terça-feira, 18 de outubro de 2016

A realidade bem diferente

O PT expõe mais uma crise interna, encabeçada, por um lado, pelo grupo “Muda PT”, que reúne cinco grandes correntes de esquerda do partido, tendo divulgado documento objetivando a realização de plenárias para a discussão dos destinos da legenda.
Há dirigentes da esquerda petista que já admitem racha no partido, diante da falta de acordo com o grupo majoritária do PT sobre a forma de escolha da sua nova diretoria e também quanto aos rumos que ele deve seguir, na tentativa da sua reconstrução.
Os encontros propostos pelos descontentes de alas minoritárias objetivam a mobilização de militantes desejosos na mudança do rumo do partido, na tentativa de fazer pressão sobre a corrente majoritária da legenda, que tem o poder de decidir sobre a renovação da direção petista.
Na pauta do “Muda PT”, constam a eleição da nova direção, a mudança no programa partidário e a adoção de padrões de conduta ética para todos os filiados.
Há divergência de entendimento entre alas do partido e isso tende à possível racha partidário, conforme entendimentos de um dirigente, que afirmou: “É possível que o grupo que quer PED faça um PED e o grupo que quer um congresso faça um congresso? Não sei. Pode ser. Acho que estão se anunciando rumos diferentes. A outra via pode estar pensando ‘vamos nos livrar dessa grande minoria'”.
Já outro petista afirmou que “Está tendo um açodamento. (As plenárias da esquerda) Têm como objetivo somente ganhar a direção do PT”, enquanto outro disse que “uma parte (da esquerda) está se preparando para sair do PT.”.
Nos bastidores, alguns petistas admitem, à vista da mais grave crise da história do partido, quando perdeu a Presidência da República, depois de 13 anos no poder máximo do país, sofreu a mais expressiva derrota nas eleições municipais e tem alguns de seus principais líderes presos ou no foco da Justiça, justamente por denúncias de corrupção, que o PT pode enfrentar debandada de parlamentares, ante o temor de não se reelegerem por causa do desgaste da imagem do partido.
Antecipando o enfrentamento de terríveis dificuldades, em especial no que diz respeito à ética e moralidade, um cacique do partido propôs, com o espírito de muita esperteza, como forma de extirpar o detestável título partidário, sugestiva ideia, nestes termos: “Não seria o caso de mudarmos o nome e o símbolo do PT?”
A existência de partido político deveria ser necessariamente respaldada pela aceitação voluntária do eleitorado. No caso do PT, o povo já disse, na última eleição municipal, em alto e bom som, que quer vê-lo a milhões de quilômetros de distância do Brasil, pelo tanto dos estragos patrocinados por ele, que causaram imensuráveis prejuízos aos interesses do país e dos brasileiros, notadamente no que diz respeito às políticas essencialmente de interesses e conveniências pessoais e partidárias intrínsecas na sua retrógrada ideologia socialista, que tem como princípio o poder da verdade única e exclusivamente petista, a exemplo das discussões internas que são travadas ferozmente na atualidade, onde alas e grupos brigam entre si para não mudar nada ou para alterar tudo e ninguém é de ninguém, porquanto todos estão muito mais preocupados em haver extraordinária revolução dentro do partido, de modo que nada seja mudado e fique tudo como se encontra, com vistas a possibilitar a reeleição dos atuais ocupantes de cargos públicos eletivos e a manutenção do status quo que permite a permanência no poder.
Os fatos mostram a realidade bem diferente para a visão petista, que os tem como sendo os mais naturais possíveis, quando os brasileiros normais os enxergam como prejudiciais aos planos ideais de competência, moralidade e dignidade na administração dos interesses nacionais, a exemplo da recessão econômica, do descalabro do desemprego, das corrupções endêmicas e sistêmicas, entre outros casos deletérios e precários, que afetaram o ciclo de desenvolvimento do país, que ficou estagnado, em termos econômicos e sociais, porque as possíveis conquistas do passado foram tragadas por governo nitidamente preocupado em se manter no poder, acovardado na execução de políticas públicas ineficientes e extremamente populistas, sem iniciativa de medidas capazes de possibilitar a retomada da produção e do emprego, que foram negadas pela falta de reformas estruturais e conjunturais do Estado, as quais poderiam contribuir para o despertar da tão ansiada revolução dos mecanismos próprios de crescimento.
O afastamento do PT do governo federal e de muitas prefeituras do país já vem com ano-luz de atraso, à vista da degradação dos princípios essenciais ao desenvolvimento do país, conforme mostram os fatos do cotidiano e os resultados socioeconômicos, inclusive com os seguidos rebaixamentos do grau de investimento por organismos internacionais, da maior credibilidade do mercado financeiro, cujas medidas contribuíram para a debandada de investidores estrangeiros e a escassez de recursos externos para financiamento do progresso.
Os exemplos da contribuição petista para a degeneração política e social do país e para o seu distanciamento das nações desenvolvidas, em termos econômico e democraticamente, são reafirmados nas acentuadas crises moral, política, social, econômica, administrativa, entre outras deformações político-administrativas, que foram suficientemente motivadoras da situação caótica que se encontra o país, onde nada funciona com as indispensáveis eficiência e competência, principalmente na prestação dos serviços públicos, que se encontra emperrada diante das mazelas e da desatualização de sistemas obsoletos, onerosos e deficientes, causando enormes desperdícios de recursos, que são pessimamente aplicados em programas sem o mínimo de priorização quanto à sua efetividade.
Os brasileiros estão mostrando o seu verdadeiro sentimento de patriotismo, quando manda seu recado de independência do jugo de partido que impôs, por bastante tempo, a sua ideologia contrária aos salutares princípios do aperfeiçoamento e da modernidade político-administrativas, os quais devem ser perseguidos pelos brasileiros que amam o seu país, que merece crescer e se desenvolver por meio de ideais sadias e revolucionárias apoiadas nos princípios da evolução da humanidade, sob os auspícios da liberdade e da individualidade de iniciativas, inclusive no seio dos partidos políticos, que são vitais para o desenvolvimento de uma nação com as potencialidades sociais e econômicas do Brasil. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES

Brasília, em 18 de outubro de 2016

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