O ex-presidente da República petista fez apelo
inusitado aos eleitores, nestes termos: "Eu queria fazer um apelo para vocês, homens de bem, mulheres de bem,
trabalhadores e trabalhadoras, amanhã (hoje), na hora de votar, é importante
saber que urna não é lugar para depositar ódio ou preconceito. Urna é lugar
para depositar esperanças e sonhos".
O petista disse ainda que "Aqueles que nutrem ódio, deixem o
preconceito dentro de casa e vá votar como cidadão brasileiro, pensando na
cidade que você quer para o seu filho, para o seu neto".
Em seu discurso, o político aproveitou para fazer
menção ao presidente da República, ao afirmar que "Este país era o mais alegre do mundo, era o do povo mais otimista do
mundo, em que a classe trabalhadora tinha mais esperança. O povo comprava muito
mais. Isso agora acabou. Quem governa o Brasil não conhece o Brasil e não sabe
governar adequadamente".
Em conclusão, o petista criticou o governo federal,
em tom de ironia e demagogia, aproveitando o momento eleitoral, ao dizer que "Agora querem aprovar uma tal de PEC que vai
cortar investimento em saúde e educação durante 20 anos. Não é possível
melhorar a saúde se não tiver mais investimento em médico, em hospital, em
clínica. Não é possível melhor educação se não tiver investimento em escola, em
professor. Não é possível querer melhorar o Brasil aumentando o tempo de
aposentadoria da mulher para 65 anos, como eles querem".
O petista, na sua linha de pensamento de extremo populismo,
teve a insensatez de criticar medidas de cunho absolutamente contencioso dos
gastos públicos, com vistas à racionalização dos recursos públicos, de modo a
possibilitar que os programas de governo possam ser executados em respeito e
cumprimento às prioridades estabelecidas com base nos recursos arrecadados, em
contraposição com o que fizeram os governos petistas, que causaram os maiores
rombos nas contas públicas exatamente em razão da falta de planejamento e da
observância dos limites dos gastos, que precisam do rigoroso cumprimento de
parâmetros em relação às receitas arrecadadas.
Como o último governo petista não teve o devido cuidado
de planejar a realização das despesas absolutamente dentro dos limites da
arrecadação, o resultado foi o afastamento da então presidente, por crime de
responsabilidade, por ter desrespeitado as normas de administração orçamentária
e financeira, em clara demonstração de desastre na administração dos recursos
dos contribuintes, ou seja, gastar mais do que arrecadado.
Por seu turno, não há a menor dúvida de que o
petista está completamente certo, com relação às urnas, nas condições citadas
por ele, porque a sua finalidade não é realmente a colocação de sentimentos de
ódio e preconceito, mas sim de voto consciente sobre a correta avaliação dos
candidatos, que precisam passar pelos crivos da competência administrativa e da
sensibilidade quanto às questões inerentes às ansiedades básicas do povo, que
tem necessidade de ser representado por quem tenha condições de trabalhar com o
exclusivo propósito de servir ao público, em estrita obediência aos objetivos
primordiais da representação demanda e originada do povo.
O ex-presidente se esqueceu de mencionar que a urna
serve, além do depósito do voto consciente, para que o povo se manifeste, pelo voto,
contra os homens públicos desonestos, demagogos, hipócritas, antiéticos e
indignos de representá-lo no exercício do cargo público eletivo, principalmente
quando eles usam e abusam da máquina pública e dos recursos públicos para a
satisfação de objetivos pessoais e partidários, aproveitando o poder inclusive
para a criação de programas sociais destinados exclusivamente à formação de
currais eleitorais, visando à dominação absoluta das classes política e social
e à conquista do poder e à perenidade nele, em consonância e com base em
ideologia socialista/comunista indiscutivelmente obsoleta e ultrapassada.
É induvidoso que a citada ideologia já demonstrou o
seu pernicioso e maléfico resultado de somente conduzir o país ao retrocesso e
ao subdesenvolvimento, a exemplo de muitos países comandados por governos com
essa retrógrada e destruidora mentalidade administrativa, a exemplo patente da
Venezuela e do Brasil, que estão submetidos em terríveis crises política,
moral, administrativa, econômica, entre outras que mostram a incompetência de gestão
e as dificuldades de superação dos entraves que contribuem para travar o
desenvolvimento desses países, que estão mergulhados em forte recessão
econômica e com enormes dificuldades para suplantar o alarmante desemprego.
Os brasileiros precisam se conscientizar de que os homens
públicos devem ter sensibilidade e responsabilidade para entender que o voto deve
ser muito bem avaliado e pensado no momento de depositá-lo na urna, para que
ele possa contribuir para eleger aqueles que realmente demonstrem condições de representá-lo
em consonância com os princípios da dignidade, legalidade, competência,
seriedade, moralidade e honestidade, entre outros, com embargo dos candidatos
demagogos, hipócritas e desonestos, que brigam para se eleger exclusivamente
com pensamento voltado para a satisfação de interesses pessoais e partidários,
em total detrimento das causas nacionais e do povo. Acorda, Brasil!
ANTONIO
ADALMIR FERNANDES
Brasília,
em 02 de outubro de 2016
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