O
governo de Cuba decidiu pôr em prática a última vontade do ex-ditador que
comandou com mão-de-ferro a Revolução daquele país, com a aprovação de lei que
proíbe, entre outros, estátuas, monumentos, ruas ou praças com o nome dele.
Como
não poderia ser diferente, a lei que veda o uso do nome do ex-ditador foi
adotada por unanimidade e tem a seguinte proibição: “para denominar instituições, praças, parques, avenidas, ruas e outros
locais públicos, assim como qualquer tipo de condecoração, reconhecimento ou
título honorífico” e também “para
erguer monumentos, bustos, estátuas, faixas comemorativas e outras formas
de homenagem” em locais públicos da ilha.
A
lei ainda estabelece que o nome do ex-ditador não poderá aparecer em “marcas e outros signos distintivos, nome de
domínio e desenhos com finalidades comerciais ou publicitárias”.
O
atual ditador da ilha ressaltou que “ele
rejeitava qualquer manifestação de culto à personalidade e foi consequente com
esta posição até nas últimas horas de sua vida” e, por isso, não gostaria
de ter seu nome utilizado para diversas finalidades.
A
lei abre exceção para permitir que o nome do ex-ditador possa ser utilizado
para denominar instituição de estudos sobre sua “trajetória na história” de Cuba e também não exclui que artistas se
inspirem no ex-líder cubano para criar uma obra.
A
imprensa oficial não informou se haverá sanções para quem violar a lei em
comento.
Em
suma, trata-se de medida extremamente sensata e de bom sendo da parte da rude ditadura
cubana, em não permitir que o nome ou a imagem do ditador sanguinário e cruel
sejam perpetuados no país, tendo em vista a necessidade de o legado dele ser
sepultado o mais rapidamente possível, para que as suas monstruosidades também
fiquem no passado triste e melancólico, embora elas jamais serão esquecidas,
porque atrocidades contra a humanidade não se apagam nunca.
Seria
verdadeira esculhambação e maldade se não houvesse proibição nesse sentido,
porquanto qualquer lugar, rua, avenida, logradouro etc. iria se empanturrar de
monumentos, estátuas, nomes tudo para perpetuar a memória de estadista que foi
capaz de destruir aquela nação e enterrar o sonho dos cubanos, à exceção da
casta que se encontra encastelada no poder e tem acesso às melhores benesses e
regalias existentes nos países civilizados e evoluídos econômico e democraticamente.
Pelo
menos, uma desgraça foi poupada para evitar que os cubanos fiquem dispensados
de venerar eternamente a imagem de pessoa ingrata, cruel, insensata e desumana,
que não teve o mínimo de piedade quando comandou o brutal fuzilamento seus
opositores e manteve os cubanos em completo estado de escravidão, sob o seu
jugo e a sua dominação, em condições sub-humanas, diante da privação dos
direitos à liberdade e ao usufruto dos salutares princípios democráticos, quanto
à necessidade de agir na plenitude das liberdades civis.
Convém
que o atual governo ditatorial de Cuba, ao ensejo da sensata proibição do uso
do nome do exponencial ex-ditador, nas condições supracitadas, tenha igual sensibilidade
humanitária para também reconhecer as atrocidades praticadas contra a população
cubana, como forma de conceder-lhe tratamento digno e humano que toda pessoa
merece, por meio da liberação dos grilhões que amordaçam corpos e almas do povo
sofrido da ilha. Acorda, Brasil!
ANTONIO
ADALMIR FERNANDES
Brasília,
em 16 de janeiro de 2017
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