Tempos
atrás, a Polícia Civil do Paraná fez operação contra integrantes do Movimento
dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), suspeitos de participação em
organização criminosa investigada por furto e dano qualificado, roubo, invasão
de propriedade, incêndio criminoso, cárcere privado e porte de arma ilegal,
entre outros crimes, sob a forma de milícia privada, de acordo com as
investigações policiais.
A
investigação começou em março do ano passado, após a invasão em fazenda
particular, onde, segundo a Polícia Civil, houve a manutenção de empregados sob
cárcere privado, na mira de armas de fogo, por várias horas, e o sumiço de
cerca de 1,3 mil cabeças de gado, sendo contabilizado o prejuízo estimado em R$
5 milhões.
Os
envolvidos na operação do MST, ainda de acordo com a polícia, também cobravam a
taxa de até R$ 35 mil ou sacas de grãos para autorizar os donos da fazenda a
promoverem a colheita da própria plantação.
Como
um dos principais presos é político ligado ao diretório estadual do PT do
Estado do Paraná, o partido pediu esclarecimentos sobre as ações e disse que
repudia "qualquer tentativa de
criminalização dos movimentos sociais. Causa-nos
estranheza os fatos e as informações inicialmente apresentados. É preciso que
os motivos dessas ações sejam muito bem esclarecidos, a fim de evitar a
perseguição de lideranças populares que lutam pelos interesses da comunidade. O
PT-PR apoia a luta do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) por
reforma agrária e por um país mais justo e solidário. Também repudia toda e
qualquer tentativa de criminalização dos movimentos sociais. Por isso, exige
das autoridades competentes um sério e criterioso esclarecimento a respeito
dessas operações.".
Também
em nota o MST relembrou o histórico de ocupações de terras na região de Quedas
do Iguaçu, onde cerca de três mil famílias estavam acampadas, desde maio de
2014, e aponta para possíveis perseguições contra trabalhadores e líderes do
movimento.
Embora o MST seja sempre lembrado
como entidade que utiliza métodos truculentos e violentos nas invasões, ele
simplesmente afirmou que “Sempre atuamos de forma organizada e pacifica
para que a Reforma Agrária avance. Reivindicamos que a terra cumpra a sua
função social...”.
O MST
disse ainda que "repudia a ação da
polícia de São Paulo e exige que o governo e as instituições competentes tomem
as medidas cabíveis nesse processo. Somos um movimento que luta pela
democratização do acesso à terra no país e a ação descabida da polícia fere direitos
constitucionais e democráticos.".
Ou
seja, a ação da polícia, que teve por base os atos de violência praticados por
ocasião de invasão de propriedade particular, é considerada contrária aos
princípios constitucionais e democráticos, quando é exatamente a situação
inversa, no caso, a ação do MST que é considerada despropositada e afrontosa ao
regramento jurídico do país, tendo em vista que o direito de propriedade
continua sendo garantido na própria Lei Maior do país, que vem sendo violada
permanentemente pelos integrantes do MST, mas eles insistem em afrontar as
autoridades constituídas do país.
Chega
a ser risível, para não se dizer algo mais condizente com a realidade, a
afirmação do MST de que “atuamos de forma
organizada e pacifica”, quando se sabe, de longa data, que esse movimento
somente age com truculência, violência e destruição, causando rastros de
barbárie que tem sido a sua marca registrada.
É
inadmissível que a propriedade pública ou privada seja violada e os envolvidos
fiquem livres e impunes, como se nada tivesse acontecido de errado, e o mais
grave é que o MST ainda fica zombando da situação, na tentativa de se passar
por inocente e até por vítima, chegando a acusar a polícia de criminalização
dos movimentos sociais.
O
direito à propriedade precisa ser preservado na forma da lei e também na forma
da lei os cidadãos podem reivindicar do governo a agilidade da reforma agrária,
mas isso precisa ser feito de maneira pacífica e ordeira, em harmonia com o
regramento jurídico pátrio, ou seja, sem invasão violenta de propriedades
particulares, muitas delas produtivas.
À
toda evidência, o método empregado normalmente pelo MST, que até afirma que tem
seu exército, deixa explícito o propósito de beligerância e destruição, em indiscutível
afronta às instituições do país e à legalidade.
É
muito estranho que o ato delituoso em apreço tenha ocorrido há tanto tempo e
somente depois de sete meses alguns dos bandidos tenham sido presos, tempo mais
do que suficiente para que os mesmos criminosos protagonizem mais atrocidades e
barbaridades contra propriedades e patrimônio privados, em injustificável nome
de movimentos sociais, mas a sua conduta se equipara aos métodos de criminalidade
da pior periculosidade.
Em
um país sério, civilizado e cônscio da responsabilidade pública, onde o
ordenamento jurídico é rigorosamente observado, sob o império da civilidade, não
somente os líderes do MST como os invasores seriam imediatamente presos e
obrigados a ressarcir os danos causados ao patrimônio privado, além de ser aplicadas
as demais penalidades cabíveis ao caso, como forma não somente de se impedir a
reincidência de casos semelhantes, mas da materialização de modelo de
moralização e de penalidade capazes de inibir verdadeiro abuso contra a ordem pública.
Acorda, Brasil!
ANTONIO
ADALMIR FERNANDES
Brasília,
em 23 de janeiro de 2017
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