domingo, 9 de outubro de 2016

O grande perdedor

Os resultados das urnas não deixam dúvida alguma de que o Partido dos Trabalhadores foi o único perdedor do recente pleito eleitoral, diante de vitórias acachapantes do seu principal opositor, o PSDB, que impôs vexaminosa derrota ao candidato petista na maior cidade do país.
A triste realidade mostra que o petismo terá enormes dificuldades para se recompor, se organizar e tentar dá volta por cima, diante de indiscutível e terrível quadro de descrédito, incompetência, desmoralização e corrupção que se agregou ao partido e se acha atrelado a ele como verdadeiro irmãos siameses, a mostrar que os maiores empecilhos ainda estão por vir, diante das denúncias de graves irregularidades objeto das investigações da Operação Lava-Jato.  
Ao que tudo indica, as alternativas para o futuro também acenam para o enfrentamento de muitas nuvens escuras e pesadas, fato que poderá contribuir até mesmo para comprometer não somente os planos políticos da agremiação para a eleição presidencial de 2018, como a sua existência, que corre o risco de perder seu registro na Justiça, à vista da avalanche de denúncias sobre graves irregularidades praticadas pela própria sigla, ante o recebimento de recursos oriundos de propina, e pelos caciques, que igualmente se beneficiaram de “agrados” com dinheiro sujo, conforme evidenciam as apurações, que apontam robustas provas, mas as contestações dos envolvidos não passam de meras palavras vazias e destituídas de consistência, preferindo eleger meras e repetitivas verborragias de que tudo foi feito na forma da lei.
O desmonte do partido que construiu o maior populismo moderno não resistiu à gigantesca onda formada pelo resultado das aludidas investigações, que, de forma estrategicamente bem estruturadas pela Polícia Federal, pelo Ministério Público Federal e Justiça Federal, conseguiram levantar a teia da sujeira que tomou conta da Petrobras e destruiu seu patrimônio, sob as ardilosas estratégias forjadas dentro dos palácios de Brasília, de onde partiram o aparelhamento da estatal, com a finalidade de desviar dinheiro para os cofres de partidos do governo e aliados a ele, conforme evidenciam os fatos apurados, tendo como principal finalidade a plena dominação das classes política e social e a perenidade no poder.
A inevitável queda do poder aconteceu de forma natural, diante dos gigantescos graus de incompetência, ineficiência, omissão, desmoralização e impopularidade do governo petista, que contribuíram para atravancar o desenvolvimento da economia e levá-la à pior e mais grave recessão da história republicana, cuja potencialização resultou na devastadora perda do emprego, representado por aproximadamente 12 milhões de desempregados.
Esses fatos deletérios certamente contaminaram as pretensões dos candidatos da legenda e de seus aliados, que tiveram a amarga surpresa do repúdio e do desprezo nas urnas, mostrando com todas letras que a última gota d’água já caiu há muito tempo e também já foi exaurida a paciência do povo contra o abominável populismo construído por meios ardilosos, artificiosos, imorais e ilegais, que contribuíram para a ruína do país, tendo a capacidade de destruir também os anseios do desenvolvimento socioeconômico reiteradamente prometidos pelos governos petistas, quando o resultado é representado melancolicamente pela recessão e pelo desemprego, para o desespero dos brasileiros.
Ao que tudo indica, o povo foi, finalmente, despertado da letargia que o dominava, quando era levado a acreditar em falsas promessas de campanha, que logo seriam desmascaradas pelos próprios atos em contrário, diante da realidade nua e crua, a mostrar as mentiras estrategicamente forjadas tão somente para se ganhar eleição, uma vez que os fatos não mentem jamais e são capazes de evidenciar a total inépcia da gestão dos recursos públicos.
As denúncias sob investigação pela Operação Lava Jato, muitas das quais estão encurralando cada vez mais o ex-presidente da República petista e mostrando o poder devastador e maléfico do PT, acrescidas da incompetência e da falta de efetividade do governo afastado, que levaram às piores crises política, moral, econômica, administrativa, entre outras precariedades, com forte repercussão negativa no crescimento do país, contribuíram em muito para o fornecimento de pesada munição para as campanhas dos candidatos de oposição, em especial do PSDB e do PMDB, que foram vitoriosos na contenda.
Os fatos mostram ainda que as presenças das lideranças nacionais nos palanques de petistas contribuíram decisivamente para aumentar a rejeição aos candidatos apoiados por eles, em clara afirmação de que o carisma deles foi transformado em repúdio e indignação pelo que eles representam, em termos dos métodos políticos nada republicanos empregados por eles, que são nitidamente contrários aos princípios da dignidade, moralidade, legalidade, honestidade, entre outros que devem nortear as atividades político-partidárias.
Por certo, o PT ainda não está colhendo integralmente o resultado das suas maldades causadas aos brasileiros, quando ele foi capaz de levar o país à ruína, em termos de administração das políticas públicas, em que a mais prejudicada foi a econômica, que tem a terrível recessão como carro-chefe dessa crise sem precedente na história republicana, que arrasta com ela, como consequência, o recorde de desemprego e o desespero dos pais de famílias, que foram massacrados pela desastrada gestão do governo petista, por ter chegado ao ápice da incompetência administrativa com o afastamento da presidente da República, em razão da prática do crime de responsabilidade, além de ainda ter contribuído para causar um dos maiores rombos nas contas públicas, em indiscutível demonstração de desprezo aos princípios da competência e da legalidade.
O PT ainda há de receber, com o devido merecimento, os frutos da sua maldade contra os brasileiros, por certo, a partir dos julgamentos dos atos de corrupção investigados pela Operação Lava-Jato, quando os envolvidos nesse horroroso escândalo, integrantes do partido e aliados dele, forem julgados e condenados pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, pois é a partir de então que os culpados serão condenados com prisão, deixando explícita a sua verdadeira face de partido que usou e abusou da confiança dos brasileiros, lamentavelmente para a prática de atos delituosos, tendo por objetivo a realização de fins escusos para o atingimento de seus meios, em detrimento dos interesses nacionais, conforme mostram os fatos, tão robustamente expostos pela mídia.
O certo é que a alta rejeição às candidaturas dos políticos petistas e de aliados ao partido pode ser explicada facilmente pelos fatos prejudiciais ao interesse público, que certamente foram avaliados com mais precisão nestas últimas eleições municipais e serviram de balizamento para mostrar a insatisfação contra o populismo em que se objetiva exclusivamente a realização de política com viés eleitoreiro, por interesses e conveniências pessoais ou partidários, em detrimento das causas nacionais e dos brasileiros, cujos resultados são fidedignos e mostram a verdadeira face da história do país, que foi duramente destruído pela incompetência administrativa e pela corrupção, conforme mostram sobejamente os fatos do cotidiano. Acorda, Brasil! 
ANTONIO ADALMIR FERNANDES

Brasília, em 09 de outubro de 2016

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