A
ex-presidente da República petista criticou a decisão do Mercosul ter suspendido
a Venezuela do bloco, alegando que a medida anunciada pelos governos do Brasil,
da Argentina e do Paraguai constitui "precedente
perigoso e irresponsável pois compromete a convivência entre as nações da
América do Sul".
Segundo
a decisão do Mercosul, a Venezuela foi suspensa do bloco por não cumprir os
requisitos necessários para fazer parte do grupo comercial, embora o governo daquele
país, sob forma de protesto, garante que seguirá participando normalmente das
reuniões dele.
A
chanceler bolivariana disse, embora desprovida de qualquer autoridade, que "A Venezuela não reconhece esse ato írrito
sustentado na Lei da Selva de alguns funcionários que estão destruindo o
Mercosul".
A
petista entende que a suspensão é um recurso extremo e inadequado, porque
"Só faz política externa com porrete
e ameaças um país imperial. Nação democrática tampouco desrespeita a soberania
de um país-irmão. A
justificativa para a retaliação é inconsequente porque dos 41 acordos dos quais
é exigida a adesão da Venezuela, o próprio Brasil não ratificou pelo menos
cinco deles. Outros países do Mercosul também não adotaram algumas dessas
normativas. A suspensão é um recurso extremo e inadequado... A medida mostra a
pequenez do governo do Brasil diante das exigências da América Latina”.
O
que dizer do país que entrou no Mercosul pela porta mais estreita possível, sendo
emburrado para dentro com a ajuda do governo brasileiro recém-afastado, sem que
ele demonstrasse a mínima qualificação para tanto e ainda ter deixado de
atender às exigências e aos requisitos normativos, imprescindíveis à sua habilitação
para integrar o bloco, mediante os devidos mérito e legitimidade, como membro
do principal organismo comercial da América do Sul?
Para
a política tupiniquim, trata-se de irresponsabilidade suspender do Mercosul o
país que jamais deveria ter ingressado nele, exatamente porque os membros da
época não tiveram os necessários cuidado, responsabilidade e zelo para exigir o
prévio cumprimento dos requisitos legais previstos para tanto, mesmo sabendo
que o país bolivariano não tinha as mínimas condições para satisfazê-los, como
agora comprovado com o afastamento justamente por falta de compromisso por
parte dele.
Os
países fundadores do Mercosul apenas exigiram, agora, que a Venezuela cumprisse
a sua obrigação de observar fielmente os termos e as condições estabelecidos na
legislação e regulamentação de regência, porque precedente perigoso e
irresponsabilidade são exatamente se permitir que integrante permaneça como tal
sem satisfazer as exigências já observadas pelos demais membros.
A
ex-presidente acaba de dar autêntica prova de como não se pode tratar assunto
de extrema responsabilidade na base de concessões e liberalidades que contrariam
os princípios da legalidade e da integridade.
À
luz do bom senso e da sensatez, a falta de cumprimento das regras básicas
instituídas pelo Mercosul tem como consequência a impossibilidade de o país fazer
parte desse organismo, que precisa funcionar sob o respeito à seriedade quanto
à sua organização e ao seu funcionamento.
Por
seu turno, é visível que a Venezuela tem muito pouco para contribuir para o
fortalecimento econômico preconizado para o Mercosul, por se tratar de país
completamente arrasado pela má gestão de governo visivelmente incompetente, despreparado
e completamente alheio à realidade mundial, por ter conseguido destruir e
arruinar uma nação que passa por terríveis crises moral, política, econômica,
administrativa, democrática, entre outras que contribuem para dificultar o
encontro do caminho da retomada da organização, da estruturação e do
desenvolvimento.
À
toda evidência, a avaliação que se tem sobre a intransigente defesa da
ex-presidente à permanência da Venezuela no Mercosul é de que ela teria
contribuído muito mais para a compreensão do que seja realmente o sentido da
seriedade, da competência e da responsabilidade se não tivesse se manifestado com
argumentos que não têm a menor plausibilidade e não passam de inócuo apoio a um
país falido e arrasado, sob o comando de governo socialista, completamente
perdido e desorganizado.
É
absolutamente impossível se almejar o sucesso e o desenvolvimento preconizados
pelo Mercosul se não forem observados, com devido rigor, os princípios
institucionalizados para o bom funcionamento desse bloco, sob pena de
generalização da bagunça e da esculhambação, diante da falta do cumprimento de
suas regras fundamentais, que precisam ser observadas igualmente por todos os
membros, sob pena da consolidação do colapso pelo qual ele vem passando, na
atualidade. Acorda, Brasil!
ANTONIO
ADALMIR FERNANDES
Brasília,
em 27 de janeiro de 2017
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