O PT expõe mais uma crise interna, encabeçada, por
um lado, pelo grupo “Muda PT”, que reúne cinco grandes correntes de esquerda do
partido, tendo divulgado documento objetivando a realização de plenárias para a
discussão dos destinos da legenda.
Há dirigentes da esquerda petista que já admitem racha
no partido, diante da falta de acordo com o grupo majoritária do PT sobre a
forma de escolha da sua nova diretoria e também quanto aos rumos que ele deve
seguir, na tentativa da sua reconstrução.
Os encontros propostos pelos descontentes de alas
minoritárias objetivam a mobilização de militantes desejosos na mudança do rumo
do partido, na tentativa de fazer pressão sobre a corrente majoritária da
legenda, que tem o poder de decidir sobre a renovação da direção petista.
Na pauta do “Muda PT”, constam a eleição da nova
direção, a mudança no programa partidário e a adoção de padrões de conduta
ética para todos os filiados.
Há divergência de entendimento entre alas do
partido e isso tende à possível racha partidário, conforme entendimentos de um dirigente,
que afirmou: “É possível que o grupo que
quer PED faça um PED e o grupo que quer um congresso faça um congresso? Não
sei. Pode ser. Acho que estão se anunciando rumos diferentes. A outra via pode
estar pensando ‘vamos nos livrar dessa grande minoria'”.
Já outro petista afirmou que “Está tendo um açodamento. (As plenárias da esquerda) Têm como objetivo somente ganhar a direção
do PT”, enquanto outro disse que “uma
parte (da esquerda) está se preparando
para sair do PT.”.
Nos bastidores, alguns petistas admitem, à vista da
mais grave crise da história do partido, quando perdeu a Presidência da
República, depois de 13 anos no poder máximo do país, sofreu a mais expressiva derrota
nas eleições municipais e tem alguns de seus principais líderes presos ou no foco
da Justiça, justamente por denúncias de corrupção, que o PT pode enfrentar
debandada de parlamentares, ante o temor de não se reelegerem por causa do
desgaste da imagem do partido.
Antecipando o enfrentamento de terríveis
dificuldades, em especial no que diz respeito à ética e moralidade, um cacique do
partido propôs, com o espírito de muita esperteza, como forma de extirpar o
detestável título partidário, sugestiva ideia, nestes termos: “Não seria o caso de mudarmos o nome e o
símbolo do PT?”
A
existência de partido político deveria ser necessariamente respaldada pela
aceitação voluntária do eleitorado. No caso do PT, o povo já disse, na última
eleição municipal, em alto e bom som, que quer vê-lo a milhões de quilômetros
de distância do Brasil, pelo tanto dos estragos patrocinados por ele, que
causaram imensuráveis prejuízos aos interesses do país e dos brasileiros,
notadamente no que diz respeito às políticas essencialmente de interesses e
conveniências pessoais e partidárias intrínsecas na sua retrógrada ideologia
socialista, que tem como princípio o poder da verdade única e exclusivamente
petista, a exemplo das discussões internas que são travadas ferozmente na
atualidade, onde alas e grupos brigam entre si para não mudar nada ou para
alterar tudo e ninguém é de ninguém, porquanto todos estão muito mais
preocupados em haver extraordinária revolução dentro do partido, de modo que
nada seja mudado e fique tudo como se encontra, com vistas a possibilitar a
reeleição dos atuais ocupantes de cargos públicos eletivos e a manutenção do status quo que permite a permanência no
poder.
Os
fatos mostram a realidade bem diferente para a visão petista, que os tem como
sendo os mais naturais possíveis, quando os brasileiros normais os enxergam
como prejudiciais aos planos ideais de competência, moralidade e dignidade na
administração dos interesses nacionais, a exemplo da recessão econômica, do
descalabro do desemprego, das corrupções endêmicas e sistêmicas, entre outros
casos deletérios e precários, que afetaram o ciclo de desenvolvimento do país,
que ficou estagnado, em termos econômicos e sociais, porque as possíveis
conquistas do passado foram tragadas por governo nitidamente preocupado em se
manter no poder, acovardado na execução de políticas públicas ineficientes e
extremamente populistas, sem iniciativa de medidas capazes de possibilitar a
retomada da produção e do emprego, que foram negadas pela falta de reformas
estruturais e conjunturais do Estado, as quais poderiam contribuir para o
despertar da tão ansiada revolução dos mecanismos próprios de crescimento.
O
afastamento do PT do governo federal e de muitas prefeituras do país já vem com
ano-luz de atraso, à vista da degradação dos princípios essenciais ao desenvolvimento
do país, conforme mostram os fatos do cotidiano e os resultados
socioeconômicos, inclusive com os seguidos rebaixamentos do grau de
investimento por organismos internacionais, da maior credibilidade do mercado
financeiro, cujas medidas contribuíram para a debandada de investidores
estrangeiros e a escassez de recursos externos para financiamento do progresso.
Os
exemplos da contribuição petista para a degeneração política e social do país e
para o seu distanciamento das nações desenvolvidas, em termos econômico e
democraticamente, são reafirmados nas acentuadas crises moral, política,
social, econômica, administrativa, entre outras deformações
político-administrativas, que foram suficientemente motivadoras da situação
caótica que se encontra o país, onde nada funciona com as indispensáveis
eficiência e competência, principalmente na prestação dos serviços públicos,
que se encontra emperrada diante das mazelas e da desatualização de sistemas
obsoletos, onerosos e deficientes, causando enormes desperdícios de recursos,
que são pessimamente aplicados em programas sem o mínimo de priorização quanto
à sua efetividade.
Os
brasileiros estão mostrando o seu verdadeiro sentimento de patriotismo, quando
manda seu recado de independência do jugo de partido que impôs, por bastante
tempo, a sua ideologia contrária aos salutares princípios do aperfeiçoamento e
da modernidade político-administrativas, os quais devem ser perseguidos pelos
brasileiros que amam o seu país, que merece crescer e se desenvolver por meio de
ideais sadias e revolucionárias apoiadas nos princípios da evolução da
humanidade, sob os auspícios da liberdade e da individualidade de iniciativas,
inclusive no seio dos partidos políticos, que são vitais para o desenvolvimento
de uma nação com as potencialidades sociais e econômicas do Brasil. Acorda,
Brasil!
ANTONIO
ADALMIR FERNANDES
Brasília,
em 18 de outubro de 2016
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