Segundo pesquisa realizada a pedido da Confederação
Nacional do Transporte (CNT), o ex-presidente da República petista lidera a
carreira ao Palácio do Planalto, na eleição a ser realizada em 2018, tanto na
intenção espontânea quanto na de votação estimulada, nos cenários expostos para
o primeiro turno.
Na intenção de voto espontânea, o petista é
favorito para 11,4% dos entrevistados, seguido por um deputado carioca e
ex-militar, com 3,3%, e um senador tucano por Minas Gerais, com 3,1%, vindo em
quarto lugar o atual presidente da República, com 3% das intenções espontâneas
de voto; e, por último, aparece a ex-senadora ambientalista, com 2,4%.
No cenário 1, em que a pesquisa apresentou aos
entrevistados, na condição de futuros candidatos - o ex-presidente, o senador
tucano, a ambientalista, o ex-governador do Ceará, o deputado ex-militar, o
presidente da República -, o petista desponta com 24,8% das intenções de voto,
seguido pelo senador tucano, com 15,7%, e a ambientalista, com 13,3%, mostrando
ampla margem de distância dele dos demais candidatos.
Em um cenário 2, agora figurando o petista, a
ambientalista, o governador de São Paulo, o ex-governador do Ceará, o deputado
ex-militar e o presidente da República, mais uma vez o ex-presidente petista aparece
em primeiro lugar, com 25,3% das intenções de voto, seguido pela ambientalista,
com 14% e o governador de São Paulo, com 13,4%.
No terceiro cenário, que teria como candidatos o
petista, o senador tucano, a ambientalista e o deputado ex-militar, o ex-presidente
repete o desempenho de liderança, com 27,6% dos entrevistados, sendo seguido pelo
senador tucano, com 18,9%, a ambientalista, com 16,5%, e o deputado ex-militar,
com 7,9%.
Conforme o resultado da pesquisa em apreço, o
político do PT, apesar do enfrentamento de seguidas denúncias de
irregularidades, continua, pelo menos no primeiro turno, sendo imbatível e
verdadeiro fenômeno de voto, embora trata-se da participação bastante
insignificante de apenas 2.002 pesquisados, mas nem por isso se pode de levar
em conta o carisma do petista, que ainda conta com o seu eleitor fiel.
Não obstante, a pesquisa mostra que o petista leva desvantagem
a partir das disputas do segundo turno, quando poderia ser obrigado a enfrentar
o senador tucano ou a ambientalista, para um ou outro ele perderia,
respectivamente, com 37,1% contra 33,8% e 35,8% contra 33,2%, segundo a
pesquisa.
Para 80,3% dos entrevistados, não faz diferença se
o presidente da República é homem ou mulher. Já 13% preferem um presidente
homem e 5,7%, uma mulher.
A pesquisa CNT/MDA foi realizada entre os dias 13 a
16 deste mês, tendo sido entrevistados 2.002 eleitores, em 137 municípios de 25
estados brasileiros, das cinco regiões.
Sendo
verdadeiros os resultados da pesquisa em referência, não há a menor dúvida de
que não pode ser simples falácia o brocardo segundo o qual "o povo tem o
governo que merece", à vista da sua preferência eleitoral por político que
se encontra respondendo na Justiça, como réu, a três processos, sob a acusação
da prática de graves crimes contra a administração pública, tais como corrupção
passiva, lavagem de dinheiro, organização criminosa e trágico de influência,
constituindo fatos extremamente contrários aos princípios da ética, moralidade,
legalidade, honestidade e dignidade, que são conceitos de conduta inalienáveis
dos homens públicos, porque dizem respeito ao nível de responsabilidade social.
Embora
as denúncias signifiquem, por enquanto, os resultados de investigações que se
transformaram em objeto de ações em exame na Justiça, a extensão e a gravidade
dos fatos, nas condições dadas a público, recomendam o máximo de cautela por
parte da sociedade, sendo aconselhável que o povo tenha o máximo de cuidado e
precaução, no sentido de se aguardar o resultado dos julgamentos dos processos
pelo poder Judiciário.
Convém
que a sociedade somente se pronuncie sobre a sua preferência eleitoral, no caso
da escolha ao cargo presidencial, depois dos veredictos sobre as denúncias a
serem exarados pela Justiça, tendo em vista que a representatividade política
exige, necessariamente, que o homem público deva comprovar lisura absoluta sobre
seus atos e esteja completamente isento de denúncia ou suspeita sobre a prática
de atos irregulares, como forma de garantir a sua fiel observância aos
princípios da ética, da moralidade, do decoro, da honestidade, da dignidade,
entre outros conceitos de conduta honrada e insuspeita, além da capacidade para
representar condignamente os interesses do povo.
Nas
condições de moralidade comprometidas por reiteradas suspeitas de
irregularidades na administração do país, convém que os brasileiros se
conscientizem sobre a premência da renovação dos quadros políticos, de modo que
a necessária reciclagem política possa oferecer ao país novos estadistas com
mentalidade moderna, em condições de compreender que a representatividade
política exige exclusiva dedicação ao atendimento do interesse público, com
embargo daqueles que insistem na defesa de causas pessoais e partidárias, como
fazem, sem o menor pudor, os velhos caciques da política tupiniquim, ainda com
os ranços nefastos de populismo e caudilhismo extremamente prejudiciais ao interesse
dos brasileiros e ainda ao aperfeiçoamento e à modernidade dos sistemas
político-partidários. Acorda, Brasil!
ANTONIO
ADALMIR FERNANDES
Brasília,
em 28 de outubro de 2016
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