Como numa sequência que se tornou normal, a
indústria nacional vem mostrando quedas seguidas, dando sinais de que a
economia está estagnada e não tem força para se recuperar, a curto prazo, em
razão da falta de investimentos.
Diante da progressiva diminuição do consumo, a
tendência natural da indústria nacional foi se comprimir ao sabor do desânimo
que tomou conta do mercado, que é fragilizado com a restrição do crédito, por
força dos juros nas alturas, tendo como consequência o temor para novos
investimentos.
A
maioria dos segmentos da indústria pesquisados teve resultados negativos e
praticamente influenciados pelos mesmos motivos que estão afetando o mercado,
ou seja, baixo consumo, falta de crédito e de investimentos e tudo isso tem
reflexo direto no alarmante desemprego, que só cresce no embalo da acomodação
por baixo da economia, que não tem forças para se reanimar tão cedo, justamente
porque o comodismo governamental só tem olhos para políticas do varejo, na tentativa
de sanear buracos aqui e ali.
O setor automobilístico, que passou por alguns solavancos
no embalo das quedas forçadas da produção, mostrou pequena recuperação, mas não
o suficiente para ser levantada a bandeira branca da tranquilidade, porque a
transição para a nova fase de crescimento ainda é incerta, à vista da crise
econômica que não sinaliza para a plena recuperação.
Não
há dúvida de que a situação econômica brasileira agoniza, com fortes sinais de
que ela se encontra na UTI, à espera de urgentes medidas capazes de contribuir
para tirá-la do fundo do poço, se é que o país ainda tenha algum, diante da
destruição patrocinada pela incompetência de governo que foi totalmente tomado
por problemas pessoais na sua gestão, deixando que o país se envolvesse em
terrível atoleiro e perdesse o rumo do progresso.
A
péssima contribuição que um governo poderia dá para o país foi efetivada com
toda requinte de maldade, à vista dos indicadores econômicos, que dificilmente
serão revertidos com a simples continuidade das retrógradas políticas
transferidas para o atual governo, que já demonstrou passividade com a mediocridade
administrativa e que também não tem iniciativa para sair do abismo econômico
com sua equipe, que já sinalizou com todas as letras que apenas tenta apagar
incêndio em setores localizados, deixando que a economia fique à mercê das
oscilações do mercado.
É
evidente que parcela significativa dos brasileiros tem corresponsabilidade com o
caos que se encontra o país, que mal consegue respirar diante da estrondosa
recessão econômica e do desolador quadro de desemprego de mais de doze milhões
de brasileiros, porque muitos dos quais votaram na principal responsável pela
destruição da economia brasileira e, de resto, do país, em que pesem os alertas
sobre as dificuldades das contas públicas e da economia, combinadas com as
demais políticas em dissonância com as melhores práticas de administração
pública de eficiência.
O
desastre administrativo foi confirmado logo após o resultado do último pleito
presidencial, quanto a mandatária do país danou-se a fazer tudo aquilo que
tinha condenado, por ser a intenção de seus opositores e não à dela, deixando
os brasileiros indignados diante do imensurável tamanho das mentiras
protagonizadas por ela.
Diante
do país desnorteado, da economia visivelmente depauperada e da falta de
perspectiva a curto prazo, resta ao governo a única alternativa de decidir por
ampla e profunda reforma tributária, como instrumento capaz de debelar a pior
recessão da história brasileira, que terá vida longa se nada for feito para
transformar a mentalidade dos continuísmo e conformismo inconsequentes em algo
capaz de motivar a retomada do desenvolvimento.
Sai
e entra ano e os resultados da produção industrial e dos demais fatores da
economia estão sempre em queda, demonstrando com muita clareza que as ineficientes
políticas aplicadas pelo governo são prejudiciais ao desenvolvimento desses
segmentos, que acumulam fracassos ano após ano.
O
pior de tudo isso é que somente o governo não enxerga que o custo Brasil é
responsável direto por tamanho fracasso, diante dos elevadíssimos encargos
agregados principalmente à produção, mas, mesmo diante da cruel realidade, o
governo se faz de cego e mouco, como se nada de trágico e prejudicial ao país não
estivesse acontecendo à luz solar, inclusive causando estrago ao emprego, à
arrecadação e aos investimentos público e privado.
Em
que pese a produção ter seguidas quedas, mostrando as reais dificuldades do
parque industrial, principalmente com altos encargos previdenciários,
tributários e trabalhistas, contribuindo para que a produção nacional não tenha
o mínimo de competitividade, os bens importados sufocam os similares, tornando
o mercado totalmente desfavorável para a economia brasileira, inclusive com o
aumento do desemprego, o governo tupiniquim nada faz para salvar a produção industrial
do país, fato que contribui decisivamente para a desindustrialização nacional,
com reflexos diretos no desenvolvimento do país.
Urge
que o governo se conscientize sobre a necessidade da adoção de medidas que
tenham por finalidade a reformulação das estruturas do Estado, com visão
voltada especialmente para a eliminação dos crônicos gargalos que estão
travando o desenvolvimento nacional, notadamente no que diz respeito à drástica
diminuição, entre outros, do custo Brasil e da pesada carga tributária, como
forma essencial de contribuir, o mais rapidamente possível, para a volta dos
investimentos e do trinômio de mais consumo, mais produção e mais emprego. Acorda,
Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 13 de janeiro de 2017
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