O
ex-chefe de gabinete do ex-presidente da República petista, ignorando por
completo a cruel realidade dos fatos, disse que setores da Polícia Federal e do
Ministério Público Federal estão imbuídos do sentimento de antipetismo
congênito e que estar em curso no país uma espécie de fascismo, obviamente por
parte daqueles que repudiam os malfeitos do PT e são contrários ao seu
idealismo de destruição do patrimônio dos brasileiros e dos princípios da
moralidade e da dignidade, ou seja, aqueles que não comungam na mesma maléfica cartilha
que inspirou a destruição das estruturas do Brasil.
O
petista demonstrou irracionalidade e falta de civilidade quando, de forma desequilibrada,
deixou muito clara a ameaça de caos para o país caso o ex-presidente venha a
ser preso, dando a entender que o todo-poderoso goza do supremo direito da
imunidade e da impunidade e está acima de todos, da Polícia Federal, do
Ministério Público Federal, da Justiça Federal, não estando obrigado ao império
da lei.
O
seu raciocínio foi por demais explícito sobre a possibilidade de o petista-mor
vir a ser preso, tendo afirmado, de forma peremptória, que “Eu não quero falar nessa hipótese, espero
sinceramente que não aconteça. Eu só espero que eles não brinquem com fogo. A
tese que eles desenvolveram é a tese de que o Lula é uma estátua de gelo, que
basta você encostar perto do fogo que ela vai derreter. Essa foi a tese que
eles seguiram, na expressão de um cara deles, que eu fiquei sabendo. Então,
eles tentaram desmoralizar o Lula primeiro isolando-o da massa para depois
chegar nele. Na sexta, ficou evidente que isso não é tão simples assim.”.
O
petista não foi muito claro com a expressão “brincar com fogo”, que pode até
ser interpretada como a possibilidade de os petistas fanatizados e
inconsequentes puderem incendiar o país se o ex-presidente for preso, em submissão aos ditames da lei e da Carta Magna,
que tem por primado o princípio segundo o qual todos são iguais perante a lei,
em condições de direitos e obrigações, que os petistas entendem que esse
conceito fundamental não se aplica a
eles, por serem pessoas excepcionais e privilegiadas, como o ex-presidente e
políticos importantes do PT, que não podem ser investigadas nem presas, por usufruírem
recriminável privilégio da impunidade e da presunção de mácula, com o que, no
seu pensamento não existe essa de investigação para se aquilatar a verdade real
sobre fatos suspeitos de irregularidades.
Em
clara demonstração de irresponsabilidade, o petista nem precisa se esforçar para
tentar ameaçar os brasileiros honrados, ao dizer que teme sobre a possibilidade
de conflitos, por ocasião das manifestações do próximo dia 13, diante do
momento de radicalização que vive o país, deixando patente seu pobre esforço de
amedrontamento da população.
A
história registra que as manifestações políticas do país, em prol do
impeachment da presidente petista, sempre ocorreram de forma pacífica e
ordeira, exatamente em razão da ausência de petistas, que normalmente incitam à
baderna e ao conflito.
Ele disse que tudo “Vai
depender, a meu juízo, do comportamento da Polícia Federal, do Ministério Público
e do Judiciário. Se houver um reequilíbrio e ficar claro que a Lava Jato busca
combater a corrupção, não o Lula, acho que a sociedade vai compreender. Mas, se
continuar tão explicitamente como foi demonstrado na sexta e em outras
ocasiões, esse direcionamento persecutório de uma força política de um líder,
como é o caso do Lula, aí eu temo muito por um processo que nos leve ao que
acontece na Venezuela, porque você vai levando ao processo de justiçamento, de
justiça com as próprias mãos, e haverá um ódio progressivo. Não foi nada bom o
que ocorreu na sexta, as manifestações à tarde. Estou convencido de que pode
ocorrer no dia 13, mas temos que ter maturidade de não insuflar ou estimular
esse tipo de manifestação. Temos de buscar o contrário, buscar o entendimento e
a paz.”.
Não
há dúvida de que a postura do petista é indiscutivelmente de incitar o
conflito, em demonstração de descontentamento e desconforto diante da tentativa
de se passar o país a limpo, com a varredura promovida por meia das
investigações da Operação Lato-Jato, que conseguiram levar o cacique-mor do PT
para o olho do furacão, fazendo com que as entranhas do câncer da corrupção
sistêmica e endêmica sejam expostas à realidade, como forma persecutória da
moralização e da limpeza ética da administração do país.
