Conforme pesquisa Datafolha divulgada recentemente no
jornal Folha de S.Paulo, o governo da
presidente da República foi avaliado como 64% para ruim/péssimo, 25% regular e
11% ótimo/bom, indicando que a situação administrativa do país é lastimável,
por desagradar a quase dois terços dos entrevistados, que, em estatística das pesquisas,
convencionou-se seja a situação que representa o pensamento dos brasileiros.
Na anterior pesquisa realizada, em dezembro último,
o governo havia recebido a aprovação de 12%, que consideravam sua gestão ótima
ou boa, mantendo-se agora quase no mesmo patamar.
Os entrevistados responderam 60% favoráveis e 33%
desfavoráveis ao processo de impeachment contra a presidente, em cristalina demonstração
de que a insatisfação contra o governo é superior à maioria dos brasileiros,
que não suportam mais tanta desgraça pela falta de governança do país, uma vez
que a incompetência e a ineficiência já conseguiram ultrapassar os limites da
tolerância e do razoável.
A pesquisa também indica que 58% dos ouvidos disseram que a
presidente deveria renunciar ao cargo e 37% discordam dessa medida, o que
indica concordância com o imediato afastamento da petista da Presidência.
Para 80% dos entrevistados, a economia teve piora
de desempenho, 5% acham que houve melhora, o que indica que a visão dos
brasileiros sobre a execução das políticas é bastante preocupante, diante dos
resultados sempre negativos e prejudiciais aos interesses da população, como
inflação alta - com os preços corroendo os salários -, desemprego,
desindustrialização, juros nas alturas, falta de investimentos e degeneração
crônica dos serviços públicos prestados ao povo, que cada vez mais é
prejudicado pelo fracasso econômico, que tem retrocesso sobre retrocesso, por
força da forte recessão.
Os
resultados sobre a avaliação do desempenho da presidente do país, mostrando
percentuais bem sofríveis e péssimos, evidenciam o quanto a administração
pública está padecendo da acefalia e da incompetência, sem governo, sem
comando, permitindo que o país seja comparável com uma nave absolutamente à
deriva, que pode afundar a qualquer instante, diante da plena instabilidade de
suas estruturas, que ainda resiste bravamente por um triz, mas pode naufragar a
qualquer momento.
As
avaliações sobre a atuação da presidente, com percentuais muito abaixo da
crítica, revelam a extrema insensibilidade e insensatez dos brasileiros, que nada
fazem de efetivo para mudar essa desastrada situação de penúria administrativa,
em que o país se afunda cada vez mais no profundo abismo, com a perspectiva de
inevitável piora, mas a presidente continua firme e resistindo aos apelos sobre
mudanças desse terrível quadro, em que não há menor esperança de que a
bancarrota tenha fim, uma vez que ela já deu cabal demonstração de completas
incompetência e incapacidade para vislumbrar medidas capazes de solucionar as
piores crises conjunturais já instaladas no governo e no país.
À
toda evidência, se a dramática situação de penúria e desmantelo que grassa no
Brasil fosse em um país com o mínimo de seriedade e de desenvolvimento
democrático, o próprio presidente já teria tido a sensatez e a dignidade de
entregar o cargo, sob o argumento de que a sua continuidade nele é indiscutível
indicativo de potencialização e consolidação das dificuldades criadas por ele e
que o seu esforço não foi capaz de sequer minimizá-las, por falta de condições
gerenciais e administrativas.
É
evidente que a situação lastimável de desgoverno deve ser atribuída à parcela
expressiva de brasileiros, que, apesar de ter sido devidamente alertada sob o
perigo que o país corria sob o comando da presidente, que não tinha condições
para administrar país com as potencialidades do Brasil, ante as comprovadas
ineficiência e incompetência impregnadas na sua primeira gestão, quando o seu
péssimo desempenho já causara enormes rombos nas contas públicas, com as
seguidas inobservâncias dos limites das metas fiscais de que tratam as Leis de
Responsabilidade Fiscal e de Diretrizes Orçamentárias, que teriam como
caracterização o crime de responsabilidade fiscal caso o Congresso Nacional não
as abonasse, por permitir que os citados limites fossem colocados a salvo, como
se nada tivesse acontecido de tão grave.
Diante
da situação de calamidade administrativa do país, os brasileiros precisam se
conscientizar, com urgência, sobre o verdadeiro estado de degeneração das
estruturas institucionais, que exigem, para a sua recuperação, a adoção de
medidas no sentido de mudanças radicais na administração do Brasil, de modo que
sejam evitados maiores transtornos para a população, que tem o dever cívico e
patriótico de responder por sua omissão e complacência com a bandalheira que se
transformou o estado brasileiro, sob o comando de governo e partido sem
compromisso senão com o seu único projeto megalomaníaco de absoluta dominação e
de perenidade no poder, em indiscutível detrimento das verdadeiras causas nacionais. Acorda,
Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 14 de março de 2016
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