contribuir para piorar sobremaneira o já conturbado clima
político brasileiro, porquanto agora já existe denúncia formal contra o
principal líder tupiniquim, que se esforça ao extremo para transparecer que é realmente
o homem público mais honesto do país, enquanto se intensificam as suspeitas
sobre atos irregulares atribuídos a ele, em verdadeiro contraste que não condiz
exatamente com os princípios da dignidade e da honestidade ínsitos dos
políticos de boa cepa.
Em
princípio, o resultado dos fatos investigados aponta que há o cometimento de
diversos crimes por parte do ex-presidente e a denúncia mostra que ele não está
acima da lei e que a lei deve ser aplicada sobre os brasileiros, de forma
indistinta, não importando a relevância da pessoa envolvida, mas sim a
representatividade dos fatos em relação aos interesses nacionais, sob a forma
persistente de revelação da verdade e da imperiosa necessidade da limpeza das
sujeiras que foram disseminadas grosso modo no governo petista.
Os
brasileiros precisam defender, com muito ardor, os trabalhos desempenhados com
o fito do levantamento da verdade sobre fatos escabrosos que estão denegrindo,
com muito prejuízo, a moralidade de atos praticados por homens públicos que se
esforçam em vão para mostrar a sua honestidade, mas eles apenas conseguem se
distanciar do seu principal núcleo, que é exatamente a apresentação dos
elementos e das provas materiais que afirmem as suas convicções em contraposição
às denúncias oferecidas por procuradores, que naturalmente jamais seriam
capazes de levar o petista à Justiça sem que não tivessem plena certeza quanto
aos fatos realmente delituosos, à vista das repercussões devastadoras que isso
resulta aos ambiciosos planos políticos do petista.
Urge
que os fatos suspeitos de irregularidades possam ser investigados, com
abrangência e profundidade, cujos resultados sejam capazes de mostrar a
responsabilidade ou a inculpabilidade dos envolvidos, de modo que possam ser
valorizados os princípios da dignidade, moralidade, legalidade e probidade, em
harmonia com a evolução da humanidade, que sempre exige estrita reverência ao
consagrado conceito de transparência. Acorda,
Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 14 de março de 2016
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