O principal político brasileiro se reuniu com as
bancadas do seu partido na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, com o
propósito de tentar frear ensaiada “debandada”
dos parlamentares da legenda.
A preocupação do líder-mor do partido, segundo a
coluna Painel da Folha de São Paulo,
é de “agir como um ímã” para evitar
que o partido acabe se “esfarelando”,
em pouco tempo.
Embora o partido já tenha sido considerado o maior
de esquerda no país, na atualidade perdeu sua hegemonia e seu brilho a partir
das investigações da Operação Lava-Jato, principalmente com a exposição de
nomes importantes de seu quadro, como o ex-presidente da República, que já se
tornou réu em cinco processos e responde na Justiça por vários crimes.
O referido fato foi marcante para a desestruturação
do partido, que ainda teve a corroboração extremamente negativa do impeachment
da então presidente do país, cuja desgraça atingiu seu ápice com o avassalador
resultado das eleições municipais, cujo rolo compressor do tsunami foi capaz de
enfraquecer e definhar de vez os ânimos de seus integrantes, que já estavam frangalhos.
A direção nacional do partido, em conjunto com suas
lideranças, se articula entre a militância para que a fragilização não se amplie
ainda mais e possa ter reflexo bem maior na redução do número de parlamentares
nas bancadas do Congresso.
Amigos da intimidade do político-mor acreditam que
a discussão sobre a sucessão deve ser ainda mais interna, para não fragilizar o
partido, enquanto um deputado afirmava, na surdina, que “Neste momento de fragilidade, se o partido ficar parado, a tendência é
que haja dispersão”.
Diante das circunstâncias, com a acentuada divisão
de opiniões entre os partidários, muitos se preocupam com a capacidade
eleitoral do partido, que perdeu, de forma fragorosa, as últimas eleições municipais,
ficando sem representatividade nos principais redutos do partido, exatamente em
razão da poderosa influência das investigações da Operação Lava-Jato, que
trouxe à tona o mar pútrido de sujeira com o envolvimento de exponenciais políticos
do partido, que teriam trabalhado para que a agremiação fosse beneficiada com
dinheiro proveniente da roubalheira, conquanto tudo isso seja tratado, pelo
partido, como sendo normal e legítimo, não aceitando nenhuma forma de deslize,
embora os fatos não deixem a menor dúvida sobre o avassalador mar de lama muito
bem representado pela corrupção com a marca da estrela vermelha.
À
luz de tudo que já foi revelado pela diligente e eficiente Operação Lava-Jato,
é precisa ter muito amor a um partido que não teve o menor escrúpulo para se
envolver nos piores esquemas de corrupção da história brasileira, tendo conseguido
quebrar o Brasil, mediante a fragilização de suas estruturas não somente
morais, mas principalmente econômicas, com o peso dos rombos das contas
públicas, a forte recessão e o alarmante desemprego, permitindo que o país de
distanciasse do caminho do desenvolvimento socioeconômico.
Além
de ter deixado o horroroso rastro de destruição dos princípios da administração
pública, as principais lideranças do partido resistem em não assumir a culpa
pelos estragos e prejuízos causados ao país e ao seu povo, dando a entender que
a roubalheira, a desmoralização e a degeneração dos princípios da gestão
competente e eficiente estão absolutamente em conformidade com os padrões de
normalidade e ninguém deve ser responsabilizado pelos monstruosos e
irreparáveis danos causados à nação.
Causa
perplexidade essa forma explícita de extremados insensatez, insensibilidade e
desamor ao país e aos brasileiros para continuar filiado à agremiação não
somente fragilizada e enfraquecida diante dos reiterados escândalos perpetrados
por sua ganância política de dominação das classes política e social e de
perenidade no poder, mas, sobretudo, pelos estragos causados ao patrimônio dos
brasileiros, que jamais será recuperado, diante da imensurável
irresponsabilidade na condução dos negócios e destinos do país.
O
certo é que, de forma estratégica e meticulosa, o partido conseguiu implementar
eficiente estratagema para desviar toda dinheirama que a Operação Lava-Jato já
levantou e mostrou para o mundo muitos protagonistas e beneficiários, entre os
quais o próprio partido que, para espanto geral, ainda continua existindo e
tentando se manter em plena atividade política, em que pese a visível demonstração
de toda ruindade que já poderia ter sido feita contra os interesses nacionais,
ante os incalculáveis prejuízos causados à população.
Por
certo, se a roubalheira do petrolão tivesse ocorrido em um país sério,
civilizado e cônscio da sua responsabilidade pública, não somente o partido
como todos os envolvidos nos atos e esquemas irregulares já não mais estavam em
atividade e muito menos tentando se reorganizar e se consolidar, na tentativa
de continuar como agremiação política, eis que o péssimo e degenerativo exemplo
de sua atuação, à luz dos esquemas criminosos de corrupção tornados públicos,
já seria mais que suficiente para que o seu fim contribuísse para sepultar
triste história da política brasileira e servir, no mínimo, de lição para que
casos análogos a esse jamais viessem a ocorrer.
É
lamentável que partido com deplorável currículo contra os interesses dos
brasileiros ainda tente se reestruturar para continuar em atividade, tendo como
liderança exatamente os mesmos políticos acusados de participação nos esquemas
criminosos, quando a sua efetiva contribuição para o país seria mesmo o seu desaparecimento,
enquanto seus atuais integrantes terem a dignidade de assumir suas culpas pelos
estragos causados ao país e de jamais se apresentarem como representantes do
povo.
Os
brasileiros anseiam pela completa renovação dos quadros políticos e
apresentação de novas gerações de homens públicos que tenham mentalidade sadia
e realmente disposta a defender exclusivamente os interesses dos brasileiros,
com embargo da participação política daquelas que contribuíram para a
destruição dos desejos de progresso em todos sentidos da população, que
esperava que o país pudesse se desenvolver e se transformar em grande potência,
não fossem o malogro e o fiasco da gestão naufragada pelo fragoroso impeachment,
em razão do enquadramento da então mandatária do país no crime de
responsabilidade, em flagrante afronta aos princípios da administração pública.
Acorda, Brasil!
ANTONIO
ADALMIR FERNANDES
Brasília,
em 3 de janeiro de 2017
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