Os resultados das urnas não deixam dúvida alguma de
que o Partido dos Trabalhadores foi o único perdedor do recente pleito
eleitoral, diante de vitórias acachapantes do seu principal opositor, o PSDB,
que impôs vexaminosa derrota ao candidato petista na maior cidade do país.
A triste realidade mostra que o petismo terá
enormes dificuldades para se recompor, se organizar e tentar dá volta por cima,
diante de indiscutível e terrível quadro de descrédito, incompetência,
desmoralização e corrupção que se agregou ao partido e se acha atrelado a ele como
verdadeiro irmãos siameses, a mostrar que os maiores empecilhos ainda estão por
vir, diante das denúncias de graves irregularidades objeto das investigações da
Operação Lava-Jato.
Ao que tudo indica, as alternativas para o futuro
também acenam para o enfrentamento de muitas nuvens escuras e pesadas, fato que
poderá contribuir até mesmo para comprometer não somente os planos políticos da
agremiação para a eleição presidencial de 2018, como a sua existência, que
corre o risco de perder seu registro na Justiça, à vista da avalanche de
denúncias sobre graves irregularidades praticadas pela própria sigla, ante o
recebimento de recursos oriundos de propina, e pelos caciques, que igualmente
se beneficiaram de “agrados” com dinheiro sujo, conforme evidenciam as apurações,
que apontam robustas provas, mas as contestações dos envolvidos não passam de meras
palavras vazias e destituídas de consistência, preferindo eleger meras e
repetitivas verborragias de que tudo foi feito na forma da lei.
O desmonte do partido que construiu o maior
populismo moderno não resistiu à gigantesca onda formada pelo resultado das
aludidas investigações, que, de forma estrategicamente bem estruturadas pela
Polícia Federal, pelo Ministério Público Federal e Justiça Federal, conseguiram
levantar a teia da sujeira que tomou conta da Petrobras e destruiu seu
patrimônio, sob as ardilosas estratégias forjadas dentro dos palácios de
Brasília, de onde partiram o aparelhamento da estatal, com a finalidade de
desviar dinheiro para os cofres de partidos do governo e aliados a ele, conforme
evidenciam os fatos apurados, tendo como principal finalidade a plena dominação
das classes política e social e a perenidade no poder.
A inevitável queda do poder aconteceu de forma
natural, diante dos gigantescos graus de incompetência, ineficiência, omissão,
desmoralização e impopularidade do governo petista, que contribuíram para
atravancar o desenvolvimento da economia e levá-la à pior e mais grave recessão
da história republicana, cuja potencialização resultou na devastadora perda do
emprego, representado por aproximadamente 12 milhões de desempregados.
Esses fatos deletérios certamente contaminaram as
pretensões dos candidatos da legenda e de seus aliados, que tiveram a amarga surpresa
do repúdio e do desprezo nas urnas, mostrando com todas letras que a última
gota d’água já caiu há muito tempo e também já foi exaurida a paciência do povo
contra o abominável populismo construído por meios ardilosos, artificiosos,
imorais e ilegais, que contribuíram para a ruína do país, tendo a capacidade de
destruir também os anseios do desenvolvimento socioeconômico reiteradamente
prometidos pelos governos petistas, quando o resultado é representado
melancolicamente pela recessão e pelo desemprego, para o desespero dos
brasileiros.
Ao que tudo indica, o povo foi, finalmente,
despertado da letargia que o dominava, quando era levado a acreditar em falsas
promessas de campanha, que logo seriam desmascaradas pelos próprios atos em
contrário, diante da realidade nua e crua, a mostrar as mentiras
estrategicamente forjadas tão somente para se ganhar eleição, uma vez que os
fatos não mentem jamais e são capazes de evidenciar a total inépcia da gestão
dos recursos públicos.
As denúncias sob investigação pela Operação Lava
Jato, muitas das quais estão encurralando cada vez mais o ex-presidente da
República petista e mostrando o poder devastador e maléfico do PT, acrescidas
da incompetência e da falta de efetividade do governo afastado, que levaram às
piores crises política, moral, econômica, administrativa, entre outras precariedades,
com forte repercussão negativa no crescimento do país, contribuíram em muito
para o fornecimento de pesada munição para as campanhas dos candidatos de
oposição, em especial do PSDB e do PMDB, que foram vitoriosos na contenda.
Os fatos mostram ainda que as presenças das
lideranças nacionais nos palanques de petistas contribuíram decisivamente para
aumentar a rejeição aos candidatos apoiados por eles, em clara afirmação de que
o carisma deles foi transformado em repúdio e indignação pelo que eles
representam, em termos dos métodos políticos nada republicanos empregados por
eles, que são nitidamente contrários aos princípios da dignidade, moralidade,
legalidade, honestidade, entre outros que devem nortear as atividades político-partidárias.
Por
certo, o PT ainda não está colhendo integralmente o resultado das suas maldades
causadas aos brasileiros, quando ele foi capaz de levar o país à ruína, em
termos de administração das políticas públicas, em que a mais prejudicada foi a
econômica, que tem a terrível recessão como carro-chefe dessa crise sem
precedente na história republicana, que arrasta com ela, como consequência, o
recorde de desemprego e o desespero dos pais de famílias, que foram massacrados
pela desastrada gestão do governo petista, por ter chegado ao ápice da
incompetência administrativa com o afastamento da presidente da República, em
razão da prática do crime de responsabilidade, além de ainda ter contribuído
para causar um dos maiores rombos nas contas públicas, em indiscutível
demonstração de desprezo aos princípios da competência e da legalidade.
O
PT ainda há de receber, com o devido merecimento, os frutos da sua maldade
contra os brasileiros, por certo, a partir dos julgamentos dos atos de
corrupção investigados pela Operação Lava-Jato, quando os envolvidos nesse horroroso
escândalo, integrantes do partido e aliados dele, forem julgados e condenados
pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, pois é a partir de
então que os culpados serão condenados com prisão, deixando explícita a sua
verdadeira face de partido que usou e abusou da confiança dos brasileiros,
lamentavelmente para a prática de atos delituosos, tendo por objetivo a
realização de fins escusos para o atingimento de seus meios, em detrimento dos
interesses nacionais, conforme mostram os fatos, tão robustamente expostos pela
mídia.
O certo é que a alta rejeição às candidaturas dos políticos
petistas e de aliados ao partido pode ser explicada facilmente pelos fatos
prejudiciais ao interesse público, que certamente foram avaliados com mais
precisão nestas últimas eleições municipais e serviram de balizamento para
mostrar a insatisfação contra o populismo em que se objetiva exclusivamente a
realização de política com viés eleitoreiro, por interesses e conveniências
pessoais ou partidários, em detrimento das causas nacionais e dos brasileiros, cujos
resultados são fidedignos e mostram a verdadeira face da história do país, que
foi duramente destruído pela incompetência administrativa e pela corrupção, conforme
mostram sobejamente os fatos do cotidiano. Acorda, Brasil!
ANTONIO
ADALMIR FERNANDES
Brasília,
em 09 de outubro de 2016
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