O jornal britânico The Guardian afirmou que, se a presidente da República brasileira
não conseguir superar as graves crises no país, ela deveria convocar novas
eleições ou renunciar ao cargo.
Em editorial publicado na edição do último domingo,
o jornal diz que “uma das preocupações
óbvias é que esses protestos, se não controlados, podem resultar em violência
generalizada com risco de intervenção militar”.
O editorial afirma ainda que a democracia
brasileira é “jovem e as raízes podem não
ser robustas o suficiente para enfrentar um quadro de completo fracasso
político e emergência econômica”.
O texto diz que o Brasil é o mais novo exemplo da
reversão da “guinada à esquerda” na
América Latina.
O jornal britânico afirma que o governo da
Venezuela está “de joelhos”, diante
das enormes dificuldades econômicas, e “Como
o Brasil mostra, líderes da esquerda cometeram muitos erros. Mas não é a
ideologia que é rejeitada – é a sua incompetência e ilegalidade.”.
Diferentemente de outras publicações europeias,
como The Economist e Financial Times, que têm linha editorial
tida como mais conservadora e inclinada à direita, o The Guardian é considerado o principal jornal inclinado à esquerda
no Reino Unido.
Assiste
inteira razão ao jornal britânico, quando defende, com absolutas propriedades e
convicção, a imediata renúncia da petista ao cargo presidencial, à vista do
gravíssimo e irreversível estado de calamidade social, política, econômica e
administrativa que grassa no país, que foi potencializado ao grau de extrema delicadeza
de da fragilização das instituições do Estado, que foram debilitadas e
enfraquecidas graças às desastradas e precárias políticas governamentais, que
apresentam terríveis dificuldades para reagir à notória decadência
administrativa, em razão das visíveis inapetência e incapacidade gerenciais para
a adoção de medidas capazes de qualificação das políticas públicas, que foram
ou são executadas sem prioridades para absolutamente nada, conforme mostram os
fatos e os resultados produzidos pela administração do país.
A
deterioração dos princípios macroeconômicos é a marca registrada do governo,
que vem contribuindo, de forma preponderante, para que a recessão imperasse
tranquilamente e tivesse efeito arrasador e monstruoso sobre o emprego, a
produção, o consumo, o crédito etc., com imensuráveis reflexos negativos sobre os
indicadores econômicos, fato que afetou diretamente a mola mestra do
desenvolvimento econômico, qual seja, o setor produtivo, que teve seu parque
industrial desmobilizado e desestruturado, com preponderante contribuição para
o travamento da produção e o retrocesso econômico, que se apresenta sem as
mínimas condições para reação e retomada da normalidade dos investimentos e do
crescimento econômico.
A
situação brasileira é indiscutivelmente crítica, caótica e desesperadora, em
termos sociais, política, econômica, ética e administrativa, à vista da visível
desagregação dos fundamentos da administração sadia, competente e eficiente,
diante da demonstração, de forma cabal e contundente, de que as ações
comandadas pela mandatária do país já não respondem senão com resultados catastróficos de pleno malefícios aos inapetência
dos brasileiros, com a clara indicação que as medidas vislumbradas pelo governo
são completamente incapazes de estancar as ações calamitosa e degenerativa da administração
do país, que se espalham como rastilho de pólvora pelos importantes segmentos
da estrutura do Estado, que padece diante da inexistência de abrangentes
reformas conjuntural e estrutural, porque os mecanismos retrógrados,
ultrapassados e obsoletos dele não permitem mudança e renovação dos
instrumentos necessários à reconstrução dos princípios modernos de
administração.
Na
realidade, o quadro de precariedade faz com que o governo permaneça estagnado,
omisso e impotente para sair do marasmo que ele construiu exatamente com as
suas inércia, incompetência e falta de iniciativa para alterar a calamitosa
situação totalmente agravada pelas crises, que se agigantam e aconselham, como
único caminho, que a presidente tenha sensibilidade e sensatez para, pelo menos
no auge das gravíssimas dificuldades, admitir que o seu tempo já se exauriu e o
Brasil e os brasileiros não merecem continuar sendo prejudicados pela
comprovada administração ineficiente, ineficaz e incapaz de criar fatos novos
que possibilitem a retomada do desenvolvimento socioeconômico.
Não
há a menor dúvida de que a presidente poderá se consagrar de tiver o gesto de
amor sublime à pátria de renunciar ao cargo, com embargo da sua ideologia de
socialista comprovadamente derrotada nos seus princípios, conforme mostram os resultados
da sua gestão, compreendendo que o seu governo continuará sangrando o precioso
líquido dos brasileiros mesmo que superados os terríveis embates do
impeachment, porque a nação já se encontra totalmente esfacelada, diante da
degeneração dos princípios fundamentais da administração pública, notadamente
no que diz respeito à credibilidade da mandatária, que já foi perdida há
bastante tempo, em face dos lamentáveis episódios de corrupção, dos pífios
resultados econômicos e dos precários serviços públicos prestados aos brasileiros.
Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 24 de março de 2016
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