quinta-feira, 24 de março de 2016

Renúncia ao cargo


O jornal britânico The Guardian afirmou que, se a presidente da República brasileira não conseguir superar as graves crises no país, ela deveria convocar novas eleições ou renunciar ao cargo.
Em editorial publicado na edição do último domingo, o jornal diz que “uma das preocupações óbvias é que esses protestos, se não controlados, podem resultar em violência generalizada com risco de intervenção militar”.
O editorial afirma ainda que a democracia brasileira é “jovem e as raízes podem não ser robustas o suficiente para enfrentar um quadro de completo fracasso político e emergência econômica”.
O texto diz que o Brasil é o mais novo exemplo da reversão da “guinada à esquerda” na América Latina.
O jornal britânico afirma que o governo da Venezuela está “de joelhos”, diante das enormes dificuldades econômicas, e “Como o Brasil mostra, líderes da esquerda cometeram muitos erros. Mas não é a ideologia que é rejeitada – é a sua incompetência e ilegalidade.”.
Diferentemente de outras publicações europeias, como The Economist e Financial Times, que têm linha editorial tida como mais conservadora e inclinada à direita, o The Guardian é considerado o principal jornal inclinado à esquerda no Reino Unido.
Assiste inteira razão ao jornal britânico, quando defende, com absolutas propriedades e convicção, a imediata renúncia da petista ao cargo presidencial, à vista do gravíssimo e irreversível estado de calamidade social, política, econômica e administrativa que grassa no país, que foi potencializado ao grau de extrema delicadeza de da fragilização das instituições do Estado, que foram debilitadas e enfraquecidas graças às desastradas e precárias políticas governamentais, que apresentam terríveis dificuldades para reagir à notória decadência administrativa, em razão das visíveis inapetência e incapacidade gerenciais para a adoção de medidas capazes de qualificação das políticas públicas, que foram ou são executadas sem prioridades para absolutamente nada, conforme mostram os fatos e os resultados produzidos pela administração do país.
A deterioração dos princípios macroeconômicos é a marca registrada do governo, que vem contribuindo, de forma preponderante, para que a recessão imperasse tranquilamente e tivesse efeito arrasador e monstruoso sobre o emprego, a produção, o consumo, o crédito etc., com imensuráveis reflexos negativos sobre os indicadores econômicos, fato que afetou diretamente a mola mestra do desenvolvimento econômico, qual seja, o setor produtivo, que teve seu parque industrial desmobilizado e desestruturado, com preponderante contribuição para o travamento da produção e o retrocesso econômico, que se apresenta sem as mínimas condições para reação e retomada da normalidade dos investimentos e do crescimento econômico.
A situação brasileira é indiscutivelmente crítica, caótica e desesperadora, em termos sociais, política, econômica, ética e administrativa, à vista da visível desagregação dos fundamentos da administração sadia, competente e eficiente, diante da demonstração, de forma cabal e contundente, de que as ações comandadas pela mandatária do país já não respondem senão com resultados  catastróficos de pleno malefícios aos inapetência dos brasileiros, com a clara indicação que as medidas vislumbradas pelo governo são completamente incapazes de estancar as ações calamitosa e degenerativa da administração do país, que se espalham como rastilho de pólvora pelos importantes segmentos da estrutura do Estado, que padece diante da inexistência de abrangentes reformas conjuntural e estrutural, porque os mecanismos retrógrados, ultrapassados e obsoletos dele não permitem mudança e renovação dos instrumentos necessários à reconstrução dos princípios modernos de administração.
Na realidade, o quadro de precariedade faz com que o governo permaneça estagnado, omisso e impotente para sair do marasmo que ele construiu exatamente com as suas inércia, incompetência e falta de iniciativa para alterar a calamitosa situação totalmente agravada pelas crises, que se agigantam e aconselham, como único caminho, que a presidente tenha sensibilidade e sensatez para, pelo menos no auge das gravíssimas dificuldades, admitir que o seu tempo já se exauriu e o Brasil e os brasileiros não merecem continuar sendo prejudicados pela comprovada administração ineficiente, ineficaz e incapaz de criar fatos novos que possibilitem a retomada do desenvolvimento socioeconômico.
Não há a menor dúvida de que a presidente poderá se consagrar de tiver o gesto de amor sublime à pátria de renunciar ao cargo, com embargo da sua ideologia de socialista comprovadamente derrotada nos seus princípios, conforme mostram os resultados da sua gestão, compreendendo que o seu governo continuará sangrando o precioso líquido dos brasileiros mesmo que superados os terríveis embates do impeachment, porque a nação já se encontra totalmente esfacelada, diante da degeneração dos princípios fundamentais da administração pública, notadamente no que diz respeito à credibilidade da mandatária, que já foi perdida há bastante tempo, em face dos lamentáveis episódios de corrupção, dos pífios resultados econômicos e dos precários serviços públicos prestados aos brasileiros. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 24 de março de 2016

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