Conforme
mostram os fatos, é induvidoso que o PT arrebanhou para dentro dele tudo de
pior que se pode imaginar de contrário aos princípios ético e moral, fazendo
com que suas estruturas se diluíssem em desmoralização e indignidade,
principalmente quando o maior líder, que se diz o mais puro, o mais honesto de
todos, se vê em apuros para explicar o que ele deixar antever se tratar do
inexplicável, tanto que acusa tudo e todos, mas foge dos esclarecimentos sobre
os fatos objeto das investigações contra ele.
É
muito estranho que partido que implantou linha dura contra seus oponentes,
demonizou, destruiu e arrebentou seus adversários, sem propiciar a mínima
oportunidade de defesa a ninguém, vem agora ameaçar os brasileiros com
derramamento de sangue nas ruas, diante da submissão do partido e do
ex-presidente ao primado da lei, dando o ensejo de se presumir que é terrível o
estado de desespero dos petistas, quando, diante das graves crises criadas e
alimentadas por eles, conviria que houvesse motivo para o reconhecimento das falhas
que levaram o país à completa desgraça, aceitando a admissão da culpa e
garantindo empenho para solucioná-las, com inspiração nos países civilizados e
desenvolvidos democraticamente.
No Estado Democrático de Direito, que somente existe
nos países sérios e civilizados, prevalece o saudável princípio da
transparência, que diz exatamente com a verdade sobre os fatos, que somente é
possível se houver disposição para as investigações pertinentes, em estrita
observância ao ordenamento jurídico.
No caso específico das suspeitas de corrupção por
parte do ex-presidente da República petista, há visível demonstração de se
impedir que a verdade seja revelada, diante da extrema reação contrária às
apurações, que poderiam ser facilitadas caso o petista se dignasse a aceitar a
realidade como ela é, permitindo que as informações sobre os fatos sejam
disponibilizadas aos exames pertinentes, ao invés de promover a retirada ou
"limpeza" de equipamentos e documentos, como houve por ocasião da
busca realizada pela Polícia Federal, quando o Instituto Lula foi previamente
esvaziado, impedindo que os fatos possam ser revelados.
Diante das dificuldades criadas para as
investigações pertinentes, como evidenciadas no caso em comento, é imperiosa a
ilação mais realista imaginável sobre possíveis acobertamentos de
irregularidades, à vista da constatação do impedimento ao normal acesso aos
elementos resultantes de suas operações, que precisam passar pelo crivo das
autoridades fiscais sobre a sua legitimidade, que somente será possível com a
disponibilização dos equipamentos, como computadores, e documentos próprios de
suas atividades.
Na verdade, é patente o desespero dos petistas
diante das investigações, que se manifesta, de forma visível, à vista da enorme
dificuldade para assumir a responsabilidade por tantos e graves erros na
administração do país, principalmente pela insistente tentativa de transferir a
culpa de seus insucessos para o colo de quem não tem nada com o poder de agir
em nome dos brasileiros.
A desastrada execução das políticas econômicas, na
opinião da mandatária do país, tem a oposição com expressiva parcela de culpa,
que fica dificultando as ações do governo, sob a alegação de ter perdido a
eleição e não se conformar com a derrota, dando a entender que as mazelas que
contribuíram para o fracasso da gestão pública tem contribuição de culpa da
oposição, como se a ineficiência, incompetência e inépcia notórias e explícitas
não tivessem o sinete e a marca indeléveis do petismo, que administra o Brasil
como se ele fosse de sua exclusiva propriedade, embora os fracassos não lhe dizem
respeito.
É lastimável que ex-presidente do país não tenha
sensibilidade para entender que, em uma nação civilizada e séria, não pode
haver senão expediente que contribua somente para a construção da dignidade,
nobreza e verdade, não sendo nada edificante que demandas sejam encaminhadas e
vencidas na base do grito, da prepotência e da ignorância, simplesmente para o
atendimento de interesses e conveniências da classe dominante e de partidos
políticos, em clara demonstração do péssimo nível por parte de quem defende a
manutenção do status quo da pior
qualidade que se consolida justamente com a omissão da verdade e da
transparência, que não subsiste nos países desenvolvidos democraticamente.
Acorda, Brasil!!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 08 de março de 2016
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